É simplesmente cômica a forma como a nossa (êpa!) grande imprensa trata
das questões políticas. Os grandes órgãos da imprensa não cuidam de noticiar os
fatos fielmente; fazem-nos embrulhando com embalagem político-partidário-ideológica.
Se é sobre nossa economia é simplesmente aterrorizador ouvir, por exemplo, a
opinião de uma certa Míriam Leitão ou do “papai sabe tudo” Alexandre Garcia,
que vê sempre o país caindo pelas tabelas, como se diria antigamente, na oligopolista
rede Globo. A propósito, veja-se o que segue: “Mas nada se compara a Alexandre Garcia (foto), que
esteve numa posição intermediária entre assessor do assessor e secretário do
secretário de imprensa de Figueiredo [general
ditador]. Ele assim se dirigiu, em suas primeiras horas de poder, ao general
Rubem Ludwig: “Agora, gostaria de ouvir os seus conselhos de como proceder
lá dentro, porque costumo vestir a camisa dos lugares onde trabalho”.
Sincero o jornalista, sem dúvida.” E tem
mais: “Para Alexandre Garcia, enfim, nada é
mais honroso que isto, exibido com orgulho em seu currículo: “Condecorado
com a OBE (Ordem do Império Britânico) pela Rainha Elizabeth”. Salve,
Rainha...”.(do
Blog Direto da Redação). Não soubemos
fazer o dever de casa, não soubemos nos preparar, estamos em queda livre para o
caos econômico, esta é a sensação que me resta ao ouvir aquele jornalista ou a
jornalista de economia, que, para Delfim Neto, não é nenhuma coisa e nem outra
e ainda esteve a bravejar que o impostômetro da elite paulistana alcançou dois
dias antes, em relação ao ano passado, a marca de um trilhão de reais!
Esqueceu-se, ou omitiu, porque seria vergonhoso, que poderia a marca ter sido
alcançada bem antes, se a grande empresa para quem ela trabalha(?) tivesse
cumprido com suas obrigações e pagado as centenas de milhões de reais que deve
ao erário público, de imposto sonegado. Poderia, (não é mesmo?), com vultosa
soma bancar sozinha, ao invés de estar mendigando doações, o programa Criança
Esperança.
O porta-voz da oposição, ou a
própria oposição, isto é a grande imprensa, tem bombardeado com reportagens (???),
nitidamente favoráveis à elite médica, o programa do governo federal por mais
médicos, com a importação da mão-de-obra de estrangeiros, especialmente,
cubanos para preencher espaços que a classe médica despreza. Municípios, e são
milhares, nos quais não se conta com a mínima assistência médica preventiva,
para os quais médico brasileiro nenhum que ir. Para essa abjeta parcela da
sociedade, a velha e udenista elite, deve-se perpetuar a desassistência, o
desprezo do poder econômico pelos mais carentes. A vinda de cubanos é tida como
perigosa, pois médicos cubanos são agentes do comunismo internacional. Mas,
quando do governo do príncipe dos sociólogos, aquele que chamou de vagabundos
os aposentados da previdência, aposentados de irrisórios benefícios, de uma só
aposentadoria, mas ele, no entanto, pode ter várias, a importação de médicos
agentes de Fidel, foi ato de nacionalismos, digno de louvores, vejam o escreveu
a abjeta revista semanal, naqueles idos: “O milagre veio de Cuba, (Veja, 20 de
outubro de 1999”...eles alegam motivos missionários para deixar Cuba e se
embrenhar em regiões carentes de outros países...fazemos isso porque somos
solicialistas e exercemos uma espécie de militância da medicina...Pode ser mas
não há como negar que fora de Cuba, eles podem juntar um pouco de dinheiro e
ter acesso a melhores condições de vida do que teriam na ilha do comandante
Fiidel Castro. O salário mensal de um médico em Cuba corresponde a 550 pesos
cubanos ou 25 dólares, cerca de 50 reais...no Brasil eles ganham no mínimo 2000
reais...nunca tinham visto um doente de leishmaniose na vida... Joaquim, Suzana e Rosa surpresos com
diagnósticos de doenças já erradicadas em Cuba. Brasil vira laboratório...
[em negrito está uma legenda das fotos da reportagem]”. Olhem bem o
detalhe: médicos surpresos com diagnósticos de doenças já erradicas em Cuba!
Vejam ainda o
que nos traz a Blog de Luiz Azenha: “Acordo
‘demagógico’ e ‘ideológico’’, classificou Argollo [Presidente do Sindicato dos Médicos do R. Grande do Sul] em 7 de maio, dia
seguinte à revelação do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, de
que o governo brasileiro negociava um pacto para trazer 6 mil médicos cubanos. São
médicos de segunda classe para tratar pacientes de segunda, porque é assim que
o governo enxerga os pacientes do SUS”, diz o presidente. Felizmente, em tempos de internet, as máscaras caem muito rápido. O
presidente do Simers tem dois filhos médicos. De 1997 a 2004,
cursaram medicina no Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey, em
Cuba. Naquela época, papai Argollo derretia-se em elogios a Cuba e à medicina
cubana.”
É, meus amigos, a ficarmos a
seguir o que a “opinião publicada”, infelizmente, forma e professa somente ajudamos
a engrossar o caldo da inquietação pública, da situação de intranquilidade
propícia a golpes contra o regime democrático, coisas que já vimos no passado e
que não devem mais fazer parte das nossas vidas.