terça-feira, 25 de outubro de 2011

DIA DO IDOSO

Não poderia deixar passar em branco o dia do Idoso, que é comemorado no dia primeiro deste mês, coisa criada pela ONU, “a fim de qualificar a vida dos mais velhos, através da saúde e da integração social”. A condição de idoso é deveras complexa. Posso dizer com todo conhecimento de causa: é complexa, contradizente, é estonteante, perturbadora, é gratificante é; acima de tudo, de encher de brios aquele que a alcança. Cito estes adjetivos todos e caberiam muitos outros mais para tentar expressar o meu convívio com esta situação; as sensações, as atuais ambições (completamente diferentes de tempos atrás); as desambições, etc.
Eu costumo dizer, para consignar muito bem o que é ser idoso, em minha opinião, que me levanto da cama, pela manhã, achando-me ter vinte ou trinta anos de idade; no entanto, ao olhar-me ao espelho, a minha idade, de  certa forma decepcionante, quadruplica-se.
 Também, é do meu hábito, criticar certas pessoas idosas que dizem que “velhice é cabeça”, querendo dizer com isto que basta mentalizar-se que é jovem para que jovem seja. Não! Velhice, é velhice e não tem retrocesso.
Mas não podemos, logicamente, nos entregar. A revista MUITO do domingo passado (23/10) apresentou uma reportagem nominada “Melhor idade” e encontro as palavras de Da. Maria do Loreto, 76 anos: “a cabeça continua de 15 anos, embora o corpo não, porque este reclama do cansaço e o joelho dói” (parecem bem como as minhas palavras, não?).
Bem, como ia dizendo, não podemos nos entregar; devemos viver a vida e disto não abro mão, mas devemos viver, viver bem, respeitando nossas limitações físicas.
Sem querer ficar remoendo nostalgias, “a olhar fotos amareladas pelo tempo”, tenho orgulho de ter podido alcançar esta fase, com relativo grau de saúde; com o dever profissional cumprido e vendo pulular alegres e felizes rebentos desta minha origem.

PENSAMENTOS
“Bela é quem o belo faz" - Gândi