quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A “INVASÃO” DOS MÉDICOS CUBANOS, A CONJUNTURA POLÍTICO-ECONÔMICA e a cobertura “jornalística” dos grandes grupos de imprensa


É simplesmente cômica a forma como a nossa (êpa!) grande imprensa trata das questões políticas. Os grandes órgãos da imprensa não cuidam de noticiar os fatos fielmente; fazem-nos embrulhando com embalagem político-partidário-ideológica. Se é sobre nossa economia é simplesmente aterrorizador ouvir, por exemplo, a opinião de uma certa Míriam Leitão ou do “papai sabe tudo” Alexandre Garcia, que vê sempre o país caindo pelas tabelas, como se diria antigamente, na oligopolista rede Globo. A propósito, veja-se o que segue: “Mas nada se compara a Alexandre Garcia (foto), que esteve numa posição intermediária entre assessor do assessor e secretário do secretário de imprensa de Figueiredo [general ditador]. Ele assim se dirigiu, em suas primeiras horas de poder, ao general Rubem Ludwig: “Agora, gostaria de ouvir os seus conselhos de como proceder lá dentro, porque costumo vestir a camisa dos lugares onde trabalho”. Sincero o jornalista, sem dúvida.” E tem mais:Para Alexandre Garcia, enfim, nada é mais honroso que isto, exibido com orgulho em seu currículo: “Condecorado com a OBE (Ordem do Império Britânico) pela Rainha Elizabeth”. Salve, Rainha...”.(do Blog Direto da Redação). Não soubemos fazer o dever de casa, não soubemos nos preparar, estamos em queda livre para o caos econômico, esta é a sensação que me resta ao ouvir aquele jornalista ou a jornalista de economia, que, para Delfim Neto, não é nenhuma coisa e nem outra e ainda esteve a bravejar que o impostômetro da elite paulistana alcançou dois dias antes, em relação ao ano passado, a marca de um trilhão de reais! Esqueceu-se, ou omitiu, porque seria vergonhoso, que poderia a marca ter sido alcançada bem antes, se a grande empresa para quem ela trabalha(?) tivesse cumprido com suas obrigações e pagado as centenas de milhões de reais que deve ao erário público, de imposto sonegado. Poderia, (não é mesmo?), com vultosa soma bancar sozinha, ao invés de estar mendigando doações, o programa Criança Esperança.

O porta-voz da oposição, ou a própria oposição, isto é a grande imprensa, tem bombardeado com reportagens (???), nitidamente favoráveis à elite médica, o programa do governo federal por mais médicos, com a importação da mão-de-obra de estrangeiros, especialmente, cubanos para preencher espaços que a classe médica despreza. Municípios, e são milhares, nos quais não se conta com a mínima assistência médica preventiva, para os quais médico brasileiro nenhum que ir. Para essa abjeta parcela da sociedade, a velha e udenista elite, deve-se perpetuar a desassistência, o desprezo do poder econômico pelos mais carentes. A vinda de cubanos é tida como perigosa, pois médicos cubanos são agentes do comunismo internacional. Mas, quando do governo do príncipe dos sociólogos, aquele que chamou de vagabundos os aposentados da previdência, aposentados de irrisórios benefícios, de uma só aposentadoria, mas ele, no entanto, pode ter várias, a importação de médicos agentes de Fidel, foi ato de nacionalismos, digno de louvores, vejam o escreveu a abjeta revista semanal, naqueles idos: O milagre veio de Cuba, (Veja, 20 de outubro de 1999”...eles alegam motivos missionários para deixar Cuba e se embrenhar em regiões carentes de outros países...fazemos isso porque somos solicialistas e exercemos uma espécie de militância da medicina...Pode ser mas não há como negar que fora de Cuba, eles podem juntar um pouco de dinheiro e ter acesso a melhores condições de vida do que teriam na ilha do comandante Fiidel Castro. O salário mensal de um médico em Cuba corresponde a 550 pesos cubanos ou 25 dólares, cerca de 50 reais...no Brasil eles ganham no mínimo 2000 reais...nunca tinham visto um doente de leishmaniose na vida... Joaquim, Suzana e Rosa surpresos com diagnósticos de doenças já erradicadas em Cuba. Brasil vira laboratório... [em negrito está uma legenda das fotos da reportagem]”. Olhem bem o detalhe: médicos surpresos com diagnósticos de doenças já erradicas em Cuba!

Vejam ainda o que nos traz a Blog de Luiz Azenha: Acordo ‘demagógico’ e ‘ideológico’’, classificou Argollo [Presidente do Sindicato dos Médicos do R. Grande do Sul] em 7 de maio, dia seguinte à revelação do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, de que o governo brasileiro negociava um pacto para trazer 6 mil médicos cubanos. São médicos de segunda classe para tratar pacientes de segunda, porque é assim que o governo enxerga os pacientes do SUS”, diz o presidente. Felizmente, em tempos de internet, as máscaras caem muito rápido. O presidente do Simers tem dois filhos médicos. De 1997 a 2004, cursaram medicina no Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey, em Cuba. Naquela época, papai Argollo derretia-se em elogios a Cuba e à medicina cubana.

É, meus amigos, a ficarmos a seguir o que a “opinião publicada”, infelizmente, forma e professa somente ajudamos a engrossar o caldo da inquietação pública, da situação de intranquilidade propícia a golpes contra o regime democrático, coisas que já vimos no passado e que não devem mais fazer parte das nossas vidas.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Uma Criança Paraquedista


Por acaso, tomei conhecimento pela TV da história envolvente da uma certa criança. Esta criança caminha, corre, nada, faz e acontece. Por estas e outras é que sou forçado a rever o meu conceito de velhice, o meu conceito sobre o idoso. Quem me conhece sabe que sou um setentão (como se dizia noutros tempos), que reconhece as limitações que a idade impõe, ao tempo em que não se entrega ao sedentarismo, à inatividade, pelo contrário. Sou uma pessoa, de certa forma, ativa, que sempre se preocupou com o físico, a condição física, etc. etc. E que não concordo com a tese de que “velhice é cabeça”, que basta conceber que se é jovem, para simplesmente sê-lo. Eu venho com a antítese: acordo, e levanto-me supondo ter meus trinta, quarenta anos, quando, então, deparo-me à minha própria figura ao espelho, a reavaliação etária multiplica por muito a idade. É quase uma decepção.

Bem depois desta premissa, volto à criança. A infantil criatura vai entrar para o livro dos recordes, ou como se diria na língua de Shakespeare, para o guiness book, pelo fato de, na sua idade, saltar de paraquedas. Sim, foi montado todo aparato, câmeras de TV, repórteres, apresentadores para presenciar e gravar, para a eternidade, todo o ato, desde a preparação em terra, vestes apropriados, instruções técnicas, procedimentos adequados no quando e durante a queda e aterrissagem, embarque no avião e, finalmente, o salto. E, até, uma representante da Confederação Brasileira de Paraquedismo foi acionada, para atestar oficialmente a proeza.

Sim, a criança é brasileira, “mais uma vez o mundo se curva diante do Brasil”, alguém já disse. O salto se deu, ao que me parece, ontem, dia 19/08, próximo às cataratas do Iguaçu, no Paraná, infelizmente fugiu-me o nome da bendita. Ela é contemporânea das duas guerras mundiais, vibrou com as cinco conquistas da seleção brasileira de futebol, assistiu à chegada do primeiro homem à lua, tem filhos, netos e bisnetos, nasceu em 1909 é, portanto, da primeira década do século passado. É natural do Amapá e quando nasceu não existia, ainda, o exTerritório Federal do Amapá (criado em 1943). Tem somente cento e quatro anos.
Realmente, virar as 104 páginas do livro da vida, com a disposição e fulgurante alegria daquela criança, faz-me repensar e dizer, vamos viver! Leiamos tantas e tantas páginas da vida!