Simplesmente,
transcrevo a nota do Deputado Estadual, por Minas Gerais, Rogério Correia, que
há anos luta pela elucidação do “Caso Furnas”, extraída do VIOMUNDO, o site de
Luiz Azenha.
“Eu
me disponho a fazer uma acareação com Aécio Neves”
NOTA À IMPRENSA DO
DEPUTADO ESTADUAL ROGÉRIO CORREIA, via e-mail
Ou como diriam os
mineiros: pó pará, Aécio, pó pará!
Na defensiva, vem
novamente o senador Aécio Neves tentar desqualificar a Lista de Furnas, que o
coloca no centro da Operação Lava Jato, a partir da delação de Alberto Youssef.
Vamos relembrar o
roteiro do processo de reconhecimento da autenticidade da Lista:
1. LAUDO DE EXAME
DOCUMENTOSCÓPICO (mecânico e grafotécnico) nº 1097/2006, elaborado pelo
Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Diretoria Técnico-Científica, do
Departamento de Polícia Federal, Ministério da Justiça. Nesse laudo, a equipe
de peritos analisou o documento original denominado Lista de Furnas, concluindo
que não houve montagem, fraude ou qualquer outro tipo de manipulação.
2. O apresentante do
documento original, sr. Nilton Monteiro, foi processado pelo deputado José
Carlos Aleluia (DEM-BA) em 2006. Em 2009 ele foi inocentado, por unanimidade,
no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em sentença proferida pela então juíza
Maria Luiza de Marilac Alvarenga Araújo (hoje, desembargadora). A razão para
negar provimento à ação do deputado Aleluia está escrita lá: a lista é
autêntica.
3. No dia 25 de Janeiro
de 2012, a procuradora federal (MPF-RJ), Andrea Bayão, ofereceu denúncia contra
vários operadores do esquema de Furnas, à época de FHC. Não por coincidência
estavam lá as empresas Bauruense e Toshiba, mencionadas por Youssef, junto com
o nome de Andréa Neves, no esquema de propinas que teria beneficiado o senador
tucano. Dimas Toledo, denunciado pelo MPF nessa ação, foi indicado por Aécio
Neves para a diretoria de Furnas. Youssef cita um diretor que seria apadrinhado
pelo PP e por Aécio: só pode ser ele.
4. Lembremo-nos que o
Diretório Nacional do PSDB contratou um perito americano, Larry F. Stewart, por
R$ 200.000,00, para produzir um laudo sobre cópias xerox da Lista de Furnas.
Duas lambanças. Primeiro, ao usar cópias xerox para desqualificar a
autenticidade da lista original. Segundo contratar um perito que já fora preso
em flagrante em um tribunal dos EUA, exatamente por falso testemunho acerca da
autenticidade de documentos em outros processos.
5. O Diretório Estadual
tucano tentou cassar meu mandato, solicitando ao Ministério Público Estadual a
abertura de inquérito para apurar se eu teria participação no suposto ato de
falsificação da afamada Lista de Furnas e se eu tinha usado a estrutura de meu
gabinete parlamentar para isso. Foi aberto inquérito, pela Drª Raquel Pacheco
Ribeiro Souza, para apurar a denúncia do PSDB. Fracassaram. O MPMG considerou,
inclusive submetido ao seu Conselho Superior, após exaustivas apurações, que
não se justificava o prosseguimento das investigações, nem o ajuizamento de Ação
Civil Pública contra mim, impondo-se o arquivamento do Inquérito aberto. As
razões: a Lista de Furnas era autêntica, inclusive sendo usada para inocentar
Nilton Monteiro em outro processo e tinha o aval do INC da Polícia Federal; e,
examinado o uso das verbas de meu gabinete, não restou provada qualquer
participação minha em atos de improbidade administrativa. Segue, em PDF, a
decisão do MPMG.
Enfim, compreendo o
desespero do senador Aécio Neves. Em qualquer sistema de buscas na internet,
com as palavras-chaves apropriadas, qualquer leitor pode conferir as
informações acima. Desde 2011, Aécio Neves tenta cassar meu mandato parlamentar
e persegue quem ousou denunciá-lo, como é o caso de Nilton Monteiro e Marco
Aurélio Carone, que chegaram a ser presos ilegalmente para evitar que
atrapalhassem sua campanha. Eu fui investigado à exaustão e nunca me opus a
qualquer apuração. Agora é a sua vez, Aécio. Por que não se coloca à disposição
da justiça? Eu me coloco à disposição para ir ao Senado e fazer uma acareação
com V. EXa. Isso é muito mais consistente do que mandar notinhas inverídicas
aos jornais
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