Assisti à entrevista coletiva do Ministro Guido Mantega, em que explica as mudanças nas cadernetas de poupança.
Acho a medida, embora nada
entenda de Economia, (a não ser que ter que economizar), talvez mais importante
ainda do que o tão cantado plano real.
Diferentemente do plano da tão
nefasta Zélia Cardoso de Melo que confiscou a poupança dos brasileiros, ação
que desesperou muitos, levou muitos ao suicídio, até, (mas, logicamente que uns
poucos “brasileiros” nada sofreram. Quem?... “nada a declarar”). E, a propósito,
ouvi um dos mensageiros do outro lado perguntar ao Ministro (este é com m maiúsculo): “qual a diferença desta
medida, da medida adotada pela Zélia Cardoso?
Talvez, queira essa minúscula parcela (a tradicional, a retrógada elite brasileira) implantar o terrorismo. É diferentemente de outros governos. Este governo está atacando bravamente aquilo que "a long time" vem sugando os minguados rendimentos da população e cada vez mais fortalecendo os poucos de altos rendimentos, ou melhor, de altas rendas).
Olha, se eu não me engano, está
criada uma nova ERA. Acho, está rompida uma barreira. O "POSTE", a Presidenta Dilma está iluminando!Talvez, queira essa minúscula parcela (a tradicional, a retrógada elite brasileira) implantar o terrorismo. É diferentemente de outros governos. Este governo está atacando bravamente aquilo que "a long time" vem sugando os minguados rendimentos da população e cada vez mais fortalecendo os poucos de altos rendimentos, ou melhor, de altas rendas).
Não vou me aprofundar em falar sobre o aspecto técnico da medida, mas da forma como a PRESIDENTA quis e conseguiu anunciar; da forma como foi apresentada, tanto por ela como pelo seu ministro: suavemente, inteligentemente, entendivelmente.
É uma nova era. Os “nobres”, os liberais, a elite, em fim, está a bufar.
Que “se explodam”!.
E para concluir segue o artigo de Marcos Coimbra, que tirei do Blog de Luis Nassif.
E para concluir segue o artigo de Marcos Coimbra, que tirei do Blog de Luis Nassif.
Do
Correio Braziliense
Os
Liberais e os Juros, contrariamente ao que Cachoeira, Demónstenes... querem
Por Marcos Coimbra
O pronunciamento da
presidente Dilma, esta semana, sobre os juros bancários é uma boa oportunidade
para discutir alguns aspectos relevantes de nossa vida política.
Fica mais interessante por
sua quase coincidência com as medidas que Cristina Kirchner tomou na Argentina
a respeito da YPF, reestatizando a principal empresa petroleira do país. Nessa
- como em outras situações -, é educativo cotejar o que acontece por lá com o
que se passa aqui.
Dilma falou, em rede
nacional, a propósito do Dia do Trabalho, como é de praxe. Fez um balanço da
atuação do governo, apresentou realizações e metas. Celebrou os sucessos e se
comprometeu com a solução dos problemas.
Até aí, portanto, um
pronunciamento convencional.
Mas ela inovou, ao introduzir
o tema dos juros. E não como mera referência. Foi a respeito deles a parte mais
substanciosa do comunicado.
A novidade não estava no
conteúdo, pois Dilma repetiu coisas conhecidas: que temos juros superiores aos
de quase todos os países do mundo; que os bancos cobram taxas exorbitantes de
pessoas físicas e jurídicas; que juros como os que praticam entravam o
desenvolvimento e limitam o mercado interno.
O fato novo foi esse discurso
estar na voz da presidente. Em uma fala solene como Chefe de Estado.
Ao invés de tangenciar o
assunto, ela cobrou dos bancos ações concretas. Lembrou que os bancos oficiais
estão fazendo - mesmo que ainda timidamente - sua parte. Sublinhou que não
considerava aceitável que os bancos privados - nacionais e internacionais -
continuassem com níveis de juros incompatíveis com a saúde do sistema
financeiro e a adimplência que prevalece na economia brasileira.
Por mais incisiva que fosse,
limitou-se a pedir que mudassem o comportamento. Que reconhecessem que seus
longos anos de super-lucros tinham que terminar e que aceitassem que não
poderiam continuar ganhando, no Brasil, mais que em qualquer país.
Não fez ameaças, não sugeriu
que o governo poderia tomar medidas para forçá-los a agir de maneira mais
responsável. Não estava implícito que pretendesse ir além do que os bancos
públicos já fazem.
Mas a menção crítica aos
bancos produziu reações negativas imediatas. Não nos meios políticos, pois
seria impensável que as lideranças dos partidos de oposição reprovassem as
declarações de Dilma, especialmente em um ano eleitoral. Se há imagem que
candidato nenhum deseja é a de defensor dos juros estratosféricos que os
consumidores têm que pagar.
Os liberais da imprensa é que
correram na frente, mais rápido que os próprios bancos, a fim de defendê-los do
“intervencionismo” e do “populismo” do governo. Para eles, o simples fato de
Dilma falar no assunto é uma ante-sala do fim do mundo.
O liberalismo em que
acreditam é uma autêntica jabuticaba. Algo que só existe aqui.
Depois das duas recentes
crises nas economias avançadas - ou da longa crise que atinge a economia
internacional desde 2008 - o radicalismo anti-intervencionista e anti-estatista
que andou em voga no apogeu neo-liberal foi para o museu. Salvo os
historiadores, ninguém lhe dá mais atenção.
Esses liberais brasileiros
acham que qualquer restrição à liberdade absoluta dos mercados é um pecado
mortal. Um crime que produz o desastre imediato do país que ousa cometê-lo.
O que diriam se fôssemos a
Argentina? Se tivéssemos Cristina no lugar de Dilma?
Com seu respaldo popular, com
o tamanho e a importância que a economia brasileira alcançou, o governo Dilma
só não intervém porque não acha certo. Na hora em que achar, não serão os
protestos dos liberais das redações que o deterão.
Eles que levantem as mãos
para o céu e agradeçam por não viverem na Argentina