tag:blogger.com,1999:blog-68877268464005250392024-03-21T12:54:13.572-07:00Blog de Mário CésarEstreitar contatos com os amigos, dando-lhes notícias da atualidade e divulgar minhas produções literárias.Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.comBlogger205125tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-69339043974859382502017-02-17T15:42:00.000-08:002017-02-17T15:42:16.636-08:00O METRÔ DE SALVADOR<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Viajava eu, de “busu”, por esses dias por Salvador e estava a contemplar
o ritmo e o inquestionável progresso das obras do metrô de Salvador, com uma
boa parte de seu projeto já concluída e em funcionamento, quando me chama a atenção
a conversa entre uma senhora sentada ao primeiro banco, (o destinado em geral a
deficiente físico), e o motorista. Referida senhora, bem trajada, de “boa
aparência”, típica da “dondoca” (peixe fora d’água?) começou a soltar
impropérios dirigidos ao governo do estado: “não vê aí? Nem nome de construtora
tem! Só tem nome de governo do estado... é, ele vai se reeleger com isso... o
povo que se dane...”. mantive-me tão somente ouvindo, mas com um misto de
incredulidade e indignação quanto ao nível de estupidez que se observa em setor
da população que deveria ser bem informada e não o é. Ou se trata efetivamente
de má-fé?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Pois, bem, agora deparo-me com uma entrevista feita por Paulo Henrique
Amorim a José Copello, presidente da Companhia de Transportes do Estado da
Bahia (CTB) e publicada no <i>blog</i>, “Conversa
Afiada”, nesta data.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
De início, José Copello afirma que o “<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">o metrô de Salvador tem um histórico
bastante negativo de obras iniciadas... Sob gestão do município de Salvador,
foram iniciadas no ano de 2.000, com projeto inicial de 12km – em 2013, só
havia 6km de obras construídas e sem condições de operação.</span></b>”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Somente em 2.013 com “<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">atitude corajosa</span></b>”, o então governador
buscou transferir a responsabilidade do empreendimento, que àquela altura já
havia consumido <b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“...quase
1 bilhão públicos...sem nenhum benefício para a população...</span></b>”, da
Prefeitura Municipal para o Governo do Estado e “<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">e essas obras paralisadas vieram para
o Estado”.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Há que se destacar, neste mar de procelas corruptas, propositadamente
geradas, em certo sentido, que o governo cobriu-se inteligentemente com uma
modelagem de parceria público-privada e entregue à Bovespa (berço do “liberalismo
econômico” brasileiro) para definição por leilão, tendo vencido a CCR. Ressalta
ainda o presidente da CTB que não se contratou “<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">...um obreiro, uma construtora e sim um
serviço com a concessão de 30 anos. Esse detalhe é muito importante para
explicar o resultado que nós estamos tendo hoje.</span></b>”. E porque indagado
explica a diferença entre contratar um serviço e contratar uma empreiteira: “<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Basicamente a
principal diferença está na questão da matriz de risco.. o risco é 100% assumido
pelo privado...</span></b>” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Expansões previstas: conclusão da linha 2 (Aeroporto) até o final
deste ano; prolongar a linha 1, no período de 2 anos, até chegar a Águas Claras,
para atender as Cajazeiras e região; para início no segundo semestre de 2.017, de
obras de uma linha de VLT (veículo leve sobre trilhos) que vai substituir o
trem do subúrbio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
E mais importante ainda é que com a integração metrô-ônibus, se
necessário, o passageiro, especialmente o trabalhador, pode acessar o ônibus, o
metrô e um segundo ônibus, pagando somente uma passagem.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Para ler a íntegra da entrevista acesse <a href="https://www.conversaafiada.com.br/brasil/por-que-o-metro-de-salvador-e-um-sucesso">https://www.conversaafiada.com.br/brasil/por-que-o-metro-de-salvador-e-um-sucesso</a><o:p></o:p></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-72068402498228407882016-12-16T07:49:00.001-08:002016-12-16T07:49:20.289-08:00“ESQUERDISMO IRRESPONSÁVEL”(?)<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Há
alguns dias passados, estava eu em uma reunião familiar, quando em dado
momento, vem à baila uma discussão política e, como de hábito, surge o batido e
rebatido assunto que é o de culpar o ex-presidente Lula ou o PT por tudo o que passou e
passa o país. Tentei, de certa forma, contestar o já surrado tema com,
até, exagerada veemência, reconheço – e, na oportunidade, penitencio-me – pois
considerei ser posição ingenuamente política, posição de ativistas de diretórios
acadêmicos, de certos setores da “esquerda” e que somente fazem enfraquecer o enfrentamento ao “Sistema”. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Lendo
um artigo do professor de Relações Internacionais da Universidade do ABC, Igo
Fuser, publicado no “Brasil 247”, sob o título “</span><span style="color: #010101; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 19.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/270235/Lula-e-o-PT-vamos-olhar-a-realidade-de-frente-(Sem-esquerdismo-irrespons%C3%A1vel).htm"><b><span style="color: #444444;">Lula e o PT:
vamos olhar a realidade de frente? (Sem esquerdismo irresponsável</span></b><span style="color: #444444;">)</span></a></span><span style="color: #010101; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 19.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">”.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Entendi que vem completamente ao
encontro do que penso sobre este assunto, por isso que o publico no <i>blog</i>, inserindo alguns comentários,
quando achar necessário. E peço que o leiam com atenção e rogo para que sirva de veículo para
reflexão e possível revisão no foco desse tema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-line-height-alt: 13.5pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Algumas
pessoas têm manifestado repúdio à perspectiva de uma candidatura Lula como
alternativa ao retrocesso brutal que o país está vivendo, nas mãos dessa
burguesia golpista, vendida ao imperialismo. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Não acho que necessariamente seja Lula o
condidato</b>].</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Elas defendem uma proposta
socialista, revolucionária, enfim, o ajuste de contas final, apocalíptico,
entre os trabalhadores e os patrões, com a superação definitiva do capitalismo
no Brasil. Ou a morte, é claro. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Pura verdade. E é ai que a “porca torce o
rabo”</b>]<b> </b></span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No fundo, muitas delas estão convencidas
de que o golpe "até que foi bom", pois retirou de cena lideranças
conciliadoras do tipo Lula & Dilma, inviabilizando assim um projeto
"impuro", conspurcado pela mácula dos compromissos, da negociação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chega daquela história do "copo
metade cheio, metade vazio", chega de raciocínios complicados, do tipo
"por um lado, por outro lado". Chega de aceitar limites, obstáculos,
impossibilidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se é para fazer política, segue esse
argumento, temos que fazer política em estado de pureza absoluta, fieis apenas
à nossa "consciência" e aos nossos livros favoritos. A terra da
utopia, ao nosso alcance, que beleza! </span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[<b>É onde reside a ingenuidade</b>]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para essa turma, os resultados
concretos é o que menos importa. Vale mesmo a emoção do momento. O que é viável
e o que é inviável é irrelevante. Não existe conjuntura, não existe correlação
de forças. Papo furado de reformista, de burocrata. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Foi o que se viu da parte das “esquerdas”
naquelas manifestações pré-copa</b>]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dane-se a realidade, fiquemos com os
nossos desejos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A esses eu respondo que se trata de
uma perspectiva reacionária, regressiva, pois condena a esquerda ao imobilismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na prática, priorizar a defesa de um
programa socialista significa não fazer nada, desistir de qualquer protagonismo
real no país em que efetivamente vivemos, deixando a burguesia com a faca e o
queijo na mão para ferrar à vontade com os trabalhadores, com a maioria
desprivilegiada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se quisermos mudar alguma coisa de
verdade, precisamos sair da caixinha minúscula daquela ínfima, microscópica
minoria de brasileiros disposta a lutar pelo socialismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É sonho, total ilusão acreditar que
um projeto de revolução socialista tem qualquer chance no Brasil de hoje. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Bingo!</b>]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A questão da ordem do dia é mais
básica, mais próxima da nossa realidade do dia a dia: lutar por DIREITOS,
educação pública e gratuita, o fortalecimento do SUS, previdência universal em
condições dignas, saneamento básico para toda a população, valorização do
salário, manutenção dos direitos trabalhistas, transporte público acessível,
cultura, reforma agrária, democratização da mídia, igualdade racial e de
gênero. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Tal
qual vinha acontecendo, não na intensidade que se devia, é claro, quando dos
governos do PT – partido que nunca conseguiu ter o poder, não obstante</b>]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Reforma política progressista,
reforma do Judiciário e dos organismos policiais, democracia verdadeira e
participativa. Desenvolvimento efetivamente sustentável, o petróleo do pré-sal
para o povo brasileiro e não para as transnacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Isso é que é ser verdadeiramente
revolucionário, sem usar a palavra revolução. Isso é o projeto popular para o
Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas é coisa pra quem quer mudança de
verdade, e não para revolucionários de araque, só de blá-blá-blá. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[“<b>revolucionários de araque</b>”!]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Brasil real não é um centro
estudantil, não é uma assembléia de alunos das ciências sociais da USP. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>venho ou não venho dizendo coisas
semelhantes</b>?].</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A verdadeira esquerda é aquela que se
propõe a fazer política para multidões, para mudar um país de 200 milhões de
habitantes dos quais 90% têm a Rede Globo como única fonte de informação e 50
milhões são evangélicos. [<b>Vade retro, satanás</b>!]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um projeto desse tipo, para mudar de
verdade, a partir das condições de hoje e não só dos nossos sonhos e desejos,
passa por Lula e pelo PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se a candidatura Lula será viável ou
não é outra história, e é importante que mudanças básicas ocorram no PT para
que ele se coloque à altura do seu papel histórico, ou ao menos se aproxime
disso. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">[<b>Perfeitamente!</b>]</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pode não dar certo, pode ser que Lula
seja preso ou impugnado como candidato, e o destino do PT é incerto - pode ser
destruído pela repressão golpista/fascista em ascensão, pode se autodestruir
nas mãos dos frouxos e dos traidores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas está quadradamente enganado quem
acredita que, se essa tragédia se consumar, a luta dos trabalhadores avançará
um milímetro sequer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não surgirá outro partido de massas
no lugar do PT, e o espontaneísmo das lutas localizadas se esgota em si mesmo
se não alcançar um saldo organizativo sólido, se não se articular com
movimentos sociais mais amplos, de dimensão maior, permanentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: 6.0pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem lideranças respeitadas, testadas
na luta, rostos e nomes conhecidos, dirigentes políticos capazes de obter a
confiança (e o voto) de milhões e milhões de pessoas comuns, seremos incapazes
de avançar um único passo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 13.5pt; mso-line-height-alt: 13.5pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É completa cegueira – ou pior, oportunismo vil -- torcer pela destruição
do maior partido de esquerda do mundo (o PT) e pela morte política do maior
líder popular de toda a história brasileira (Lula).</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">”</span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-8753427285064920802016-11-03T06:14:00.002-07:002016-11-03T06:14:24.268-07:00QUEM É BENEFICIÁRIO DE “Delação Premiada” (2)?<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">O<span class="apple-converted-space"> </span><strong>Conversa Afiada</strong><span class="apple-converted-space"> </span>reproduz<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/moro-e-youssef-personagens-de-uma-longa-historia/" target="_self"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.5pt;">artigo de Paulo Muzell</span></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">, publicado pelo DCM:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Os dois são paranaenses, quarentões.
Sérgio Moro de Maringá, Alberto Youssef de Londrina. O primeiro vem de uma
família de classe média alta, filho de professor universitário, formou-se cedo
em direito, fez pós-graduação, tornou-se juiz federal, estudou no exterior. O
segundo, o Youssef não teve a mesma sorte. Filho de imigrantes libaneses
pobres, aos nove anos já vendia pastéis nas ruas de Londrina. Muito esperto,
ainda guri, pré-adolescente, já era um ativo sacoleiro. Precoce, antes de
completar 18 anos já pilotava monoplanos o que lhe possibilitou uma mudança de
escala, um considerável avanço nas suas atividades de contrabandista e doleiro.
Com menos de trinta anos tornara-se um bem sucedido “homem de negócios”, dono
de poderosa casa de câmbio, especialista em lavagem de dinheiro e remessa
ilegal de dólares para o exterior. Em meados dos anos noventa operava em grande
escala repassando recursos que “engordavam” o caixa 2 das campanhas de
políticos importantes do Paraná e de Santa Catarina, dentre eles Álvaro Dias </span><b style="font-size: 15pt;">[conhecidíssimo “moralista” de combate ao
PT – nota de Mário César (MC)]</b><span style="font-size: 15pt;">, Jayme Lerner e Jorge Bornhausen.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Alberto Youssef foi, também, figura
central na transferência ilegal de bilhões de dólares oriundos de atividades
criminosas e de recursos desviados na farra das privatizações do governo FHC. <b>[ah, se essas privatizações falassem! “estamos
chegando aos limites da responsabilidade”, lembram? - MC]<o:p></o:p></b></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Em novembro de 2015, o jornalista Henrique
Berangê publicou na revista Carta Capital uma instigante matéria com o seguinte
parágrafo inicial: “O juiz Sérgio Moro coordena uma operação que investiga
sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas intermediadas por
doleiros paranaenses. Foram indiciados 631 suspeitos e remetidos para o
exterior 134 bilhões de dólares, cerca de 500 bilhões de reais.” Operação Lava
Jato, 2014? Não, ele se referia ao escândalo do Banestado ocorrido no final dos
anos 90. A privatização desse banco estatal comprado pelo Itaú segundo
estimativas trouxe um prejuízo de no mínimo 42 bilhões de reais <b>[isso, em comparação com os prejuízos
causados pelo “petrolão” é fichinha - MC]</b> aos cofres públicos do país. Mas
antes do banco ser vendido, sua agência em Nova York foi o porto seguro dos
recursos bilionários para lá transferidos pelos fraudadores.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Na segunda metade dos anos noventa através
das contas CC5 o então presidente do Banco Central Gustavo Franco escancarou as
portas para uma </span><span style="font-size: 20pt;">sangria de recursos</span><span style="font-size: 15pt;"> <b>[destaque dado por Mário
César] </b>que daqui migraram para engordar as polpudas reservas de
empresários, políticos, grupos de mídia no exterior. Sem dúvida o maior
episódio de corrupção da história do país <b>[esse,
sim, maior, bem maior episódio de corrupção da história do país! - MC]</b>. Foi
aberta uma CPI no Congresso, virou pizza; o Banco Central boicotou as
investigações e a imprensa silenciou. Só a Globo enviou 1,6 bilhões de dólares,
mais de 5 bilhões de reais <b>[... o que
dizer disso, srs. moralistas globais (de conglomerado Globo)? - MC] </b>. Além
das grandes empreiteiras na lista dos fraudadores lá estavam também outros
grupos da mídia: a editora Abril, o Correio Brasiliense, a TVA, o SBT, dentre
outros. A justiça foi convenientemente lenta, os crimes prescreveram, só foram
punidos alguns integrantes da “arraia miúda”. Ironias da história: a corporação
Globo, futura “madrinha” de Moro cometeu os mesmos ilícitos que mais tarde
seriam por ele denunciados na operação Lava Jato <b>[cômico, se não trágico! - MC]</b>. Desta vez, porém, as diligências
policiais e ações judiciais não foram arquivadas e Moro pôde posar de “campeão
na luta contra a corrupção, herói nacional.”<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">O silêncio da mídia repetiu-se em 2015
quando a operação Zelotes denunciou que membros do Conselho de Administração de
Recursos Fiscais, o CARF, estavam recebendo propinas para livrar grandes
empresas de multas aplicadas por prática de sonegação de impostos. Bilhões de
reais de dívidas da Gerdau, da RBS, do Banco Safra, do Banco de Boston, da
Ford, do Bradesco, dentre outras empresas e grandes grupos da mídia. As
apurações preliminares estimaram que mais de 20 bilhões de dólares foram
desviados dos cofres públicos, sendo este montante apenas a “ponta do iceberg” <b>[e somente ficou-se nas “preliminares”! - MC]</b>.
Certamente a continuidade das investigações chegaria a valores muito maiores.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Começou lá nos primeiros anos da década
passada, o idílio Moro-Youssef, em 2003 para ser mais preciso. Apesar do
protagonismo central do doleiro na prática de ilícitos, ele foi beneficiado
pela delação premiada, ficando livre, leve e solto. Prosseguiu, é claro, na sua
longa e bem sucedida carreira de crimes bilionários. Observe-se que na delação
premiada a redução da pena ou o perdão é concedido ao réu sob expressa condição
de promessa de ilibada conduta futura.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">É claro que a biografia de Youssef não
poderia alimentar nenhuma esperança de regeneração, de que ele abandonasse as
práticas ilícitas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Onze anos depois, <b>[vejam bem esse detalhe cronológico! O “doleiro” celebrizou-se na
prática da “delação premiada - MC]</b> em março de 2014, na fase inicial da
operação Lava Jato, Youssef foi novamente preso por Moro. Foi constatado que
ele era o principal operador das propinas que alimentaram o caixa das campanhas
de inúmeros políticos especialmente do PP e do PT no chamado Mensalão 2,
ocorrido em 2005. O primeiro, o Mensalão 1, o da compra dos votos para a
reeleição de FHC não teve consequências porque Geraldo Brindeiro, o Procurador
Geral da República, <b>[mais conhecido como
engavetador geral da república – MC]</b> das 626 denúncias criminais dos seus
oito anos no cargo (de 1995 a 2003), arquivou mais de 90% delas, encaminhando
para indiciamento pelo Judiciário apenas 60, justamente as de importância menor
e que envolviam personagens secundários. Brindeiro ficou por isso nacionalmente
conhecido como o “engavetador-geral da República“. A grossa corrupção que
marcou os dois períodos do governo Fernando Henrique foi varrida para de baixo
do tapete: o Ministério Público Federal e o Poder Judiciário taparam o nariz e
fecharam os olhos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">A delação premiada de Youssef realizada em
2014 e 2015 foi justificada por Moro pela importância que teve para a obtenção
de provas que culminaram em dezenas de indiciamentos e prisões de importantes
figuras, possibilitando a comprovação de desvios bilionários. Fala-se que a
Lava Jato apurou pagamentos de propinas de valores acima dos 10 bilhões de
reais, valor expressivo mas que, pasmem, representa apenas 1,7% dos valores
desviados dos cofres públicos nos episódios do Banestado e da operação Zelotes.
<b>[imaginem que a soma do Banestado e da
Zelotes representa a fabulosa quantia de cerca de 600 bilhões de reais! - MC] <o:p></o:p></b></span></div>
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Segundo o noticiado, Youssef foi indiciado
em nove inquéritos. Algumas ações com sentenças já transitadas em julgado
resultaram em condenações que totalizaram 43 anos de prisão em regime fechado.
Há ainda outras ações que, na hipótese de ocorrer a condenação, poderiam
resultar em 121 anos e 11 meses de prisão <b>[Atente-se
bem: mais de 100 anos de cadeia! - MC]</b>. Sérgio Moro anunciou este mês que pela
contribuição que a delação de Youssef trouxe para a operação Lava Jato, sua
pena foi fixada em três anos, dois quais dois anos e oito meses <b>[de 100 para 3 anos!]</b> já cumpridos. A partir de
novembro ele deixará o regime fechado e vai passar os meses restantes em prisão
domiciliar. <b>[que beleza!!! – MC]<o:p></o:p></b></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">A legislação penal tipifica o ilícito e
determina a pena de acordo com sua gravidade. Cabe ao juiz na sentença aplicar
a sanção que a lei determina. O que pode ser questionado na delação premiada é
que não existe na lei a dosimetria que imponha ao magistrado um limite para a
redução da pena. O caso de Youssef é um exemplo típico: Sérgio Moro, se
considerarmos as graves ilicitudes, os valores envolvidos e as inúmeras
reincidências do doleiro foi extremamente indulgente, generoso. <b>[bote-se prá lá de indulgente, de
generoso!]</b> Alberto Youssef estaria certamente fadado a morrer na prisão
cumprindo as penas a que foi condenado. Em novembro, no entanto, já estará em
casa e em março do ano que vem solto. Muito provavelmente preparado e disposto
a cometer novos crimes. <o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-1176915512639623372016-10-31T07:08:00.001-07:002016-10-31T07:08:25.162-07:00QUEM É BENEFICIÁRIO DE “Delação Premiada”? (1)<div align="center" class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: 15pt;"> </span></strong><strong><span style="font-family: "Segoe UI Semibold", sans-serif; font-size: 15pt; font-weight: normal;">Vou publicar, em
série, dois artigos extraídos do “Conversa Afiada”, (vale a pena frequentá-lo
regularmente), e que cuidam do “instituto” da “Delação Premiada”. </span></strong></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: "Segoe UI Semibold", sans-serif; font-size: 15pt; font-weight: normal;">Neste primeiro
episódio, veremos que é bem antigo o tal do instituto, como bem antiga, também,
é sua causa para fins bem opostos dos que deveria ser a precípua finalidade.
Pois, conforme Emiliano José e Patrícia Valim, (vejam ao fim do artigo,
informações sobre os autores), esse deletério uso já ocorrera desde os fins do século
XVIII.</span></strong></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: "Segoe UI Semibold", sans-serif; font-size: 15pt; font-weight: normal;"> <o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: 15pt;">“Delação
premiada” na Conjuração Baiana de 1798</span></strong><span style="font-size: 15pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<em><span style="font-size: 15pt;">Emiliano José e Patrícia Valim*</span></em><span style="font-size: 15pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">A Conjuração Baiana de 1798, um dos
episódios mais importantes de nossa história, pode iluminar o presente, como
sempre o passado faz. O setor dominante local, que participou da primeira fase
do movimento, diante da descoberta da revolta, soube dar um duplo twist carpado
nos setores médio e baixo daquela sociedade e, para não ser incriminado por
crime de sedição, passou a colaborar com as investigações: formularam as
principais denúncias, ajudaram a premiar os delatores e entregaram seus
escravos à justiça. <o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Desde lá, e quaisquer semelhanças com
pessoas vivas ou mortas será mera coincidência, ou não, a delação premiada era
mecanismo utilizado, apesar das reformas do Direito Moderno após o Consulado
Pombalino. Desde então, entregar a cabeça dos de baixo foi prática corriqueira
das classes dominantes para manter as suas intactas. Não pensem estejamos
exagerando, vítimas de quaisquer tentações panfletárias. Que se mate a cobra e
se mostre a cobra morta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Abertas as devassas para a investigação
dos autores dos dez boletins sediciosos afixados em prédios públicos,
descobertos na manhã de 12 de agosto de 1798, e dos participantes da revolta,
os poderosos recuaram, pois recai sobre eles a acusação de reuniões para se
organizar a revolta. Apressaram-se em entregar seus próprios escravos à
justiça, pretendendo que eles corroborassem suas denúncias contra quatro homens
negros, pobres e pardos, com o objetivo de reafirmar que eram leais súditos da
Coroa, e o quanto estavam dispostos a servir à lei e à ordem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Para a entrega dos escravos, contaram com
a prestimosa ajuda do homem mais poderoso da Bahia, secretário de Estado e
Governo do Brasil, José Pires de Carvalho e Albuquerque. Este, saiu doido atrás
de outros poderosos, incitando-os a entregar seus negros. Com isso, ele e os
demais livrariam a pele. Não só da acusação de participar do levante,
como também das denúncias de enriquecimento ilícito, contrabando e
principalmente de atuação duvidosa à frente dos órgãos da administração local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Albuquerque era o mais proeminente dos
entregadores de escravos. Proprietário do Solar do Unhão, de plantações de
tabaco e de engenhos e açúcar. Dinheiro não lhe faltava. Poder político,
também não. Secretário de Estado e Governo do Brasil – cargo cujas vitaliciedade
e hereditariedade foram compradas por sua família. Era ainda Intendente da
Marinha e Armazéns Gerais, Vedor Geral do Exército, Provedor e Ouvidor da
Alfândega da Bahia, e deputado da Junta da Real Fazenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">José Pires de Carvalho e Albuquerque era o
exemplo acabado do acumpliciamento entre o público e o privado. Proprietário de
quatro escravos entregues. Foi essa “pronta-entrega de escravos”, surgida nos
autos, que acabou por revelar a participação de oito homens poderosos na
conspiração, todos eles fazendo a pronta entrega de suas propriedades, diga-se:
de seus escravos. O restante, intacto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Livraram-se, com a entrega dos escravos,
de serem acusados do crime de sedição e de práticas pouco ortodoxas com a coisa
pública. As acusações de “ausência de limpeza de mãos” por parte desses
senhores e de utilização da máquina pública para enriquecimento ilícito eram
tantas e tão variadas que o cronista Luís dos Santos Vilhena os qualificou de
“Corporação dos Enteados”, dadas as relações promíscuas mantidas com a Justiça
e a administração pública em benefício próprio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Mas naquela sociedade colonial e
escravista, não era apenas a “Corporação dos Enteados” que era constantemente
denunciada. Dois dos desembargadores do Tribunal de Relação da Bahia designados
para as investigações da Conjuração Baiana de 1798 também foram constantemente
denunciados à Coroa por prática de contrabando e excesso de poder sem que
houvesse qualquer providência: Francisco Sabino Álvares da Costa Pinto e Manuel
de Magalhães Pinto e Avellar de Barbedo. Não interessava à Coroa portuguesa
punir os agentes que ocupavam o principal orgão que garantia a direção política
da dominação portuguesa no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">O mulato Joaquim José de Santa Anna foi um
dos denunciantes do encontro no Campo do Dique do Desterro, marcado para a
noite de 25 de agosto de 1798, que deveria ser o marco do início do levante. A
delação dele foi recompensada: condecorado com a Ordem de Cristo, promovido a
sargento-mor do Terceiro Regimento de Milícias da Bahia, tornou-se arrendatário
de um pedaço de terra de José Pires de Carvalho e Albuquerque, em cuja casa
aconteceram várias reuniões para se discutir questões da França revolucionária
e a organização da revolta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">A “Corporação dos Enteados” participou da
organização do levante porque não obstante tivesse enorme poder, estava
insatisfeita com o anúncio de medidas por parte da Coroa, pretendendo
recrudescer o sistema de dominação colonial ao dinamizar as finanças com o fim
dos monopólios dos contratos e arrematações, agilizar o sistema da Justiça,
combater a corrupção, a promiscuidade entre cargos públicos e objetivos
privados, e queria ainda criar um sistema de tributação progressiva e justa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Tais medidas visavam conter qualquer
tentativa de repetição no Brasil de uma revolta escrava como a de São Domingos
ou algo semelhante ao que ocorria na França revolucionária. Eram medidas
reformistas, que atacavam frontalmente os privilégios da Corporação dos
Enteados. Percebendo que esse grupo não estava de brincadeira, a Coroa recuou,
atendeu as demandas políticas e econômicas dos enteados - prejudicando,
inclusive, um grupo poderoso de capitalistas portugueses. O medo da revolução
uniu as duas pontas – a Coroa com medo de uma convulsão social e os Enteados,
que criam ser revolucionárias reformas que diminuiriam seus privilégios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Depois de mais de um ano de investigações
duvidosas, com direito a “delações premiadas” e ausência de provas contra os
acusados, os desembargadores do Tribunal da Relação da Bahia, constantemente
denunciados por “ausência de limpeza de mãos”, concluíram que João de Deus do
Nascimento era o autor dos boletins manuscritos e o “cabeça” da projetada
revolução. Liderava Lucas Dantas Amorim, Manuel Faustino e Luiz Gonzaga das
Virgens e Veiga. Quatro homens livres, pobres e mulatos. Enforcados, seus
corpos esquartejados, partes expostas por toda a cidade durante vários dias, na
manhã de 8 de novembro de 1799, na Praça da Piedade, em Salvador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Os poderosos da Corporação dos Enteados
com os desembargadores do Tribunal da Relação da Bahia e o próprio governador
da Capitania da Bahia, d. Fernando José de Portugal e Castro, se juntaram,
encontraram uma saída, fizeram um cruel efeito-demonstração para sinalizar a
não aceitação de qualquer nova experiência como aquela: quando homens livres,
pobres e negros/mulatos fizessem política, seriam condenados à pena
última. <o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Nesse conluio, deixaram de lado vários
participantes da revolta, sobretudo os poderosos. Não era pouca gente
envolvida. Das informações dos boletins manuscritos, 513 pessoas eram de
corporações militares, 187 oficiais. Noticia-se, ainda, a presença de 13 homens
graduados em letras, 20 cidadãos comuns, oito do comércio, oito frades bentos,
14 franciscanos, 48 clérigos e oito familiares do Santo Ofício, entre outros.
Só quatro pagaram o pato; pobres, negros/mulatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Ter muita gente armada mostrava a
disposição de luta dos participantes da revolta, e não por acaso uma das
reivindicações fundamentais era o aumento do soldo para 200 réis diários e
isonomia nos critérios de ascensão na hierarquia militar. A presença de
religiosos revela a sensibilidade das corporações eclesiásticas para com as
reivindicações populares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">O trágico fim dos quatro enforcados na
Praça da Piedade revela uma tradição brasileira: o de encontrar bodes expiatórios
nas crises, o de mexer com tudo para deixar como está. E revela também como age
o Judiciário ao longo da história: apesar do formalismo com as várias reformas
modernizadoras do Direito, a politização da justiça é o recurso para a
manutenção do<span class="apple-converted-space"> </span><i>status quo.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Se algum exemplo tem de ser dado, se é
necessário a qualquer custo embargar qualquer ascensão das classes populares à
vida política, se é preciso estancar qualquer arroubo reformista, se é
essencial sinalizar para que experiências democráticas bem-sucedidas não se
repitam, é preciso escolher a quem matar, sinalizar que está agindo, que está
punindo, e não importa que se punam apenas alguns, os escolhidos para serem
esquartejados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Ao fazer o sangue correr, tenta-se evitar
qualquer outra conjuração, e ali era um levante que atacava a escravidão e o
domínio colonial – para uns, apenas como argumento para manter privilégios;
para outros, pra valer. Daquele episódio, nos recordamos, pelo positivo, do
exemplo de luta dos envolvidos e dos quatro mártires; pelo negativo, da
corrupção da administração, da politização da justiça e da tradição
acomodatícia das classes dominantes. E acrescente-se: malgrado o Império tenha
sido o que foi, a Coroa portuguesa perde o cetro poucos anos depois.<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Nós proclamamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">O medo não pode vencer a esperança!<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 15pt;">Animai-vos, povo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<em><span style="font-size: 15pt;">Emiliano José é jornalista, professor da
Universidade Federal da Bahia (aposentado), doutor em Comunicação e Cultura
Contemporâneas pela mesma
Universidade , autor de mais de uma
dezena de livros, o último dos quais “A intervenção da imprensa na política
brasileira: 1954-2014”, editado pela Editora Fundação Perseu Abramo.</span></em><span style="font-size: 15pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="standard" style="line-height: 20.4pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<em><span style="font-size: 15pt;">Patrícia Valim é professora de História do
Brasil Colonial/UFBA e autora da Dissertação de Mestrado em História Social “Da
Sedição dos Mulatos à Conjuração Baiana de 1798: a construção de uma memória
histórica”, USP/2007; e da tese de doutorado “Corporação dos enteados: tensão,
contestação e negociação política na Conjuração Baiana de 1798”, USP/2013.</span></em><span style="font-size: 15pt;"><o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-48423614072862748682016-10-18T03:26:00.002-07:002016-10-18T03:26:19.909-07:00“HISTÓRICO DEPOIMENTO DE UM PRISIONEIRO”<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Segoe UI Semibold", sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">O título foi “tomado” do Conversa Afiada, de Paulo
Henrique Amorim, que sintetiza muito bem “a prisão” de Lula. Sim, Lula já está
preso há algum tempo! Desprovido de seu mais elementar direito que é o da ampla
defesa e do direito a um julgamento imparcial. Perseguido, “vasculhado”,
humilhado, enxovalhado e a pretensão maior de seus algozes é enterrá-lo vivo!
Enterrar junto com ele o sonho de um país mais justo; de uma nação soberana,
dona de sua própria riqueza; de um país com voz, dentre as grandes nações; de
um país sem fome!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">“Em mais de 40 anos de atuação pública, minha vida pessoal
foi permanentemente vasculhada - pelos órgãos de segurança, pelos adversários
políticos, pela imprensa. Por lutar pela liberdade de organização dos
trabalhadores, cheguei a ser preso, condenado como subversivo pela infame Lei
de Segurança Nacional da ditadura. Mas jamais encontraram um ato desonesto de
minha parte.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br />
<br />
<span style="background: white;">Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido
presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história.
Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador
não podia falhar na Presidência. As falsas acusações que me lançaram não
visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre
representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no
centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as
de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o
conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo
razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não
encontraram e nem vão encontrar.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Desde que essa caçada começou, na campanha
presidencial de 2014, percorro os caminhos da Justiça sem abrir mão de minha
agenda. Continuo viajando pelo país, ao encontro dos sindicatos, dos movimentos
sociais, dos partidos, para debater e defender o projeto de transformação do
Brasil. Não parei para me lamentar e nem desisti da luta por igualdade e
justiça social.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Nestes encontros renovo minha fé no povo
brasileiro e no futuro do país. Constato que está viva na memória de nossa
gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para
Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos,
a valorização dos salários - em conjunto, proporcionaram a maior ascensão
social de todos os tempos.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens
pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos
retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Não posso me calar, porém, diante dos abusos
cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição
política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a
caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de
apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios
espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de
atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a
campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais
partido, mas uma "organização criminosa", e eu o chefe dessa
organização. Essa ideia foi martelada sem descanso por manchetes, capas de
revista, rádio e televisão. Precisa ser provada à força, já que "não há
fatos, mas convicções".<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Não descarto que meus acusadores acreditem nessa
tese maliciosa, talvez julgando os demais por seu próprio código moral. Mas
salta aos olhos até mesmo a desproporção entre os bilionários desvios
investigados e o que apontam como suposto butim do "chefe",
evidenciando a falácia do enredo.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Percebo, também, uma perigosa ignorância de
agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições. Cheguei a
essa conclusão nos depoimentos que prestei a delegados e promotores que não
sabiam como funciona um governo de coalizão, como tramita uma medida
provisória, como se procede numa licitação, como se dá a análise e aprovação,
colegiada e técnica, de financiamentos em um banco público, como o BNDES.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">De resto, nesses depoimentos, nada se perguntou de
objetivo sobre as hipóteses da acusação. Tenho mesmo a impressão de que não
passaram de ritos burocráticos vazios, para cumprir etapas e atender às
formalidades do processo. Definitivamente, não serviram ao exercício concreto
do direito de defesa.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Passados dois anos de operações, sempre vazadas
com estardalhaço, não conseguiram encontrar nada capaz de vincular meu nome aos
desvios investigados. Nenhum centavo não declarado em minhas contas, nenhuma
empresa de fachada, nenhuma conta secreta.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Há 20 anos moro no mesmo apartamento em São Bernardo.
Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou
desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o
façam, até mesmo como condição para obter benefícios.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">A leviandade, a desproporção e a falta de base
legal das denúncias surpreendem e causam indignação, bem como a sofreguidão com
que são processadas em juízo. Não mais se importam com fatos, provas, normas do
processo. Denunciam e processam por mera convicção - é grave que as instâncias
superiores e os órgãos de controle funcional não tomem providências contra os
abusos.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Acusam-me, por exemplo, de ter ganho ilicitamente
um apartamento que nunca me pertenceu - e não pertenceu pela simples razão de
que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois
das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço. Como é impossível
demonstrar que a propriedade seria minha, pois nunca foi, acusam-me então de
ocultá-la, num enredo surreal.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Acusam-me de corrupção por ter proferido palestras
para empresas investigadas na Operação Lava Jato. Como posso ser acusado de
corrupção, se não sou mais agente público desde 2011, quando comecei a dar
palestras? E que relação pode haver entre os desvios da Petrobras e as
apresentações, todas documentadas, que fiz para 42 empresas e organizações de
diversos setores, não apenas as cinco investigadas, cobrando preço fixo e
recolhendo impostos?<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Meus acusadores sabem que não roubei, não fui
corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem
recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das
mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e
mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem,
serão eles os desmoralizados perante a opinião pública.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Tento compreender esta caçada como parte da
disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula
que pretendem condenar: é o projeto político que represento junto com milhões
de brasileiros. Na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão
destruindo os fundamentos da democracia no Brasil.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">É necessário frisar que nós, do PT, sempre
apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do
povo. Não é uma afirmação retórica: nós combatemos a corrupção na prática.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Ninguém atuou tanto para criar mecanismos de
transparência e controle de verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal,
a Receita e o Ministério Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes
contra a corrupção e o crime organizado. Isso é reconhecido até mesmo pelos
procuradores que nos acusam.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span style="background: white;">Tenho a consciência tranquila e o reconhecimento
do povo. Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que
seja nos livros de história. O que me preocupa, e a todos os democratas, são as
contínuas violações ao Estado de Direito. É a sombra do estado de exceção que
vem se erguendo sobre o país.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA”</span></strong></span><o:p></o:p></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-71450219866048123472016-09-13T12:10:00.000-07:002016-09-13T12:11:14.264-07:00<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;"></span><br />
<div align="center" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 13.5pt; margin: 0cm 0cm 13.5pt; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "Verdana",sans-serif;">UMA SANTA QUE NÃO ACREDITAVA EM DEUS<o:p></o:p></span></div>
<span style="color: #2f2f2f; font-family: georgia, serif; line-height: 13.5pt;">Almoçava com Mário, Mônica e Ana Luiza, (filho, nora e neta,
respectivamente) e em dado momento minha nora suscitou comentário sobre a Madre
Teresa de Calcutá. A prêmio Nobel da paz, haveria, segundo constara em uma dessas
redes sociais, sido membro de uma seita que tinha como dogma o autoflagelo e
coisas que tais; paremos por aqui.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Por alguma dessas inexplicáveis coincidências, leio hoje de
Leonardo Boff, <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">(“</span></b><b><span style="background: yellow; color: #787878; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">é filósofo, teólogo e professor
aposentado de Ética da UERJ”</span></b><b><span style="color: #787878; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;"> ninguém menos que um dos
idealizadores da Teoria da Libertação. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">"as opções aqui analisadas de Frei Leonardo
Boff são de tal natureza que põem em perigo a sã doutrina da fé, que esta mesma
Congregação tem o dever de promover e tutelar"</span></b><b><span style="color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt;">... <o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #252525; font-family: "georgia" , serif;">[comentários condenatórios do ex-Papa Ratzinger]<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">“A
cristologia de Boff se caracteriza pela primazia dos elementos<span class="apple-converted-space"> </span></span></b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia" title="Antropologia"><b><span style="background: yellow; color: #0b0080; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; text-decoration: none;">antropológicos</span></b></a><span class="apple-converted-space"><b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;"> </span></b></span><b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">sobre os<span class="apple-converted-space"> </span></span></b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Eclesiologia" title="Eclesiologia"><b><span style="background: yellow; color: #0b0080; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; text-decoration: none;">eclesiológicos</span></b></a><span class="apple-converted-space"><b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;"> </span></b></span><b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">e dos elementos sociais sobre os
individuais. Boff valoriza os aspectos humanos de Jesus e sua relevância
libertadora, destaca que a originalidade de Jesus se manifesta quando este
corrige os ensinamentos de seus antepassados, em oposição ao sistema e à
dimensão meramente subjetiva da fé...”<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Prossegue o antecessor de do Papa Francisco.</span><b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #252525; font-family: "georgia" , serif;">[E Boff, foi condenado por optar pela “primazia dos elementos
antropológicos (relativo ao Homem) sobre os eclesiológicos (dogmas da Igreja?),
e dos elementos sociais sobre os indivíduos]<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Em1992,
ante novo risco de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa
do sacerdócio</span></b><b><span style="color: #252525; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 35.35pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Inseri estas informações para
apresentar, a quem não conhece, o nobre colunista Leonardo Boff do blog Brasil
247. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Ele em seu artigo, pede para
se deixarem de lado por um momento as questões políticas e nos ocuparmos com um
tema de <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">“...<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">grande relevância existencial e espiritual. Trata-se da
noite escura que a recém canonizada Madre Teresa de Calcultá viveu e sofreu
desde 1948 até a sua morte em 1997. Temos os testemunhos recolhidos pelo
postulador de sua causa, o canadense Brian Kolodiejchuk num livro Come Be My
Light (Venha, seja a minha luz)</span>.”<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Poderia me ater ao fato do quão
são hipócritas os dogmas da religião, qualquer que seja, <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">(“</span><b><span style="background: yellow; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Na Igreja
Católica...ponto de doutrina já por ela definido como expressão legítima e
necessária de sua fé</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">”),<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">mais hipócritas, ainda, são
seus sequazes. Sejam os tradicionais ou os noviços cristãos, travestidos de
evangélicos. Mas deixo o assunto de lado. (há coisa mais irritante do que se
querer converter quem não comunga com a sua “Fé”?).<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Portanto, vou me ater a “</span><b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">a noite escura... de Madre Teresa de Calcutá</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Imaginar que uma Madre,
canonizada; isto é, tornada santa, que viveu, “como é notório”, segundo escreve
Boff, <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">“</span><b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">em
Calcutá recolhendo moribundos das ruas para que morressem humanamente dentro de
uma casa e cercados de pessoas...</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">” </span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">E, ele mesmo, afirma ter-se
surpreendido <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">“...<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">quando viemos saber de seu profundo desamparo interior,
verdadeira noite sem estrelas e sem esperança de um sol nascente.</span></span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">” </span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">E<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">“</span><b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Há
tanta contradição em minha alma: um profundo anelo de Deus, tão profundo que me
faz mal; um sofrimento contínuo e com ele o sentimento de não ser querida por
Deus, rejeitada, vazia, sem fé, sem amor, sem cuidado; o céu não significa nada
para mim, parece-me um lugar vazio</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">”<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">E diz mais, nosso Frei Boff<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">“...muitos
místicos testemunham esta experiência de obscuridade. Constatamo-lo em São João
da Cruz, em Santa Teresa D'Avila, em Santa Teresa de Lisieux, entre outros.
Esta última, tão meiga e expressão da mística das coisas cotidianas, escreveu
em seu Diário de uma Alma:" Não creio na vida eterna; parece-me que depois
desta vida mortal, não existe nada: tudo desapareceu para mim, não me resta
senão o amor</span></b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">"</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">.</span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">”<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Imagine! Seguem palavras de
Leonardo Boff<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">“...A noite escura de Madre Teresa a ponto de dizer:
"Deus verdadeiramente não existe" nos deixa uma interrogação
teológica. Ela descompõe todas as nossas representações de Deus. "Deus
ninguém jamais viu", atestam as Escrituras. É o "nosso saber não
sabendo, toda ciência transcendendo" no dizer de São João da Cruz. Crer em
Deus não é aderir a uma doutrina ou dogma. Crer é uma atitude e um modo de ser;
é aderir à uma esperança que é "a convicção das realidades que não se veem"(Hebreus
11,1), porque o invisível é parte do visível. Crer é uma aposta no dizer de
Pascal que conheceu também a sua noite escura</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "verdana" , sans-serif;">.”<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">Para ser honesto com Boff,
transcreverei o fecho do seu artigo<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">“</span><b><span style="background: yellow; color: #2f2f2f; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Madre
Teresa de Calcutá no amor aos moribundos, estava em comunhão com o Deus
abscôndito. Agora que já se transfigurou viverá a presença de Deus face a face
no amor e na comunhão.</span></b><span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 13.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #2f2f2f; font-family: "georgia" , serif;">E, ainda, há quem estranhe meus
constantes questionamentos sobre a minha “noite escura”. Eu que não passo de um
pobre imortal!<o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-1860315647968899732016-09-01T16:31:00.000-07:002016-09-01T16:41:04.708-07:00A CONDENAÇÃO DE UMA INOCENTE<div style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Após mais de sessenta dias sem
fazer postagens neste <i>blog</i>, por
motivo já declarados na postagem de 20 de junho, preferi dedicar toda a máxima
atenção aos inúmeros fatos que jorravam diuturnamente referentes ao impedimento
da presidenta Dilma. Assim é que encerrada (provisoriamente) a refrega retorno
ao funcionamento deste <i>blog</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Com a consecução do <i>impeachment</i> conseguiram derrubar uma
presidenta legitimamente eleita e, não só isto, interromper abrupta e
violentamente a realização de um sonho de nação menos desigual implementado
durante mais de uma década pelos governos trabalhistas de Lula e de Dilma
Roussef.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Desde a posse da presidenta em
janeiro de 2015, que as forças, as mesmas forças, que causaram a ruptura
democrática em 1964, que levaram Getúlio Vargas ao suicídio e atentaram contra
o governo de Juscelino, tentam expungir, desestabilizar, inviabilizar o
governo de Dilma. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">...desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas
necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as
chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto
pior, melhor</span>” </span><span style="font-family: "georgia" , serif;">(Discurso de Dilma no Senado – agosto 201</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , serif;"></span><br />
<div style="margin: 6pt -0.05pt 6pt 0cm;">
<br /></div>
</div>
<div style="line-height: 23.25pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">[</span><span style="background: white; color: #333333;">E ela não registrou em seu discurso que Comissões na Câmara Federal que deveriam estudar e, talvez, aprovar as medidas, ficaram por cerca de 4 meses, a partir de janeiro de 2015, sem funcionar</span><span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">]</span><br />
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Como porta-voz, ou
melhor, protagonista da conspiração, a grande imprensa deu sua decisiva
contribuição, a torpedear incessantemente com notícias deturpadas, sobre fatos
contra o governo e simplesmente omitindo descaradamente fatos de realizações
positivas ou outros de caráter favoráveis.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando
os resultados danosos impostos à população</span>.” <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">(Discurso de Dilma no Senado – agosto 2016)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 42.55pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">Rede Globo ... justo ela, que durante o ritual golpista</span> [sessão
do <i>impeachment</i> no Senado]<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;"> estava ensinando o povo a fazer ovo cozido.</span></span>”
(<strong><span style="background: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt; font-weight: normal;">Armando Rodrigues Coelho
Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Policia Federal e
ex-representante da Interpol em São Paulo</span></strong><strong><span style="background: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt; font-weight: normal;">)<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Conseguiram, afinal, o funesto intento, preliminarmente,
com a aprovação da admissibilidade de culpa e do impedimento da presidenta pela
Câmara Federal, numa vergonhosa sessão, não cômica porque trágica, para os
destinos da nação, aos olhos da imprensa internacional, ensejo para os mais
desairosos comentários e, por último, com a sessão no Senado Federal, no dia 31
de agosto, (superstição à parte, êta mês premonitório, hein?).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Nesta última sessão, em bem menor proporção,
repetiu-se “o teatro”. “personalidades” da oposição ao governo constituído
apresentavam-se, com “faca entre os dentes”, com “sangue nos olhos”, a repetir
o “mantra” do CRIME DE RESPONSABILIDADE – como a atemorizar os de entendimento
contrário ou os sem opinião ainda formada - nascido na conspiração e
fundamentado em peça jurídica forjada no TCU e defendida por uma “messiânica” criminalista.
<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">E foi assim por toda a Sessão, uma entediante
sucessão de perguntas com os mesmos sentidos, acrescidos de indagações sobre
fatos não relacionados (o “conjunto da obra”) com o âmago da questão: “houve ou
não crime de responsabilidade” e, como não poderia deixar de ser, repetitivas
respostas da injustamente acusada no processo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif; font-size: 11pt;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">Quem afasta o presidente pelo “conjunto da obra” é o povo
e, só o povo, nas eleições.</span>” </span><span style="font-family: "georgia" , serif;">(Discurso de Dilma no Senado –
agosto 2016)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Sem me arvorar a jurista e no meu modesto
entendimento, os decretos, até então, editados tinham a autorização legislativa,
sim, (o que, ao contrário, segundo “eles”, caracteriza o crime de
responsabilidade) pela Lei Orçamentária Anual, (LOA) editada anualmente, como
diz seu título, e se é lei, logicamente, tem a validação do Legislativo; e,
ressalte-se, em momento algum houve acréscimo de despesa. Já quanto ao “Plano
safra”, foi demonstrado que há lei própria e que passa ao largo da presidência.
E o que é mais que um fato: os decretos e o Plano safra estavam sendo gerados
normalmente pelo Executivo, nas gestões de presidentes anteriores e da própria
Dilma Roussef, sem que fossem contestados, até que o TCU passara a questionar, no segundo semestre de 2015, já por “encomenda” da conspiração. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">...A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade,
que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os
atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos
idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime
na época deles, e também não é crime agora.</span>” (Discurso de Dilma no
Senado – agosto 2016)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 49.55pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif; font-size: 16pt;">“</span><span style="background: yellow; color: #333333; font-family: "georgia" , serif;">E meu
veio a lição primária do Direito: não há crime sem lei anterior que o defina.
Crime exige perfeita adequação da conduta à norma penal. Direito Penal não
permite analogias, interpretações extensivas. Se não há crime.</span><span style="font-family: "georgia" , serif; font-size: 16pt;">” </span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(</span><strong><span style="background: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt; font-weight: normal;">Armando Rodrigues Coelho
Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Policia Federal e
ex-representante da Interpol em São Paulo</span></strong><strong><span style="background: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt; font-weight: normal;">)<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="line-height: 23.25pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Agora que o estrago
está feito, já se lê naquele veículo que faz parte do estamento midiático da
conspiração, portanto, insuspeito, a Folha de São Paulo, editorial que confessa
a inexistência de razões irrefutáveis no fundamento da acusação. Embora o diga
cercando-se do cuidado em alegar a estrita obediência à Constituição, ao amplo
direito de defesa... Mas como ampla defesa se o VEREDICTO já estava decidido,
desde a Câmara Federal? E ela, a FSP, cita, reforço, expressamente “um golpe
parlamentar”. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">“<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">O processo decorreu em estrita
obediência à Constituição, assegurado amplo direito de defesa e sob supervisão
de suprema corte insuspeita. As acusações de fraude orçamentária, porém, embora
pertinentes enquanto motivo para impeachment, nunca se mostraram irrefutáveis e
soaram, para a maioria leiga, como tecnicalidade obscura – e, para uma minoria
expressiva, como pretexto de um golpe parlamentar.</span>"</span> (Folha
de S. Paulo de 01/09/2016)<o:p></o:p></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 42.45pt; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 16.0pt;">Acho que neste momento a nação, o estado de
direito e a democracia estão abalados. Mas é instante da reunificação das forças
progressistas, dos movimentos sociais para retomada de lutas, pelo efetivo Estado
de Direito, pela Democracia e principalmente pela intocabilidade dos Direitos e
avanços sociais já adquiridos. </span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-31325544765063452662016-06-20T07:03:00.000-07:002016-06-20T07:03:26.427-07:00“A República Não Pode Ter Príncipes”<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;">Fiz uma promessa a mim mesmo no sentido de que somente voltaria a postar
no <i>blog</i> após a conclusão do processo
golpista que transcorre, mas diante do que li e que vai a seguir transcrito,
não me contive e, então, quebro minha jura. É simplesmente antológico o que disse
Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça do governo sob “cartão amarelo”. Não deveria
ter sido ele, Aragão, o ministro desde o início do governo Dilma Rousseff? Ter-se-ia
(êpa, Influência <b>Temer</b>iana?!!!) chegado
à grave situação que estamos vivendo, caso fosse desde o início o titular da
Justiça no governo?<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;">A lapidar frase que intitula esta postagem é do dito cujo e conheçamos,
então, com mais detalhes o pensamento do promotor Eugênio Aragão, extraído do
Conversa Afiada, originariamente extraído do <i>blog</i> de Marcelo Auler. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 2;">
<b><span style="color: #231f20; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.5pt; letter-spacing: -.6pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.marceloauler.com.br/eugenio-aragao-alguem-com-a-legitimidade-dos-votos-tem-que-dizer-pera-ai/" target="_self"><span style="color: black;">Eugênio Aragão: “alguém com a
legitimidade dos votos tem que dizer, pera aí!”</span></a><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12.5pt;">por Marcelo Auler (*)<br />
<br />
Na palestra realizada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, segunda-feira
(13/06), o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, subprocurador da
República Eugênio Aragão, alertou para o nível de perplexidade que a sociedade
chegou a partir de algumas consequências da Operação Lava Jato, como a
destruição de ativos brasileiros.<br />
<br />
<b><i>“Como é que um processo que visa depurar a sociedade – isso aqui mais
cedo ou mais tarde, essa turma do “eu acredito em Moro”, vai experimentar -,
como uma sociedade dessas enterra ativos tão caros como a Petrobras e
empresas?”</i></b><br />
<br />
Ao falar em “empresas”, referia-se também, como o fez depois abertamente, à
indústria da construção civil a qual, no seu entendimento, se for levada à
bancarrota provocará grandes perdas não apenas à economia brasileira, mas de
toda a América Latina, tal o nível de participação das construtoras brasileiras
em grandes obras de infraestrutura em todo o continente sul-americano.<br />
<br />
Ele defende ter chegado o momento da sociedade discutir questões como esta,
ainda que este tipo de discussão, como disse, gera um risco:<br />
<br />
<b><i>“de ser capturada por aqueles que estão envolvidos em ilícitos, aqueles
que tentarem se safar através de um debate político do seu processo”.</i></b><br />
<br />
Ressaltou, o lado positivo da Lava Jato, mas fez questão de advertir que era
inevitável que a sociedade brasileira chegasse a este ponto de exigir da
Justiça uma atuação junto aos poderosos, tal como age com os mais
desprotegidos. Foi quando lembrou que mudanças promovidas pelo governo Lula
ajudaram a chegar neste patamar.<br />
<br />
<b><i>“Um fator central da crise que nós experimentamos hoje é a chamada
operação Lava-Jato, ela é sui generis na sua forma de atuação, mas as raízes já
foram deitadas muito antes para ela atuar desse jeito. Em primeiro lugar
tivemos uma iniciativa, que foi do próprio governo Lula, chamada “Estratégia
Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Ativos”, conhecida também como
ENCCLA. </i></b><br />
<br />
<b><i>A ENCCLA é uma iniciativa que tem sede no DRCI (Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do Ministério da
Justiça e que buscou atrair para a agenda de combate à corrupção, todas as
autoridades que de alguma forma tem atribuições que interferem nessa agenda.
Tribunais de Contas, Ministérios Públicos, COAF, Receitas Federais e Estaduais,
Poder Judiciário, polícias, todos eles sentam à mesa uma vez por ano e decidem
as diretrizes de atuação no combate à corrupção e lavagem de ativos.</i></b><br />
<br />
<b><i>A ideia é estupenda no sentido de você fortalecer o poder de reação do
Estado contra o crime organizado, fazendo os órgãos atuarem harmonicamente ao
invés de saírem no tapa por disputa de atribuições que os alavancam mais num
país como o nosso, em que ao invés de ordem e progresso na bandeira nacional
deveria estar escrito “quem não chora, não mama”. Talvez essa seria uma
novidade, dos órgãos atuarem harmonicamente, e isso foi uma iniciativa do
governo Lula. E isso é a matriz das forças-tarefas“.<o:p></o:p></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12.5pt;">Falta sensibilidade ao MP</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;">- Então enumerou medidas
adotadas pelo governo Lula que levariam a sociedade a cobrar um novo papel da
justiça, mostrando assim que a Operação Lava Jato, ou algo parecido, seria
inevitável. Ao mesmo tempo, porém, a forma como a Lava Jato atuou, segundo disse,
vem provocando perplexidade junto à sociedade: Isto, por ter acontecido de
forma a excluir das decisões o poder da soberania popular:</span></span><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
<br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“O problema é isso acontecer num contexto
corporativo de completa destituição da legitimidade do voto, da política eleita,
porque ela está envolvida. E no momento, quase de excepcionalidade, no momento
político que a gente vive. De forma que o Poder que era para pertencer à
soberania popular, se desloca para um órgão não-eleito, o Ministério Público, a
Justiça. O momento político que estamos vivendo é muito ingrato” <o:p></o:p></span></i></strong></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12.5pt;">Falta sensibilidade ao MP</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;">- Então enumerou medidas
adotadas pelo governo Lula que levariam a sociedade a cobrar um novo papel da
justiça, mostrando assim que a Operação Lava Jato, ou algo parecido, seria
inevitável. Ao mesmo tempo, porém, a forma como a Lava Jato atuou, segundo
disse, vem provocando perplexidade junto à sociedade: Isto, por ter acontecido
de forma a excluir das decisões o poder da soberania popular:</span></span><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
<br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“O problema é isso acontecer num contexto
corporativo de completa destituição da legitimidade do voto, da política
eleita, porque ela está envolvida. E no momento, quase de excepcionalidade, no
momento político que a gente vive. De forma que o Poder que era para pertencer
à soberania popular, se desloca para um órgão não-eleito, o Ministério Público,
a Justiça. O momento político que estamos vivendo é muito ingrato” <o:p></o:p></span></i></strong></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12.5pt;">Inversão da Lógica</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;">– Apesar de considerar
inevitável que o país caminhasse para uma cobrança dos maus feitos, da
corrupção em si, da grande desigualdade social, ele mostra que com a Força
Tarefa da Lava Jato ocorreu uma inversão da lógica, pois um juiz de primeiro
grau acaba ditando o que o Supremo Tribunal Federal deve fazer. Diz que o
próprio procurador-geral da República, que deveria estar no comando das
investigações, por elas envolverem pessoas com foro privilegiado, acabou indo à
reboque. Um juízo de primeiro grau é que dita o que o Supremo deve ou não
julgar, em uma inversão da valores, inversão da lógica.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;">Papel do Direito Penal -
Na sua visão como jurista, é preciso enxergar o direito penal não como uma
forma apenas de punição. Mas, adotá-lo como forma preventiva de não repetição
dos erros. Esta é uma das muitas críticas que faz aos seus colegas do
Ministério Público (MP):</span><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
<br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“O Ministério Público em todos os países do
mundo é um órgão de vocação persecutória, ou seja, o que faz o MP? Recebe uma
hipótese da prática de um crime e em cima disso vai atrás do provável autor
para aplicar sanção penal que tem como objetivo a prevenção. Reeducar aquele
indivíduo e fazer com que a sociedade se mire no exemplo dele para não ousar
cometer os mesmos crimes. Isso é a mais simplória teoria prevencionista no
direito penal hoje. Os americanos são mais chegados a umas teorias de cunho
revisionista, de querer substituir o mau pelo mau, mas isso não é o que na
Europa Continental é a tendência principal. A tendência principal é prevenir
crimes. Ou seja, o direito penal vê um crime que aconteceu no passado e olha
pro futuro, para garantir que isso não volte a acontecer. Não adianta você
querer bater e maltratar o criminoso porque você não vai reconstituir o bem
jurídico lesado através disso. Então você tem que olhar para frente, garantindo
que isso não se faça mais. É isso que a gente fala na teoria de proteção de
bens jurídicos e para isso que o direito penal serve. Para que o direito penal
não serve? Para apaziguar conflitos de larga escala, para dar um rumo para o
país, para botar a política no lugar. Nunca o direito penal foi vocacionado
para isso.”</span></i></strong><br />
<br />
<strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O caminho da Constituinte</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">–
Avançando na análise do momento político e crise que o país vive, lembra que os
resultados da Lava Jato surgiram em um período de eleições polarizadas.
Paralelamente, muitos acreditam que pela punição legal resolveremos os
conflitos, caminho do qual discorda. O Direito Penal, diz, não vai “curar as
feridas da nossa sociedade”. Isto, para ele, é uma tolice.</span></span><br />
<br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">O caminho
é outro, passa pelo voto popular, por uma Assembléia Constituinte autônoma, com
um ano de validade, para promover a reforma política. Mas, como lembra, isso
não interessa “aos donos do poder”.”Ninguém quebra o galho onde está sentado”.
Trata-se de algo a ser feito pela sociedade. Por pressão popular.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12.5pt;">A dificuldade, na sua
visão, está no alto nível de polarização existente na sociedade. Essa
polarização torna esse debate, que considera fundamental, difícil.
Principalmente porque, a depender daqueles aos quais chama de “príncipes da
República”, não acontecerá;</span><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<strong style="font-size: 12.5pt; line-height: 22.8pt;"><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“(…) Qual o debate possível? Até onde suas
excelências, os magistrados, os membros do ministério público, estão querendo
cortar da própria carne? Existe essa hipótese? Se depender deles, não. Mas a
sociedade tem que botar isso em cima da mesa. Tem alguém que tem que chegar com
a legitimidade do voto e dizer “peraí, vamos botar as coisas nas devidas
proporções. A república não pode ter príncipes”.</span></i></strong><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;"> <o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-33367350579325447652016-05-12T07:59:00.002-07:002016-05-12T07:59:23.057-07:00O GOLPE TRIUNFA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Eu hoje amanheci triste. Apossa-se de mim uma
tristeza comparável, acho, a uma falta definitiva de um parente ou de um grande
amigo, por ver triunfar brutal e desavergonhado golpe, perpetrado contra o Estado
de Direito e contra, acima de tudo, a Democracia, que significa governo do
povo, pelo povo e para o povo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Desde o primeiro instante em que se consumou das
urnas a vitória de Dilma e até mesmo antes que lhe fosse dado posse para o novo
mandato que as oposições, orientadas, pelo seu “farol” – a hegemônica rede de
TV e a grande imprensa, em geral -, inconformadas com a derrota (que lhes
parecia impossível, tanto a ponto de se “tocar foguete antes do tempo”) vêm
contestando e, de todas as formas possíveis ou impossíveis, éticas ou
antiéticas, legais ou ilegais, sabotando o funcionamento do governo, potencializando
uma crise que já se assumia; levando, portanto, o país ao fundo do poço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Não há que se absolver completamente de culpa o
governo – inclusive, porque, sob “o mantra” do republicanismo, permitiu o
desenvolvimento do processo; além de adoção equivocadas de medidas
político-econômicas; mas que tudo foi feito pelos conspiradores para o “quanto
pior melhor”, isso não fica dúvida alguma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">O governo e sua política havia resistido ao “mensalão”,
que condenara importantes membros do seu partido sob a justificativa do “domínio
do fato”, cujo coautor da teoria confessara sua inaplicabilidade naquele
processo. Ocasião em que uma ministra absurdamente teria afirmado que
condenaria baseada “na literatura”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Assim com relação ao “mensalão”, prática usada
por todos os partidos com a máscara do “caixa 2”, mas que praticamente somente
visou o PT e alguns aliados, (tanto que o “mensalão do PSDB” ninguém ouve
falar), o “crime de responsabilidade” imputado à Presidenta, que poderia ser
considerado tão somente uma má gestão financeira, foi amplamente praticado
pelos antecessores da presidenta e é praticado por prefeitos, governadores, tal
como fora com o ex-governador de Minas Gerais, justo o RELATOR do processo no
Senado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Em outro “front” os “bravos guerreiros” agiram e
ainda agem na república de Curitiba, cujo mandatário age com autonomia nunca
vista com um juiz de primeira instância e cuja seletividade, objetivando tão
somente ptistas ou aliados, é pública e notoriamente conhecida. Esse mesmo juiz
e seu “ajudante”, o grande DELATOR, Alberto Youssef, protagonizaram o processo,
que deu em nada, (arquivado) do escândalo do BANESTADO (Banco do Estado do
Paraná, que “lavava dinheiro” de políticos), há anos atrás (sem o PT no governo,
ressalte-se) e se fosse devidamente apurado poderia, (quem sabe, com o rigor
com que ele age contra o PT?), poderia ter trancafiado muitas das celebridades
que comandam hoje o golpe. Além da seletividade ainda usa dos vazamentos à
imprensa, (exclusivamente para a rede de TV que lhe homenageou com “caneco”),
das notícias que bem quer e que se destinam à massa ignara para lhe dar
sustentação em sua verdadeira obsessão que é a de exterminar o partido dos trabalhadores
e sua figura maior, que por pouco teria sido sequestrado para ser encarcerado,
mesmo sem provas, como costuma fazer com outros menos afortunados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Depois do “mensalão” veio o “petrolão”. Curioso é
que uma das figuras mais importantes no que se refere à corrupção na Petrobrás
um tal de Paulo Roberto, diretor da empresa desde o governo de FHC, já declarou
que o “sistema” já existia desde aquela época, mas “não vem ao caso” como diria
o juiz. Tanto é que Paulo Francis, nos idos de ’90, correspondente
internacional, fizera a denúncia de corrupção naquela empresa. Sabe o
resultado? Morreu por colapso cardíaco, provavelmente, como dizem, decorrente
da pressão que sofrera por causa de suas denúncias, com ameaça de ter que pagar
vultosa indenização por danos morais, “sofridos”, (tadinho!) pelo então
presidente da Petrobrás que, naquela época, queriam transformar em PetrobrAX
(prá que BRás? Prá que do Brasil?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">A tudo isso vemos o Supremo Tribunal, aquele que
deveria ser o guardião do Direito, omitir-se, quando não, através de um dos
seus membros, demonstrar claramente seu posicionamento favorável ao extermínio
do PT. Enquanto consumiu mais de 100 dias para decidir pelo afastamento do
presidente da câmara de deputados (é em minúsculo mesmo!), que comprovadamente é
acusado de desvio e lavagem de erário público, assistiu </span><span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">à dita “autoridade” (argghhh!!!) comandar o processo
de impedimento da Presidente Dilma Roussef, com toda truculência, com toda
ironia. Segue o processo para o Senado, após aprovação naquele fatídico domingo
em que deputados nos “brindaram” com aquela vergonhosa cena.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">No Senado, seu presidente, já indiciado por crime
pelo PGR cujo processo se encontra no
Supremo, sabe-se lá até quando e o que resultará?! E ele mesmo preside a casa.
Isso sem falar no significativo número de senadores que também respondem por
processos criminais (afinal, processo contra aécio neves chegou finalmente ao STF!) e outros que nem votos precisaram para estar onde estão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Como permitir que bandidos ou acusados de
bandidagem possam destituir uma Presidente legitimamente eleita e sobre a honra
de quem não há mácula alguma? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Tudo isso é GOLPE!<o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-53730854019436010302016-04-30T05:14:00.000-07:002016-04-30T05:14:57.700-07:00A "Musa" do Golpe?<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16.0pt;">Transcrevo, a seguir, análise de Romulus,
extraída do blog “jornal GGN, de Luis Nassif, sobre o discurso da advogada
Janaína para a Comissão Especial do <i>Impeachment</i>
do Senado, quando ela defendera a peça de acusação de crime de responsabilidade
supostamente cometida pela presidenta Dilma, apenas por sentimento patriótico –
teria ela explicado em outras palavras - remunerada, entretanto, pela “bagatela”
de R$45.000,00 paga pelo psdb.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5t3RLCC324ZCM8xiwWqZJN2vr-fTyoDxWV5oiO6xGH-K8H2c1i2bgL5xyezUpXyguVMbbV7TquY9kQ7f3ChatXTCMe68nT2q98Om9Zt_LfGb1r1EA7ut-YYpdRUhCMq3Rwnq_aLpY1pd1/s1600/AdvogadaJana%25C3%25ADna%2521.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5t3RLCC324ZCM8xiwWqZJN2vr-fTyoDxWV5oiO6xGH-K8H2c1i2bgL5xyezUpXyguVMbbV7TquY9kQ7f3ChatXTCMe68nT2q98Om9Zt_LfGb1r1EA7ut-YYpdRUhCMq3Rwnq_aLpY1pd1/s320/AdvogadaJana%25C3%25ADna%2521.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16.0pt;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16.0pt;">Embora se trate de um texto longo, vale a pena,
entretanto, discorrer por toda sua extensão para melhor conhecimento do assunto
e, principalmente, formar uma melhor compreensão da personalidade da “musa” do
golpe. Ou feiticeira?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrdoDFf0CFrlFJvvxgGOtVOwejQlQ_IPRVYWhFKP4VvqIpIEbcp2WD0Q1inByzF_mogzQHeldM7HVOHnpWSITsSFqt348keXmWdOEo9jHYSSk9VcuRpMptwZXBcvR_IOMOAO2kvf5SWLQQ/s1600/AdvogadaJana%25C3%25ADna.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="104" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrdoDFf0CFrlFJvvxgGOtVOwejQlQ_IPRVYWhFKP4VvqIpIEbcp2WD0Q1inByzF_mogzQHeldM7HVOHnpWSITsSFqt348keXmWdOEo9jHYSSk9VcuRpMptwZXBcvR_IOMOAO2kvf5SWLQQ/s320/AdvogadaJana%25C3%25ADna.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16.0pt;"><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/uma-analise-do-discurso-de-janaina-no-senado-por-romulus"><span style="color: #333333;">Uma análise do discurso de Janaina no Senado por Romulus</span></a><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Sessão do Senado: Janaína volta a dar BANDEIRA. Só faltou girar,
como na USP.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">-
Saímos da previsibilidade que se esperava até a votação em plenário.</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por
quê?</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">-
Janaína mexe em time que estava ganhando – e em jogo já jogado antes mesmo de
começar a partida.</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por quê
(2)?</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Inova
na forma: na retórica afetada e no look “coitadinha”.</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por quê
(3)?</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Inova
no conteúdo: (i) exige a ampliação extemporânea do objeto da acusação de impeachment;
e (ii) surge agora com uma fórmula “papa-tudo”: crime omissivo impróprio em
interpretação extensiva (prometo que vou explicar fácil aí embaixo!).</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por quê
(4)?</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- O
fator STF como parte da resposta a esses porquês (1 a 4).</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">-
Bônus: notas sobre a sofrível performance pessoal de outros atores nas sessões
farsescas do Senado</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Impeachment: estamos de volta</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Voltamos
à novela farsesca do impeachment, depois de alguns dias de calmaria (leia: “</span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/senado-stf-respire-fundo-antes-do-mergulho"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Senado/STF:
respire fundo antes do mergulho</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">”). E não havia forma
melhor/pior de fazê-lo: com mais uma performance memorável da advogada Janaína
Paschoal em sua profissão de fé pelo impeachment da Presidente Dilma.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mais uma vez foi um esforço pessoal grande para mim: as 5h de
diferença no fuso horário – como na inesquecível votação do dia 17 na Câmara –
fez com que varasse a noite diante do espetáculo ao vivo gerado em Brasília.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por incrível que pareça valeu a pena.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Diferentemente do que eu esperava – mais do mesmo até a
derradeira votação no plenário do Senado em meados de maio – ontem houve fato
novo. E graças exclusivamente a Janaína Paschoal – e os seus.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Janaína mexe em time que estava ganhando - em jogo já jogado
antes mesmo da partida começar</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Como
disse em “</span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/senado-stf-respire-fundo-antes-do-mergulho"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Senado/STF:
respire fundo antes do mergulho</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">”, o jogo no Senado já está
jogado mesmo antes de começar. Nem o mais otimista dos Senadores governistas
ousaria discordar desse diagnóstico. Independentemente da debilidade da peça
acusatória e de seu tumultuado trânsito parlamentar, o plenário votará pelo
início do processo, o que implica o afastamento da Presidente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mais uma farsa nesse espetáculo todo ele farsesco, em que o
notório cinismo e hipocrisia que regem a política profissional no Brasil
privilegiam a forma e as aparências em detrimento da substância, do conteúdo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">E o que mudou ontem graças a Janaína?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ora, o diagnóstico de jogo jogado no Senado é comum ao governo a
à oposição. Comum às militâncias de ambos os lados e já devidamente
“precificado” e assimilado. Assim, esse resultado já orienta o planejamento das
ações de ambos os lados após a (não-)surpresa que o Senado nos reserva daqui a
duas semanas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Diferentemente dos indícios contrários, não considero a advogada
Janaína perturbada ou possessa. Da mesma forma, a cátedra que ocupa na USP
indicaria o conhecimento, ainda que mínimo, da Lei.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(Nota: não a conheço pessoalmente. Dessa forma, essas duas
afirmações são presunções. Minha vivência acadêmica em universidades de ponta
no Brasil me ensinou que, por incrível que possa parecer, pessoas sem
conhecimento sólido e com raciocínio não mais que medíocre podem ir longe na academia.
Principalmente nesse Brasil dos formalismos e das aparências, em que a crítica
ao trabalho acadêmico é tomada como ofensa pessoal. Em outra oportunidade trago
relatos anedóticos a esse respeito)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Então, partindo da premissa de que Janaína é sã e conhecedora do
Direito, o que a levaria à performance bizarra de ontem?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Primeiramente é preciso delimitar a que me refiro como
“performance bizarra”:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(1) Forma:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Retórica:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">A Janaína do discurso do Largo de São Francisco baixou na
advogada ontem novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Saravá!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Embora uma oitava abaixo, diga-se em seu favor. Nada a ver com a
Janaína (um pouco mais) sóbria que falou à Comissão da Câmara dos Deputados
semanas atrás.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Excessos retóricos – se é que podem ser qualificados como
retórica – abundaram: teatralidade excessiva, com o emprego exagerado de
ênfases, entonações, pausas dramáticas, caretas, gestual exagerado e choro (sem
lágrimas). Chegou àquele nível de afetação que constrange quem a testemunha.
Isto é: a famosa “vergonha alheia” das redes sociais, que tantos memes gera
para nosso divertimento.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não faltaram apelos “extravagantes” nesse excesso retórico.
Janaína remeteu-se às “criancinhas” do Brasil, com a Constituição (“livro
sagrado”) erguida ao alto; evocou, com muita humildade, sua reverência e
respeito ecumênicos por pastoras e mães-de-santo; assinalou a importância de um
“Estado laico<span class="apple-converted-space"> </span><strong>mas não ateu!</strong>” (bravo,
Janaína!); compadeceu-se dos “presos políticos” na Venezuela e nas demais
“ditaduras amigas”; e, finalmente, lembrou, com pesar, do fim da “menina<span class="apple-converted-space"> </span><strong>Dilminha
bailarina</strong>” – aquela que se foi sem nunca ter sido – e que a
levou às lágrimas diante de sua corrupção pelo Poder e pelos (bate na madeira
três vezes!) “marqueteiros do mal”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Oh, que horror!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">“Look”:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por que Janaína sentiu a necessidade de se apresentar com uma
vestimenta tão “simplesinha” diante do Senado?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Qual o look que adotou diante do “Poder”?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Uma camisetinha básica estilo Hering, bijuterias de plástico e
cabelos “revoltos”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Aliás, a própria Janaína registrou em sua fala supostas críticas
que recebera de fãs ao seu look.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ah, dirão alguns, que preconceito! Que visão machista! Fosse ela
homem não se comentaria sobre o seu look.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Evidente que sim! Alguém imaginou que o Ministro Cardozo pudesse
ir ao Senado hoje vestido de calça jeans e sem gravata, com camisa desabotoada?
É claro que não. Estou a vê-lo neste momento no Senado e está ele com a
vestimenta esperada: terno e gravata.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">O mundo do Direito, conservador que é, possui códigos a serem
observados pelos iniciados, não iconoclastas, para que se façam ouvir pelos
seus pares. Isso inclui não só o uso do jargão, mas também a adoção dos trajes
esperados.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não faço aqui defesa desses códigos conservadores. Muitas vezes
sofri eu de terno e gravata os 42 graus Celsius do Centro do Rio de Janeiro –
algo totalmente irracional. Faço tão somente uma constatação de alguém que
frequenta o mesmo meio que Janaína.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ah, mas não será Janaína então uma iconoclasta? Uma
questionadora desses códigos conservadores superficiais?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não me
parece. A não ser que ela escolha apenas o Senado para fazer esse
“questionamento” (</span><a href="http://msalx.veja.abril.com.br/2016/04/28/1912/pe6Cx/alx_jonaina-pascoal-20160428-01_original.jpeg?1461881523"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">o look “simplesinha” no Senado). Sim,
porque em todos os programas de televisão de que participou o look foi
totalmente diferente. Sempre de terninho ou vestido, como seria de se esperar
no nosso meio conservador (</span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=HVIqQ2KlSSk"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">,<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=LcBvXJkjIBg"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">e ainda<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Re7LruuOTuI"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ora, qual ambiente pede maior rigor no traje? Programas de
televisão ou o Senado da República?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Senado, aliás, em sessão de extrema relevância, analisando o
afastamento da Chefe de Estado, televisionada ao vivo para todo o país.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">O que buscava Janaína com esse look “simplesinho”? Reforçar seus
argumentos jurídicos (sic) com a simpatia que o observador médio hipoteca ao
pequeno Davi diante do gigante Golias? Ou seja, quis fazer-se de coitadinha
austera diante do “Poder” “corrupto”?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Cada um que faça seu diagnóstico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Eu já fiz o meu.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(2) Conteúdo:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Como exposto acima, os excessos retóricos surpreenderam diante
do diagnóstico de “jogo jogado”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mas
muito mais surpreenderam as inovações<span class="apple-converted-space"> </span><em>jurídicas</em><span class="apple-converted-space"> </span>(sic) no discurso de Janaína.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por que tumultuar o “jogo jogado” nessa altura? Em time que está
ganhando não se mexe, não é mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ampliação do objeto do impeachment</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">No entanto Janaína vem com uma argumentação sofrível defender
que o Senado passe por cima:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(i) do rito definido pelo STF em dezembro passado, que
esclareceu acima de qualquer dúvida a sucessão – com o necessário encadeamento
– entre as etapas de admissibilidade (Câmara), processo e julgamento (Senado);<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(ii) da reafirmação dos limites da acusação nos Mandados de
Segurança julgados pelo STF no dia 14/4 - apenas reafirmando o óbvio diante de
todo o conteúdo “extravagante” do relatório do dep. Jovair Arantes; e<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">(iii) de toda a tumultuada tramitação do processo na Câmara dos
Deputados, retirando toda a importância e toda a consequência jurídica da
“autorização” dada pela Câmara dos Deputados ao processamento da Chefe do
Estado. Essa salvaguarda foi totalmente esvaziada. Para a Janaína de ontem,
nada importa em que termos a “Casa do Povo” autoriza (ou não) a Câmara alta do
Parlamento – que representa a federação – a processar e julgar o Chefe de
Estado. Isso porque – segundo a Janaína de ontem – essa autorização não
vincularia o Senado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Uau!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Meu queixo caiu!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">É interessante notar que a “verdade revelada” de Janaína
encontrou pouco eco naquela plateia qualificada. Não houve repercussão
relevante nem por parte do relator nem por parte dos arguidores. Isso apesar de
toda a insistência de Janaína ao longo da tarde e da noite para que o Senado
acrescentasse “Petrolão”, “Pasadena” e “pedaladas” de 2014, entre outros, à
denúncia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">E por que não houve eco, nem mesmo entre os defensores do
impeachment?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Primeiramente é preciso notar que grande parte dos Senadores
arguidores já chegou com questionamentos anotados – e muitas vezes mal lidos
por aqueles que claramente não os escreveram. Dessa forma, as intervenções
desses Senadores, pré-fabricadas, não podiam refletir as “inovações” de
Janaína.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Em segundo lugar, socorro-me da sabedoria popular. Os Senadores
com mais discernimento, aqueles que prescindem de anotações de assessores,
seguiram a máxima: “estrume” quanto mais se mexe mais fede. Melhor ignorar as
“inovações” malcheirosas de Janaína.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">E assim fizeram. Ontem e hoje também.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Imputação “papa-tudo” de Janaína: interpretação extensiva de
crime omissivo impróprio</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Agora
vai: não há escapatória!</span></em><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Entre
muitos outros escorregões – deliberados? – de Janaína não posso me furtar de
mencionar sua novíssima interpretação para<span class="apple-converted-space"> </span><em>crime omissivo impróprio</em><span class="apple-converted-space"><i> </i></span>no âmbito da Administração
Pública. Trata-se de um “domínio do fato” de sinal trocado e elevado ao cubo!
Uma responsabilização absoluta! Caso fosse entendimento disseminado, não
sobraria um chefe de Executivo sentado em sua cadeira no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Aliás, no Brasil não... no mundo!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">O que sugere Janaína agora?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Como premissa, ela alongou o objeto da acusação pretendendo
incluir no mesmo “Petrolão”, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Já questionamos essa “inovação” acima.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mas,<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><em>arguendo</em>, i.e., apenas para contra-argumentar
a sua hipótese estapafúrdia, admitamos essa extensão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Qual a implicação dessa inclusão para a configuração de crime da
Presidente da República?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ora,
Janaína inclui no<span class="apple-converted-space"> </span><em>seu</em><span class="apple-converted-space"> </span>rol de crimes que imputa à Presidente
Dilma diversos<span class="apple-converted-space"> </span><em>crimes omissivos impróprios</em>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">E que crimes foram esses? Que omissões cometeu a Presidente?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Primeiro a definição: em um crime omissivo impróprio, atribui-se
o crime ao omitente (aquele que se omitiu), como seu causador por não cumprir
seu dever legal especial de agir e evitar o resultado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Exemplos: pais em relação aos filhos, médicos com pacientes,
salva-vidas com banhistas, etc. (Art. 13, §2°, do Código Penal).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Pressupostos: (1) a posição de garantidor - dever de agir e
evitar o resultado; (2)<span class="apple-converted-space"> </span><strong>a possibilidade concreta de agir e
evitar o resultado</strong>; (3) a causação de um<span class="apple-converted-space"> </span><strong>resultado
imputável ao omitente</strong>; e (4)<span class="apple-converted-space"> </span><strong>dolo ou culpa</strong>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Janaína argumenta que Dilma, ainda como Ministra e Presidente do
Conselho de Administração da Petrobras (<strong>antes
mesmo de ser eleita Presidente!</strong>) cometeu crime omissivo
impróprio no caso “Pasadena” por faltar com a sua obrigação legal de “cuidado,
proteção ou vigilância” (Art. 13, §2°, alínea “a”, do Código Penal).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Uau! Foi longe, hein, Janaína?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">O mesmo raciocínio é aplicado por Janaína a Dilma – já
Presidente – com relação ao Petrolão e à Lava a Jato. Todos os crimes deste
escândalo são, segundo Janaína, imputáveis à Presidente Dilma por omissão
imprópria! Faltou ela com sua obrigação legal de “cuidado, proteção e
vigilância”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">É um “domínio do fato” de sinal trocado e elevado ao cubo:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Se
não colar o “não havia como não saber pela posição que ocupava” não há como
escapar desse<span class="apple-converted-space"> </span><strong>papa-tudo jurídico</strong><span class="apple-converted-space"> </span>(<em>legal
catch all</em>): “se não sabia então faltou com seu dever legal de
cuidado, proteção e vigilância”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Ora, quem há de escapar dessa teia de aranha papa-tudo tecida
por Janaína?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Certamente nenhum Chefe de Executivo – Federal, Estadual e
municipal – brasileiro. Ou mesmo do mundo!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mundo real, bem entendido. Talvez no mundo ideal fadas e duendes
não haverão de anotar nenhum crime omissivo impróprio, já que nem mesmo desvios
comissivos existirão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Imaginem se ao Chefe do Executivo pudessem ser imputados, por
omissão, todos e quaisquer desvios ocorridos na Administração Pública.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não sobrava um no cargo!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Conclusão:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não esperava nada de novo nesse “jogo jogado” e, no entanto,
Janaína trouxe várias novidades. Mexeu, com muito empenho, em um time que
estava ganhando antes mesmo de entrar em campo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Por que ela faria isso?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mesmo com esses deslizes, o jogo no Senado continua estando já
jogado – não alimentemos nenhuma esperança vã. A única justificativa seria uma
apreensão com relação (i) à futura análise pelo STF do atual objeto da
denúncia, (ii) sua debilidade e (iii) seu caráter imprestável para caracterizar
crime de responsabilidade conforme definido na Constituição e na legislação
aplicável.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Tentei pensar em outras explicações. Mas – supondo a sanidade
mental de Janaína e a ausência de um acentuado “déficit cognitivo” na mesma –
essa é a única que me restou.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Em síntese: Janaína – e os seus – sabem que a sua peça
acusatória não é apenas débil. É imprestável. Somente um juízo puramente
político – ignorando todos os requisitos constitucionais e legais – poderia
afastar a Presidente Dilma com base na mesma.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Não por outra razão os defensores do impeachment vêm batendo – à
exaustão – nas teclas “juízo político” exclusivo (minimizando a dimensão
jurídica) e “competência exclusiva do Senado” para processar e julgar o
impeachment, excluindo qualquer controle de constitucionalidade pelo STF dos
atos do Senado nesse processo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Diversos são os pronunciamentos de juristas em sentido contrário</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">– alguns muito mais qualificados do que
Janaína (ou eu!).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Apenas
aqui no blog já são seis os posts com manifestações nesse sentido:<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/olhar-de-uma-sumidade-prof-vital-moreira-e-a-%E2%80%9Cmiseria-politica%E2%80%9D-do-golpe-de-estado-no-brasil"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">,<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/video-professora-destrincha-por-que-este-impeachment-e-golpe-tambem-para-leigos"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">,<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/juristas-este-impeachment-e-sim-golpe-4"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">,<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/significado-tecnico-da-expressao-%E2%80%9Cjulgamento-juridico-e-politico-do-impeachment%E2%80%9D-pelo-prof-dr-afranio-silva-jardim-"><span style="color: #336688;">aqui</span></a>,</span><a href="http://jornalggn.com.br/blog/romulus/analista-stf-impeachment-e-politico-mas-com-balizas-juridicas"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">e ainda<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://jornalggn.com.br/noticia/porque-o-stf-precisa-apreciar-o-impeachment-por-romulus"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">aqui</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">.
Recomendo, humildemente, a leitura de todos. Desde o Constitucionalista,
Professor Catedrático de Coimbra, Deputado Constituinte, Ministro do Tribunal
Constitucional e Euro-Deputado, Vital Moreira, passando pelo Professor Afranio
Silva Jardim, da UERJ, por analista jurídico do STF, por diversos outros
juristas, e chegando até mesmo a texto de minha autoria – certamente o menos
importante deles.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Fator STF</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Certamente
a trinca de Ministros do STF fechados com o golpe é o bloco do Tribunal mais
vocal na mídia. Pronunciaram-se<span class="apple-converted-space"> </span><em>muito oportunamente</em><span class="apple-converted-space"> </span>nos meios de comunicação “amigos” em
defesa do impeachment, que – nos seus pronunciamentos – “não é golpe”.
Fizeram-no apenas para tentar esvaziar a percepção contrária, hoje já
majoritária no Brasil e até mesmo na imprensa internacional!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">As falas da trinca do golpe também se destinam a serem
capitalizadas pelos Senadores pró-impeachment em suas intervenções na Comissão
do Senado. Bastou assistir às sessões de ontem e hoje para constatar o jogo em
tabelinha entre a trinca do STF e a bancada do golpe.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Evidentemente, o posicionamento da “trinca” do golpe nós já
sabíamos de antemão. Aliás, fosse o Brasil um país com instituições maduras, o
governo não hesitaria em arguir a suspeição dos três – sem temer reação
corporativista dos demais Ministros. Já se pronunciaram sobre o que julgarão
diversas vezes na imprensa. Impunemente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Palpites sobre placar no STF</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Sim, a trinca do golpe é muito vocal na mídia (3 Ministros). Faz
muito barulho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mas do outro lado há dois Ministros circunspectos que
provavelmente se oporão ao golpe (2 Ministros).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">À trinca golpista vai, provavelmente, somar-se um voto
oportunista e outro leviano (1 a 2 Ministros).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Mas o bloco majoritário no STF é o dos “indecisos/lava mãos” (4
a 5 Ministros).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Nos julgamentos que precederam a votação na Câmara, o bloco
majoritário aderiu à trinca do golpe.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Talvez agora – diante da desmoralização crescente do golpe,
inclusive em nível internacional – o bloco dos indecisos/lava mãos esteja
ficando desconfortável com sua fotografia no mundo e na História. Talvez haja
sinalizações desses Ministros que passem a colocar em risco um jogo que parecia
já ganho antes mesmo de ser jogado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Janaína – e os seus – têm interlocutores privilegiados. São
muito bem informados. O “cavalo de pau” extemporâneo que estão dando na
acusação há de refletir alguma nova preocupação. Demonstra, sem sombra de
dúvida, no mínimo ansiedade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Essa é a minha percepção e a minha leitura das sessões da Comissão
do Senado de ontem e de hoje. Como disse, essa leitura parte da premissa de que
os atores são mentalmente sãos e não sofrem de acentuado “déficit cognitivo”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Outra posição:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Um interlocutor – cuja opinião prezo muito – após me ouvir
repetiu uma das máximas que leva para a sua vida: “<strong>nunca assuma malícia quando burrice
explica</strong>”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Será?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Esse interlocutor, junto a outros, também atribui boa parte do
histrionismo e da bizarrice na argumentação de Janaína ao lançamento precoce de
sua candidatura em eleição vindoura.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Concordo. Mas uma uma coisa não exclui a outra.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Outros pontos dignos de nota:</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- A empatia e a “vergonha alheia” fazem-nos compreender
perfeitamente por que Miguel Reale Jr. se retirou logo após a sua exposição.
Quis poupar-se de estar presente durante a constrangedora exposição de Janaína
e quis fugir de arguições demolidoras, como a que a si dirigiu o Sen. Lindbergh
Farias na sequencia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Providencial a tal “consulta médica” em São Paulo, hein, Dr.
Reale? Consulta médica... realmente se perdeu qualquer pudor quanto a desculpas
esfarrapadas neste processo... vale tudo!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Só nesse processo farsesco o relator da Comissão poderia ser
membro do principal partido de oposição, o mesmo partido que contratou – a
soldo - parecer sobre o impeachment aos subscritores da peça acusatória. O
relator é não apenas membro do partido, mas também braço direito e
“ghost-governor” (meu neologismo para “governador de fato”) do candidato
derrotado pela Presidente Dilma nas eleições presidenciais.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Realmente se perdeu qualquer pudor... vale tudo! (2)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Quem foi o “gênio” da oposição que se saiu com a seguinte
fórmula - repetida à exaustão por mais de um senador nos dois dias de sessões:
“o bicho mia, bebe leite, come rato, mas o governo insiste que é cachorro”?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Nossa! Que metáfora genial! Falará ao coração do povão, não é
mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">- Não, não falará não...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">- realmente Lula - e
seu poder de comunicação - só existe um mesmo</span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-62844736673112640832016-04-16T07:25:00.000-07:002016-04-16T07:25:03.294-07:00A Pergunta que Greenwald não Fez a Lula<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 16pt;">Permito-me extrair do blog Diário do Centro do Mundo (DCM), o
artigo da lavra de Paulo Nogueira, do qual apropriei-me do título usado
para esta postagem. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 16pt;">Esclareço que Greenwald é um jornalista norte-americano e que
entrevistou há dias atrás o ex-presidente Lula. Entrevista imperdível!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 16pt;">E a pergunta referida por Paulo Nogueira é um questionamento que
faço de há muito tempo: quem bate ferozmente contra o governo diariamente e “desde sempre”? Respondo: o “bom dia brasil” (tudo em minúsculo mesmo, hein?) e
quem patrocina o lixo desse jornal matutino (pergunto eu)? O Banco do Brasil! E quem
é o maior acionista do banco? O governo. Isto, só pra ficar com um exemplo bem
particular e característico do que acontece com a imunda grande imprensa. Ela é
financiada pelo governo para massacrá-lo. Masoquismo governamental?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 21.3333px; line-height: 24.8px;">Leiamos o artigo, pois.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Não poderia ser melhor a
análise do excelente jornalista americano Glenn Greenwald sobre a imprensa
brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">É
chocantemente desonesta.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Ela
não faz jornalismo, notou ele na entrevista com Lula. Ela faz propaganda contra
o governo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Quer
dizer: seus donos fazem, eles que são um pequeno grupo entre as famílias mais
ricas do país.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Quem
vive no Brasil pode não ter noção de quanto é desonesta a mídia. Você pode se
acostumar com um bode na sala, se conviver muito tempo com ele.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Mas
para quem tem outras referências, como é o caso de Greenwald, é uma coisa
realmente espantosa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Trabalhei
muitos anos na Abril, e alguns na Globo. Só fui notar com clareza o caráter
maligno de ambas ao viver em Londres. A distância me permitiu ver o horror
indecente que marca as companhias jornalísticas brasileiras.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Na
Inglaterra, você não vai encontrar nenhum jornal ou revista que faça nada
parecido com a imprensa brasileira. Nos Estados Unidos, idem. Em nenhuma
sociedade avançada é tolerada uma conduta criminosa como a da mídia do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Numa
entrevista ao DCM, um juiz sueco disse que para ele era simplesmente impossível
pensar que um político na condição de Eduardo Cunha poderia estar em outro
lugar que não fosse atrás das grades.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Da
mesma forma, é impensável você imaginar em países mais civilizados uma imprensa
como a brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Quem
primeiro abandonou o jornalismo para se dedicar à propaganda disfarçada foi a
Veja.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Ela
fracassou. Está quebrada e perdeu por inteiro o respeito e a credibilidade.
Ninguém mais a leva a sério, tantos os disparates que cometeu. A Veja é um
morto que caminha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Mesmo
assim, ela acabou sendo seguida pelo resto da mídia. As demais revistas
semanais, Época e IstoÉ, viraram subVejas. Toda semana elas se esforçam por dar
furos sensacionais que mudarão a República, e que terminam invariavelmente no
merecido esquecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">A
adesão mais espetacular ao antijornalismo veio do Jornal Nacional. O JN é hoje
uma Veja eletrônica. Aumenta ou inventa denúncias contra Lula e o governo,
esconde qualquer coisa positiva e por aí vai: perdeu completamente o pudor.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">O
Jornal Nacional é tão aloprado, editorialmente, quanto a Veja.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Me
surpreende que os donos não percebam este movimento de autodestruição. Mas não
seria exatamente uma novidade. Na Abril, presenciei a derrocada editorial da
Veja, e em várias conversas de alerta que tive com Roberto Civita percebi que
ele não notava o fogo que grassava na imagem e na credibilidade da revista.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">A
propaganda mais sutil é a da Folha. Ela abriga uma pequena cota de
progressistas para fingir pluralidade, mas o espaço inteiro fora das colunas é
dedicado a bater, bater e bater em qualquer coisa parecida com esquerda.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">O
que Greenwald provavelmente não sabe é que essa mídia abjeta vive do
dinheiro público. Anúncios, financiamentos de bancos estatais, compras de
livros e assinaturas: são numerosas as formas como o dinheiro do contribuinte
vai parar nas companhias jornalísticas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Ele
também não deve saber que nos anos do PT no poder os recursos públicos
continuaram a jorrar para as famílias Marinho, Civita e Frias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.6pt; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.6pt; margin: 0cm 0cm 15pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;">Se
soubesse, ele teria incluído na entrevista a Lula esta pergunta: “Mas como o
senhor continuou a dar tanto dinheiro para esta mídia que conspira abertamente
contra a democracia?”<o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-49914927213970665522016-04-01T13:13:00.004-07:002016-04-01T13:13:51.987-07:00Promiscuidade, Suspeição e Sujeira <div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Reproduzo artigo de Roberto Amaral
extraído do Conversa Afiada e originalmente da revista Carta Capital.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Ao título original, acrescento SUJEIRA,
portanto o título desta postagem fica assim: Promiscuidade, Suspeição e Sujeira
. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Aproveitando a oportunidade: um ministro do STF, se
não me engano, de sobrenome Barroso, em evento fechado, expressou sua
indignação com a falta de alternativa para a política brasileira. No entanto,
até então, nada se ouve daquela autoridade e de seus pares (com alguma exceção)
qualquer manifestação de, ao menos, desagrado com o disparatado procedimento de
um seu colega, nominalmente citado na matéria que segue. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">O <b>Conversa Afiada</b> reproduz artigo de Roberto Amaral,
extraído da Carta Capital:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 18.0pt; mso-outline-level: 2;">
<b><span style="color: #231f20; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 21.0pt; letter-spacing: -.6pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.cartacapital.com.br/politica/promiscuidade-e-suspeicao?utm_content=buffer83ee2&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer" target="_self"><span style="color: black;">Promiscuidade e suspeição</span></a><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12.5pt;">Independentemente do
desfecho da crise política, ficará a fratura da crise de legitimidade que
corrói os poderes da República e ameaça a democracia</span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12.5pt;"><br />
por Roberto Amaral<br />Evandro Lins e Silva, homem raro, ministro que honrou um Supremo Tribunal
Federal (STF) honrado e por isso mesmo dilacerado pela ditadura de 1964 (que
lhe impôs cassações e desfiguradora ampliação de membros), profligava a
promiscuidade representada pelo convívio, em Brasília, de juízes e ministros
com jornalistas, políticos e advogados, estes muitas vezes patronos de causas
em demanda.<br />Essa convivência promíscua se dava (e se dá agora mais do que nunca) não apenas
nos gabinetes dos três poderes, mas, igualmente, em bares e restaurantes da
moda, em lobbies pouco afamados de hotéis famosos, e, assim, a inevitável
discussão sobre interesses, observava o velho juiz, estabelecia laços de
compadrio, incompatíveis com o decoro e o recato que a toga exige de qualquer
magistrado, mas exige principalmente daquele que é alçado à mais alta Corte de
justiça do país.<br />Evandro vinha de um tempo – daí seu espanto e sua indignação — em que os
juízes, comedidos em seus atos e costumes, sóbrios por excelência, ‘falavam nos
autos’ e tão só nos autos, isto é, no processo que julgavam. Soava-lhe de
extremo mau-gosto a frequência com que magistrados deitavam falação à imprensa.<br />Nos tempos da ditadura implantada em 1964, havia o ministro Cordeiro Guerra,
que combinava destempero verbal e ignorância jurídica. Mas havia também um
Ribeiro da Costa, que sintetizava as virtudes do bom juiz: coragem, cultura,
recato, simplicidade. Este, o exemplo que ensinava às novas gerações.<br />Esse decoro e esse recato entram em choque com a intimidade que hoje alguns
julgadores cedem a repórteres, no afã de conquistar espaços de evidência, numa
mídia tanto poderosa quanto inescrupulosa, ela própria produto das traficâncias
do poder – das quais, aliás, nascem muitas nomeações dependentes do crivo do
Senado Federal, como as de ministro do STF, membros do Tribunal de Contas e,
entre outros, do Procurador Geral da República.<br />Não bastasse a algaravia partidária do ministro Gilmar Mendes, conhecido como
‘líder da oposição no STF’ (e também cognominado ‘aquele que não disfarça’),
uma penca de ministros colegas seus, embora mais cultos e mais comedidos, no
esforço por granjear espaço na imprensa oposicionista, fica a dizer que o
impeachment não é golpe de Estado, por que está previsto pela Constituição.
Ora, até o reino mineral sabe que o impeachment é instituto previsto pela Constituição
e dizer apenas isso é dizer a verdade pela metade, o que aumenta a mentira.<br />Mentira, diga-se, tanto mais grave quanto pode parecer, à sociedade leiga, que
se trata de uma prévia aprovação, pela Suprema Corte, de um evidente estupro
legal, violência inominável contra a soberania do voto popular.<br />O golpismo está não no instituto, constitucional, jamais contestado, mas na
flagrante ilegalidade de seu apelo, por não haver a presidente incorrido em
nenhuma das hipóteses de crime de responsabilidade previstas no art. 85º da
Constituição, justificadoras, e apenas elas, do impeachment.<br />Só uma escandalosa má-fé (posto que não devemos considerar jejuno em direito
constitucional um ministro do STF), pode fazer coro à cantilena golpista,
juridicamente esfarrapada.<br />O caráter eminentemente político do apelo ficou patente nas recentes
escaramuças na Câmara dos Deputados, quando a indescritível bancada do
inqualificável PMDB – em ato de felonia que simboliza seu suicídio moral –
invadiu o plenário daquela Casa aos berros de ‘Temer presidente’ pondo de
manifesto o caráter objetivo do golpe, sim, do golpe de Estado que não precisou
do apelo às armas.<br />Golpe que é, mediante a cassação do mandato legítimo (ditado por 54 milhões de
eleitores) da honrada presidente Dilma, a tomada do poder por um vice sem voto
e de honradez na melhor das hipóteses discutível, enquanto é indiscutível a
fragilidade moral do deputado Eduardo Cunha, que comanda na Câmara os ritos da
cassação da presidente com o mesmo empenho com que, com ostensivo abuso de
poder que nem o Ministério Público nem o STF vêem, inviabiliza sua própria
cassação.<br />Assim, na República macunaímica estamos correndo o risco de ver um vice sem
voto assumir o cargo de uma presidente reeleita com maioria absoluta de votos!<br />O incidente, porém, eviscera as entranhas do impasse político atual, revelando
à luz do dia os componentes estruturais de uma crise maior.<br />Independentemente daquele que venha a ser o desfecho imediato da crise
política, permanecerá intocada a fratura exposta da crise de legitimidade que
corrói os poderes da República, e ameaça a democracia representativa, qual a
praticamos.<br />O caso do lamentável presidente do Conselho Federal da OAB (por sinal, em seu
gesto canhestro, esnobado pelo correntista suíço que ainda preside a Câmara dos
Deputados) associa oportunismo e má-fé, indicativos também da crise de uma
corporação que, quando presidida por Raymundo Faoro, lutou pela democracia e
pela legalidade. Aliás, remontando às suas origens, essa havia sido a fonte do
PMDB.<br />A busca de notoriedade a qualquer custo, porém, cobra preço altíssimo à
dignidade requerida por algumas funções republicanas.<br />Essas considerações me ocorrem ao conhecer o relato de reunião de pauta do
Jornal Nacional, da Rede Globo descrita pelo jornalista Clóvis Barros Filho (da
USP) no livro Devaneios sobre a atualidade do Capital, de sua autoria e de
Gustavo Fernandes Dainezi (Editora CDG, Porto Alegre, 2014, p. 22). Relato
agora amplamente divulgado (ainda está no ar) pelo site Diário do Centro do
Mundo. Lê-se ali:<br />“(…) vou dar um exemplo [de promiscuidade] que me chocou: fui a uma reunião de
pauta do Jornal Nacional. Wiliam Bonner [editor e apresentador] liga para o
Gilmar Mendes [ministro do STF], no celular, e pergunta: “Vai decidir alguma
coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?”[Responde o
ministro:]”Depende, se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa
importante”.<br />Até aqui não há registro de qualquer reação do ministro, nem tão pouco o
diálogo escabroso foi desmentido pelo repórter da todo-poderosa Rede Globo.<br />O ministro Mendes – conhecido por abastardar o plenário do STF com seus
frequentes comícios –aliás, foi há pouco fotografado em restaurante brasiliense
conversando com destacados próceres do PSDB momentos antes de, em decisão
monocrática, atendendo a pedido do PSDB, suspender a posse de Lula na Casa
Civil da Presidência da República e devolver as investigações sobre o
ex-presidente para Curitiba.<br />É sabido, aliás, esse mesmo famoso ministro, valendo-se do direito de vista,
impediu, durante cerca de dois anos, que o STF concluísse, quando a votação
estava 6 a 2, portando decidida pois o quorum é de 11 votos, o julgamento de
ADI que pleiteava a proibição de financiamento de campanhas eleitorais –
fundamental para o processo democrático.<br />Imediatamente após ao convescote e após participar de programa de televisão do
candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo e após juncar de obstáculos a posse
de Lula na Casa Civil, e não por mero acaso, o ministro viajou a Lisboa onde um
seu Instituto promove, financiado por não sei quem, seminário com políticos que
lideram no Brasil a tentativa de decretar o impeachment da presidente Dilma,
processo que, levado a termo, será presidido pelo presidente do STF, que,
aliás, poderá ser chamado a falar sobre o seu mérito.<br />Entre seus colegas de vilegiatura, encontram-se o candidato Aécio Neves e o
senador José Serra (também seu comensal), o qual, aliás, assim como o ministro
Tófoli, seu escudeiro, foi recebido no evento com estrondosa vaia ofertada por
professores e universitários portugueses, que não perderam a memória sobre o
autoritarismo e o fascismo e o papel crucial que nos regimes de exceção cumpre
o Poder Judiciário.<br />Porque as instituições não têm história própria. Sua história é escrita por
seus juízes e esses escrevem suas próprias biografias com seus votos e suas
sentenças, ditadas pela coragem e a covardia de cada um.<br />Para cada Evandro e para cada Ribeiro da Costa quantos Mendes teremos de
aturar? Para cada Ulisses Guimarães (ou, mais atrás, Adauto Lúcio Cardoso)
quantos Eduardos Cunhas e quantos Temer? Para cada Raymundo Faoro e para cada
Marcelo Lavenere quantos, como é mesmo o nome do atual presidente do Conselho
Federal da OAB? E que dizer da gloriosa ABI, que, depois de presidida por
Barbosa Lima Sobrinho, é comandada hoje por um anônimo servidor do monopólio da
informação?<o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-19165227382826598042016-03-18T04:46:00.002-07:002016-03-18T04:46:34.611-07:00Duvida-se Ainda, Que Há Golpe Em Marcha?<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Abaixo, além da carta aberta de Lula que diz somente querer Justiça,
transcrevo decisão de Desembargador da Brasília que cassa a liminar contra a
posse de Lula como ministro e transcrevo também título da matéria que prova
que, conforme desembargador de Alagoas, o juiz CATTA PRETA (vixe!!!),
atropelando todos os trâmites regulamentares, concedeu a liminar 4 (quatro!)
minutos antes de receber o processo. Tem-se mais alguma dúvida de que há golpe
em marcha? Tudo isto extraído do blog VIOMUNDO de Luiz Azenha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<h1 style="background: white; margin-bottom: 3.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 27.0pt; line-height: 107%;">Desembargador de Alagoas
denuncia: Juiz federal de Brasília deu liminar 4 minutos e 19 segundos antes de
receber o processo!</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 27.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></h1>
<div class="time" style="background: white; box-sizing: border-box; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<span style="color: #777777; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt;">publicado
em 17 de março de 2016 às 21:50<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">DESEMBARGADOR
DERRUBA LIMINAR CONTRA POSSE DE LULA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“A decisão questionada, tomada em
juízo de cognição sumaríssima, em momento de sensível clamor social, tem o
condão de acarretar grave lesão à ordem e à economia pública, visto que agrava,
ainda mais, a crise política, de governabilidade e de credibilidade, com
inegável impacto no panorama econômico do país”, afirmou em despacho Cândido
Ribeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Do Instituto Lula:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 18.0pt; mso-outline-level: 2;">
<b><span style="color: #231f20; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 21.0pt; letter-spacing: -.6pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carta aberta do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12.5pt;">Creio nas
instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes
da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.<br />
<br />
Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e
firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei e o
respeito inarredável ao estado de direito.<br />
<br />
Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que
norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.<br />
<br />
Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao
Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas
semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me alcançam
exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.<br />
<br />
Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do
povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias –
tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.<br />
<br />
Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito,
diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.<br />
<br />
Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela
suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica,
não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências
apresentadas.<br />
<br />
Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para
preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem
livremente investigadas e se chegasse, assim, à verdade dos fatos.<br />
<br />
Agi daquela forma não apenas porque teriam sido expostas a intimidade e as
opiniões dos interlocutores.<br />
<br />
Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a
atitude adequada diante das responsabilidades que me haviam sido confiadas pelo
povo brasileiro.<br />
<br />
Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e
meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio
de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da
Justiça.<br />
<br />
Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos
diretamente e legalmente interessados, foram praticado atos injustificáveis de
violência contra minha pessoa e de minha família.<br />
<br />
Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por
agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que
jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem
expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.<br />
<br />
Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas
posições pessoais e políticas.<br />
<br />
Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de
conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5o. da Constituição, tornem-se
objeto de juízos derrogatórios sobre meu caráter.<br />
<br />
Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa
pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do
levantamento ilegal do sigilo das informações.<br />
<br />
Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor se sobreponha ao direito.<br />
<br />
Não tive acesso a grandes estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou
doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o
certo do errado; o justo do injusto.<br />
<br />
Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da
instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no
discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras
da Suprema Corte.<br />
<br />
Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na
vigência plena do estado de direito democrático.<br />
<br />
<b>Luiz Inácio Lula da Silva</b><o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-17483180674611655812016-03-16T07:59:00.001-07:002016-03-16T07:59:30.432-07:00HENFIL, UM VISIONÁRIOO cartuista Henfil, precocemente falecido, em uma das suas memoráveis "tirinhas", nos idos de 1980, já denunciava, com sua deliciosa sátira, o processo persecutório que se desenrola por todo esse tempo e até então contra o ex-presidente Lula. Deliciemo-nos com a arte e a perspicácia do saudoso craque das artes gráficas. Deixo de dar o crédito ao autor da postagem original por ter perdido a fonte, mas acredito que devo ter extraído do blog Conversa Afiada, que o autor da postagem me desculpe.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrW6ledzQLqMSY4_kROg21N12h2Zh5DezpY1ppLWD9Xuyh2Uxm7mQu3bP4wmNQzD3KJSIm2nrq_-irUxfFz21UJP_IOlZ0fqF3p3DgS_HgcImBA4O0Bfu0qZvxtInSmZ5fgOCCMEYKcnxb/s1600/HENFIL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrW6ledzQLqMSY4_kROg21N12h2Zh5DezpY1ppLWD9Xuyh2Uxm7mQu3bP4wmNQzD3KJSIm2nrq_-irUxfFz21UJP_IOlZ0fqF3p3DgS_HgcImBA4O0Bfu0qZvxtInSmZ5fgOCCMEYKcnxb/s640/HENFIL.jpg" width="185" /></a></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-51550422971928351432016-03-13T06:47:00.000-07:002016-03-13T06:50:40.576-07:00REDE GLOBO MENTE E CENSURA DEFESA DE LULA<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt;">Reproduzo
matéria publicada no Conversa Afiada, em que mais, uma vez, uma rede de
televisão utiliza uma concessão de serviço público para disseminar notícias
fraudulentas com claros objetivos de denegrir a imagem de um ex-presidente e
afrontar claramente a regra do jogo democrático. E o estrago já está feito! O claro objetivo - ALIMENTAR AS MANIFESTAÇÕES marcadas para hoje, domingo - foi alcançado.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O <b>Conversa
Afiada</b> publica e-mail que recebeu do Instituto Lula e os documentos
relativos à fraude da Globo e o texto da resposta de Lula que o Bonner vai ler.<br />
<b><i>Companheiros,</i></b><br />
<b><i>A Globo fraudou um e-mail da Globonews para lançar uma cortina de fumaça
em tono do pedido de direito de resposta do Lula.</i></b><br />
<b><i>As provas do crime estão em nota que está no site do Instituto Lula,
junto com o texto censurado da resposta de Lula ao Jornal Nacional de
quinta-feira (10) e a carta-protocolo do pedido de direito de resposta.</i></b><br />
<b><i>Por alguma razão (qual seria?) o site do IL caiu.</i></b><br />
<b><i>Envio os três anexos: </i></b><br />
<b><i>Nossa resposta de hoje denunciando a fraude e a censura da Rede Globo</i></b><br />
<b><i>O texto do direito de resposta do Lula censurado pela Globo</i></b><br />
<b><i>A carta-protocolo dos advogados ã Globo.</i></b><br />
<b><i>Agradeço a atenção de todos.</i></b><br />
<b><i>As ditaduras, sejam as políticas, sejam as midiáticas, cedo ou tarde
chegam ao fim.</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 18.0pt; mso-outline-level: 2;">
<b><span style="color: #231f20; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 21.0pt; letter-spacing: -0.6pt;"><a href="http://www.institutolula.org/jjj" target="_self"><span style="color: black;">REDE
GLOBO MENTE E CENSURA DEFESA DE LULA</span></a><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">O Jornal Nacional da Rede
Globo mentiu na edição deste sábado, e isto não surpreende.<br />
A VERDADE: A reportagem do Jornal Nacional NÃO PROCUROU a assessoria do
Instituto Lula, na quinta-feira (10 de março) para comentar a denúncia
dos procuradores do MP de São Paulo contra o ex-presidente LULA.<br />
A MENTIRA: A mensagem de e-mail exibida no Jornal Nacional deste sábado é
de um repórter da GloboNews, e não do JN ou de qualquer outra redação da REDE
GLOBO.<br />
A PROVA DA MENTIRA:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeot0Mf0nbQ_FyT6L3mF8XJeIWVCxvagleKZMCfOWe7nKpwDgoazXItOPp1dOVkeDxnisorAYEQI3f9T7Rsw0nYgxZa1kOR_xVbrVjT3HJds_JzqZTv8MOh45WKXBRTC_vNvWjeL9_QH1/s1600/Globo+censura+defesa+de+Lula.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeot0Mf0nbQ_FyT6L3mF8XJeIWVCxvagleKZMCfOWe7nKpwDgoazXItOPp1dOVkeDxnisorAYEQI3f9T7Rsw0nYgxZa1kOR_xVbrVjT3HJds_JzqZTv8MOh45WKXBRTC_vNvWjeL9_QH1/s320/Globo+censura+defesa+de+Lula.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Ao reproduzir parcialmente o e-mail deste jornalista, a REDE GLOBO
apagou deliberadamente o logotipo da GLOBONEWS, para enganar o público.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy6j49r0PDS9828ciVhkJ4vCH4HNhDOVDhHUxsuSsnTYZOZo3jbAYsaFebcbDm6XcLFkjEXj7E12DUXfaCOK8hFsLIbs54iOV6KGSn_ePficCd7poYWhr2mKRIdkN8YXiBK9J57HIGereI/s1600/Globo+censura+defesa+de+Lula1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy6j49r0PDS9828ciVhkJ4vCH4HNhDOVDhHUxsuSsnTYZOZo3jbAYsaFebcbDm6XcLFkjEXj7E12DUXfaCOK8hFsLIbs54iOV6KGSn_ePficCd7poYWhr2mKRIdkN8YXiBK9J57HIGereI/s320/Globo+censura+defesa+de+Lula1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Os contatos entre a assessoria de Imprensa do Instituto Lula e a redação
do Jornal Nacional sempre foram feitos diretamente.<br />
É degradante que a REDE GLOBO utilize o nome de um profissional da Globo News
para montar a farsa que foi ao ar no JN deste sábado.<br />
O mesmo vale para as mensagens enviadas à assessoria de imprensa dos advogados
de Lula, e que não mencionavam reportagem no Jornal Nacional sobre a denúncia
do MP.<br />
O que o Jornal Nacional tentou fazer na edição deste sábado foi lançar uma
cortina de fumaça sobre as mentiras e gravíssimos erros cometidos na edição de
quinta-feira.<br />
2) Os advogados do ex-presidente Lula preparam as medidas judiciais cabíveis
diante da recusa da REDE GLOBO em atender ao Direito de Resposta e para
reparar as novas ofensas dirigidas neste sábado ao ex-presidente Lula.<br />
3) A solicitação de Direito de Resposta do ex-presidente Lula foi feita nos
termos da lei, tempestivamente, como se pode confirmar na carta dos advogados,
que está anexada a esta nota.<br />
A reportagem de quinta-feira é parcial e caluniosa porque, ao longo de 9
minutos de reportagem, o ex-presidente Lula foi acusado 18 vezes (sem
fundamento e sem resposta) pela prática de 10 diferentes crimes, foi alvo de 9
ofensas e 2 calúnias, a mais grave e desrespeitosa, quando o repórter comparou
Lula a um traficante de drogas, calúnia que extrapola até mesmo as leviandades
contidas nos autos da denúncia.<br />
4) O texto de resposta do ex-presidente Lula à Rede Globo não tem ironias nem
se alonga em comentários críticos ao jornalismo da Rede Globo, como alegou a
emissora para censurá-lo.<br />
O texto tem 950 palavras. Na reportagem de 10 de março, o apresentador Willian
Bonner, o repórter José Roberto Burnier e os promotores José Carlos Blat e
Cássio Conserino utilizaram 1.085 palavras para -- sem provas e sem defesa –
ofender, difamar e caluniar o ex-presidente, sem qualquer respeito ao
equilíbrio jornalístico.<br />
O que Lula aponta na resposta censurada é a parcialidade do Jornal Nacional –
veiculado por uma concessionária de serviço público – que não respeitou nem
seus direitos nem o direito do público à informação correta.<br />
O que a Rede Globo chamou neste sábado de “ironias” são as duras verdades que a
emissora se recusa a ouvir.<br />
5) A truculenta reação da REDE GLOBO a uma solicitação de Direito de Resposta,
apresentada nos termos da Lei, expõe mais uma vez a extrema dificuldade desta
emissora em lidar com os princípios democráticos que norteiam a liberdade de
imprensa, e que deveriam ser observados com rigor numa CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO.<br />
Entre estes princípios estão o equilíbrio editorial, o respeito ao
contraditório, o rigor na apuração, o juízo imparcial da notícia e a serena
humildade diante dos fatos.<br />
Na parte de sua resposta que foi censurada, Lula recorda que a REDE GLOBO levou
30 anos para pedir desculpas ao povo brasileiro por ter apoiado o golpe 64,
praticando um jornalismo de um lado só ao longo de duas décadas.<br />
O jornalismo arrogante, de um lado só, voltou às telas do Jornal Nacional neste
sábado, por meio de um dos porta-vozes daqueles tempos sombrios. Esta é uma
noite para lembrar que as ditaduras, sejam as políticas, sejam as midiáticas,
cedo ou tarde chegam ao fim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br />
LEIA AQUI A RESPOSTA DO EX-PRESIDENTE LULA AO JORNAL NACIONAL:<br /><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">“Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, e minha mulher, Marisa Letícia, não somos e
nunca fomos donos de nenhum apartamento tríplex no Guarujá nem em qualquer
outro lugar do litoral brasileiro.<br />
Meu patrimônio imobiliário hoje é exatamente o mesmo que eu tinha ao assumir a
presidência da República, em janeiro de 2003:<br />
O apartamento onde moro com Marisa, e onde já morávamos antes do governo,
e o rancho “Los Fubangos”, um pesqueiro na represa Billings.<br />
Ambos adquiridos a prestações. Também temos dois apartamentos de 70 metros
quadrados que Marisa recebeu em permuta por um lote que ela herdou da mãe.<br />
Tudo em São Bernardo do Campo. Tudo registrado em nosso nome no cartório e na
declaração anual de bens.<br />
Esta é a verdade dos fatos, em sua simplicidade: entrei e saí da Presidência da
República com os mesmos imóveis que adquiri ao longo da vida, trabalhando desde
criança, como sabem os brasileiros.<br />
Não comprei nem ganhei apartamento, mansão, sítio, fazenda, casa de praia, no
Brasil ou no exterior.<br />
Jamais ocultei patrimônio nem registrei propriedade particular em nome de
outras pessoas.<br />
Nunca registrei nada em nome de empresas fictícias com sede em paraísos
fiscais, artifício utilizado por algumas das mais ricas famílias deste País
para fugir ao pagamento de impostos.<br />
As informações sobre o patrimônio do Lula – verdadeiras, fidedignas,
documentadas – sempre estiveram à disposição do Ministério Público e da
imprensa, inclusive da Rede Globo.<br />
Estas informações foram deliberadamente ocultadas do público na reportagem do
Jornal Nacional que apresentou as acusações do Ministério Público de São Paulo.<br />
Eu não fui procurado pela Globo para apresentar meu ponto de vista. Ninguém da
minha assessoria foi procurado. O direito ao contraditório foi sonegado.<br />
Alguém se apropriou indevidamente do meu direito de defesa.<br />
Não é a primeira vez que isso acontece e certamente não será a última.<br />
Mas eu fiquei indignado ao ver minha mulher e meu filho sendo retratados na
televisão como se fossem criminosos.<br />
Mesmo na mais acirrada disputa política – e o jornalismo não está acima dessas
disputas – nada justifica envolver a família, a mulher, os filhos, como ocorreu
nesse caso.<br />
Fiquei indignado porque, ao longo de 9 minutos, o apresentador William Bonner e
o repórter José Roberto Burnier me acusaram 18 vezes de ter cometido 10 crimes
diferentes; sem nenhuma prova, endossando as leviandades de três membros do
Ministério Púbico de São Paulo.<br />
Reproduziram ofensas, muitas ofensas, a partir de uma denúncia que sequer foi
aceita pela juíza. E ainda por cima, denúncia de um promotor que já foi
advertido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, porque atuou fora da
lei neste caso.<br />
A Rede Globo me conhece o suficiente para fazer uma avaliação equilibrada das
acusações lançadas por aquele promotor, antes de reproduzi-las integralmente
pelas vozes de William Bonner e Roberto Burnier.<br />
A Rede Globo recebeu, desde 31 de janeiro, todas as informações referentes ao
tríplex, com documentos que comprovam que nem eu nem Marisa nem nosso filho
Fabio somos donos daquilo. É uma longa e detalhada nota, chamada “Os documentos
do Guarujá: desmontando a farsa”.<br />
Cheguei a abrir mão do meu sigilo fiscal e anexei a esta nota parte de minha
declaração de bens.<br />
Quando divulgamos este documento esclarecedor, o Jornal Nacional fez uma série
de matérias tentando desqualificar o que estava dito lá. Duvidaram de cada
detalhe, procuraram contradições, chegaram a distorcer uma entrevista do meu
advogado.<br />
Quanta diferença...<br />
Na reportagem sobre a denúncia do procurador, nada foi questionado. Tudo foi
endossado e ratificado como se fosse absoluta verdade.<br />
A Rede Globo sempre poderá dizer que estava apenas “retratando os fatos”,
“prestando informações à sociedade”, “cumprindo seu dever jornalístico”.<br />
Só não vai conseguir explicar ao povo brasileiro a diferença gritante de
tratamento: quando acusam o Lula, é tudo verdade; quando o Lula se defende, é
tudo suspeito.<br />
Em 40 anos de vida política, aprendi a lidar com o preconceito, com a inveja e
até com o ódio político.<br />
Mas não me conformo, como ex-presidente desse imenso país chamado Brasil, não
posso me conformar de ser comparado a um traficante de drogas, como aconteceu
no final da reportagem.<br />
Essa comparação ofensiva, injuriosa, caluniosa, não está nos autos da denúncia
do Ministério Público.<br />
Não sei quem decidiu incluir isso na reportagem, mas posso avaliar seu caráter.<br />
Se esta mensagem está sendo lida hoje na Rede Globo é por uma decisão da
Justiça, com base na Lei do Direito de Resposta, aprovada pelo Congresso
Nacional e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no final do ano passado.<br />
Esta lei garante que a Liberdade de Imprensa seja realmente um direito de todos
e não um privilégio daqueles que detém os meios de comunicação.<br />
É ela que nos permite enfrentar a ocultação de informações, a sonegação do
contraditório, a falsidade informativa, a lavagem da notícia.<br />
Estes vícios foram sistematicamente praticados pelos grandes veículos de
comunicação do Brasil durante a ditadura e fizeram tão mal ao País quanto a
censura, que abolimos na Constituição de 1988.<br />
A Rede Globo levou mais de 30 anos para pedir desculpas ao País por ter apoiado
a ditadura, praticando um jornalismo de um lado só. Graças à lei do Direito de
Resposta, não tenho de esperar tanto tempo para responder às ofensas dirigidas
a mim e a minha família no Jornal Nacional.<br />
Eu não estou usando este direito de resposta para me defender apenas, e a minha
família. É para defender a democracia, o estado de direito e a própria
liberdade de imprensa, que só é verdadeira quando admite o contraditório e
respeita a verdade dos fatos.<br />
Quando estes princípios são ignorados, em reportagens como aquela do Jornal
Nacional, o maior prejudicado não é o Lula, é cada cidadão e a sociedade, é a
democracia”.<br />
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 20.4pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-30938633099235899882016-03-11T14:30:00.001-08:002016-03-11T14:30:31.145-08:00Por Quê Lula Deve Ser Preso<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11.25pt; mso-line-height-alt: 13.45pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Do blog de Luis Nassif, extraio o artigo que segue:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Fábio de Oliveira Ribeiro</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Lula só pode ser um criminoso. Ele
nasceu pobre e não teve uma educação formal sofisticada. Mesmo não preenchendo
os requisitos tradicionais familiares, econômicos, educacionais e sociais para
ser um líder Lula conseguiu se elevar de operário a sindicalista e de
sindicalista a fundador e principal líder de um partido político. Ele foi
eleito deputado federal constituinte e, algumas décadas depois, se tornou o
primeiro ex-operário a ocupar a presidência da república.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O crime de Lula é evidente. Contra
todas as expectativas ele fez aquilo que a maioria dos advogados, promotores e
juízes não conseguiram e não conseguirão fazer: Lula saiu do anonimato para se
transformar num símbolo nacional e internacional da luta por justiça social e
da erradicação da fome. </span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A fome de justiça de Lula é um crime
extremamente grave. Se tivesse ficado de cabeça baixa, ele não despertaria o
ódio dos juízes frustrados que julgam processos e não conseguem ser amados
pelos cidadãos. Se não tivesse chegado onde chegou, Lula certamente teria
evitado a inveja dos promotores que se julgam mal remunerados quando comparam
seus salários aos rendimentos de um ex-presidente regiamente pago para dar
palestras.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Lula é sem dúvida alguma um homem
extremamente periculoso. Ele se transformou no exemplo bem sucedido que não
pode ser imitado pelos seus iguais. Ele é o operário que merece ser humilhado
dentro da fábrica e espancado na rua quando entra em greve. Ele é o índio que
não foi posto em fuga pelo dono do arcabuz que deseja cercar a terra. O negro
que se desviou do chicote e se recusou a chicotear os outros negros. O colono
pobre que rejeitou a vida vil de agregado submisso. Ele, o paradigma
inexistente na história brasileira.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A prisão de Lula é indispensável. Ele
que ousou conhecer o mundo e ser respeitado fora do Brasil. Ele que não hesitou
em defender o país quando deveria fazer isto. Ele que rebaixa à condição de
“vira-latas complexados” todos os altivos varões da pátria que tiram sem
qualquer resistência os sapatos a pedido dos policiais nos aeroportos
norte-americanos.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como não punir um homem que deixou de
agir como FHC? Se Lula não investigasse ninguém e garantisse o bem estar dos
corruptos da situação e da oposição tudo seria diferente. Ele terminaria seu
mandato com um apartamento em Paris sob os aplausos da grande imprensa. Ninguém
perguntaria de onde veio o dinheiro que garantiu a compra de um luxuoso imóvel
na Av. Foch.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como não amordaçar, encarcerar,
torturar, matar e esquartejar um político que se recusou a agir como José
Serra, Geraldo Alckmin e Aloysio Nunes agiram em São Paulo? Se fosse um dos
honrados larápios que chefiaram a quadrilha que desviou mais de 1 bilhão de
reais do Metro e da CPTM a vida de Lula seria tranquila. Ele teria usado
Tribunal de Contas, MP, Justiça e maioria parlamentar para se proteger e não
seria investigado exatamente como os referidos tucanos não foram e não serão.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sim, Lula é o criminoso irredutível e
imperdoável. Ele, que ousa se misturar com um povo que, por causa dele, já não
fede mais do que os cavalos do Figueiredo. Ele, que não tratou a “questão
social” como “caso de polícia” à moda de Washington Luís e dos dois últimos
governadores tucanos de São Paulo. Ele, que nunca mandou a polícia bater em
professores como Nero Richa. </span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Maldito Lula. Ele é
amado pelo povo brasileiro e se recusa a maltratá-lo. Maldito Lula. Ele não
pode ser derrotado nas urnas. Deve ser preso, pois não pode ser deportado.
Maldito Lula. Ele prefere ficar no Brasil a ser Secretário Geral da ONU. Duas
vezes maldito seja Lula caso se torne Secretário Geral da ONU, cargo com o qual
nenhum político, juiz ou promotor do PSDB jamais sonhou ou poderá sonhar. </span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maldito seja Lula porque ele não
fracassou como muitos de seus inimigos. Maldito seja aquele que não fracassou
como a maioria de nós e que, mesmo assim, não nos tratou como fracassados.
Confesso humildemente ao leitor que estou entre bem sucedidos casos de fracasso
muito embora não seja inimigo de ninguém, exceto dos inimigos da democracia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A humanidade de Lula
é odiosa, criminosa, ofensiva e insuportável. Ele não deveria ter nascido e
nasceu. Não deveria ter vingado e vingou. Não deveria ter sucesso e teve. Lula
não deveria resistir aos abusos e resiste. Mas ele não resiste com violência.
Eis o verdadeiro crime de Lula: uma civilidade imensa que faz parecer sórdido
tudo que no Brasil os "donos do poder" consideram elevado.</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Lula rebaixa a elite brasileira porque
não se ajoelha diante de ninguém. E, para maior desespero dos “donos do poder”,
ele se eleva duas vezes mais que qualquer outro político porque nunca se
colocou acima do povo brasileiro. Como ele não há igual. Lula é tão diferente
que se recusou a vingar sua infância pobre usando a presidência para empobrecer
a população. Maldito ser sem recalques. Lula nem mesmo devorou o orçamento da
União recebendo salários, gratificações, prêmios e abonos absurdos como os
juízes e promotores costumam fazer enquanto reclamam ganhar pouco (muito embora
sejam regiamente pagos, mais bem pagos do que o próprio presidente da
república).</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11.25pt; mso-line-height-alt: 13.45pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os crimes do Lula não denunciados pelo
promotor paulista foram quase todos enumerados. Mas há um último delito que
merece ser mencionado. Lula dos brasileiros, segundo os padrões tradicionais do
Brasil, não pode nem mesmo ser considerado humano. É de se suspeitar que Lula tenha
vindo do terrível planeta Xar<b>*</b>. Este famigerado e perigoso alienígena
petista deve, portanto, ser colocado a ferros. Desgraçadamente, porém, Lula não
pode ser despedaçado na boca do canhão já que modernizou as Forças Armadas
brasileiras</span><span style="color: #333333; font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-71148844948563038242016-03-09T10:30:00.001-08:002016-03-09T10:37:07.826-08:00A Prática da "Teoria da Conspiração"<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Quando ocorreram as manifestações em 2013 e que se prolongaram, por algum
tempo, eu confesso: fiquei aturdido! Levei muito tempo para entender o que, em
verdade, acontecia, tal foi a adesão de setores da população que, acreditava eu,
serem progressistas e democráticos, (gente muito próxima a mim, até). Isto,
logicamente, confunde uma mente não tão afeita a repentinas mudanças de rumo
político, posicionamento ideológico, como acontecera naquele período. O fato é
que a manifestação original e legítima teve origem no MPL (Movimento pelo Passe
Livre), que reivindicava “tarifa zero” para o transporte público. Daí, grupos,
como um tal de <i>black blocks</i>...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">“</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Nas
redes sociais e movimentações de rua surgem, da noite para o dia, movimentos
como o “Movimento Brasil Livre” e “Estudantes Pela Liberdade”. Constatou-se,
com o tempo, que eram financiados pelo Charles Kock Institute, ONG de dois
irmãos, Charles e David, herdeiros donos de uma das maiores fortunas dos
Estados Unidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Os Kock ficaram conhecidos por financiar ONGs de
ultradireita visando interferir na política norte-americana
(http://migre.me/tbj3w<a href="http://mcaf.ee/ami6el)"><span style="color: #336688; text-decoration: none;">)</span></a>. E tem obviamente
ambições de ampliar seu império petrolífero explorando outras bacias fora dos
EUA.</span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">” </span><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18.6667px;">(“jornalggn.com.br/luisnassif”),</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">e pessoas individualmente oportunistas engrossaram o caldo que por pouco não desagua numa refrega de consequências inimagináveis, mas certamente com
derramamento de sangue ou coisa muito pior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Bem, no presente momento, eu não tenho dúvida de que, do nascimento de um
movimento legítimo e ordeiro, naquele instante estava lançada a semente do
aparelhamento visando a derrocada do governo trabalhista, do estado de direito
e da democracia, em favor da retomada de poder pela secular oligarquia
dominante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Essa mesma oligarquia, para reforçar sua argumentação diz sempre que o
país não vive numa ilha. Que o país precisa estar antenado com a globalização. com o “neo” liberalismo, ideologia, diga-se de passagem, que levou nos idos de ’90
a nossa nação ao fundo do poço. E pegando o “gancho” desse argumento, há que se
fazer uma reflexão profunda no sentido de que está a se pôr em <b>prática</b> a
“paranoica” “Teoria da Conspiração”. Convenhamos, “primaveras” em países árabes
e do leste europeu; “derrubada” de um governo legitimo no Paraguaio; a efervescência
política infindável na Venezuela e outros eventos mais. Alguém ainda tem dúvida de
que todas essas coisas não acontecem isoladamente? Que essas coisas fazem parte
da “conspiração” pela tomada do poder geo-político mundial pelos “neo”
imperialistas (antes apossavam-se de nações pela força, hoje pretendem-se mais
sutis).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Seguindo, por que esse ataque ensandecido contra a Petrobrás? Inclusive
com troca de reservadas informações entre o MPF, na pessoa do PGR, em
deslocamento pessoal (!!!) aos Estados Unidos, e autoridades norte-americanas,
informações que denigrem a nossa maior empresa, uma empresa das estratégicas reservas
petrolíferas, razão das muitas guerras por ai afora? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Por que o ataque direto, amplo e aberto (não seria caso de Segurança
Nacional?) ao soberano, e de maior interesse estratégico, projeto do submarino
a propulsão nuclear? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">“</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">
Para selar de vez a parceria com a cooperação internacional, o próprio PGR
Rodrigo Janot foi aos Estados Unidos comandando uma equipe da Lava Jato para
dois eventos controversos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 22.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">O primeiro, levar informações da Petrobras para
possíveis processos conduzidos pelo Departamento de Justiça contra a estatal
brasileira. </span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">[ABSURDO!]</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">
O segundo trazer de lá informações que explodiram na Eletronuclear, </span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">[empresa que desenvolve o projeto do submarino]</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">
depois de encontro com advogado do Departamento de Justiça ligada a escritório
de advocacia que atende o segmento nuclear por lá.</span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">” [verdade? ABSURDO!]. (“jornalggn.com.br/luisnassif”)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Por fim, o que se está a
assistir, com a complacência dos que deveriam fazer cumprir a Constituição
Federal, zelar pelo estado de direito, pela Justiça, é a instituição de uma <b>novo
</b>e auto investido Poder com capital em Curitiba, cujo funcionamento afronta
e tem por finalidade maior destituir o governo legal e legitimamente constituído
e, acima de tudo, retomar a subjugação da nação para as mãos dos oligarcas
raivosos e inconformados com a inequívoca rejeição, por diversas vezes, pelas
urnas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">Mais informação, para
encerrar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">“ </span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">A
Lava Jato não pode mais ser vista como uma operação de investigação isolada.
Ela é tudo o que gerou de forma associada, e teve a ajuda central de organismos
internacionais – caso contrário jamais teria chegado às quadrilhas que operavam
na Petrobras. </span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">[verdade! Mas preserve-se
o patrimônio do povo brasileiro, que é a Petrobrás]</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Ambos –operadores da Lava Jato e do Congresso -
estão umbilicalmente ligados. No plano econômico e social, a contraparte da
Lava Jato é a flexibilização da Lei do Petróleo e dos gastos sociais, acabando
de vez com o legado social dos últimos governos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">de obter concessões nas áreas de petróleo e de
gastos sociais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Mas há um conjunto de atos e omissões
inexplicáveis:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">1. A visita aos EUA levando
informações da Petrobras e trazendo da Eletronorte. </span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">[quer dizer, Eletronuclear]</span><b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 42.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">2. A blindagem ao senador Aécio
Neves. Na única vez que conversei com Janot ele assegurou que até abril (do ano
passado) daria parecer no inquérito que investiga contas de Aécio em
Liechtenstein. Não só não desengavetou como desqualificou três delações sobre
ele. A incapacidade de conduzir um inquérito sequer sobre as Organizações
Globo.</span></b><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt;">” [o “abandono” dessa “força-tarefa
ao período que envolve o ex-presidente FHC com a combatida corrupção na
Petrobrás é um claríssimo sinal da tendenciosa seletividade e claríssima
indicação de quem e do que persegue o referido “poder” curitibano].</span><span style="color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt;">(“jornalggn.com.br/luisnassif”).</span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-31814392564409298262016-03-07T06:04:00.000-08:002016-03-07T06:04:33.949-08:00FRAUDE COMETIDO PELO "jornal nacional"<h2 style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; letter-spacing: -.6pt;">Veja-se como se prova e comprova a
tendenciosidade no noticiar e a inegável cumplicidade, (ou a “chefia”?), da
famigerada rede de televisão com a <i>gang</i>
que quer tomar de assalto o poder executivo da nação.<o:p></o:p></span></h2>
<h2 style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; letter-spacing: -.6pt;">É assim e sempre foi assim, omitindo,
criando factoides por todos esses tempos de forma a manter o governo trabalhista
acuado, a economia paralisada, criminosamente, com o intuito de perpetrar o
golpe de destituição do governo legitimamente eleito.<o:p></o:p></span></h2>
<h2 style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; letter-spacing: -.6pt;">Como poucas pessoas têm acesso a este tipo
de informação, pois que somente informam-se, aquelas outras, pela grande imprensa,
capitaneada por essa deletéria rede de televisão, é que transcrevo
esclarecimentos fornecidos pelo Instituto Lula: <o:p></o:p></span></h2>
<h2 style="background: white; margin-top: 0cm; mso-line-height-alt: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 21.0pt; letter-spacing: -.6pt;"><span style="color: black;"><a href="http://www.institutolula.org/rede-globo-frauda-nota-do-instituto-lula-outra-vez" target="_self">
Rede Globo frauda nota do Instituto Lula outra vez</a></span><o:p></o:p></span></h2>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12.5pt;">Leia aqui a íntegra da nota enviada pelo Instituto Lula ao Jornal
Nacional para ser lida na edição de sábado (5/03). Em negrito, os trechos
censurados pela Globo.</span></strong><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
“1)O ex-presidente Lula sempre esteve à disposição das autoridades para
esclarecer a verdade e repudia qualquer insinuação diferente disso. O Instituto
Lula e a LILS forneceram voluntariamente todos os dados solicitados pelo
Ministério Público Federal e pela Receita Federal, que recebeu todas as
informações em janeiro.<span class="apple-converted-space"> </span><strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A firme reação da sociedade aos abusos
cometidos ontem pela Operação Lava Jato deve servir de alerta aos
investigadores para que não persistam em atuar fora da lei.</span></strong><br />
<br />
<strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">2) A Operação LavaJato prestará um serviço ao
estado de direito se apurar e punir o vazamento do sigilo bancário e fiscal do
ex-presidente Lula e dos Instituto Lula para a revista Veja e para as
Organizações Globo.</span></strong><br />
<br />
<strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">3) O Instituto Lula e a empresa LILS Palestras
não têm apenas receitas, também têm despesas, como qualquer instituição. A
insistência dos procuradores da Lava Jato em </span></strong>divulgar apenas
parte da contabilidade, misturando entidades e recursos distintas, com clara
intenção difamatória<strong><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">, é uma vergonha para a
instituição do Ministério Público.”</span></strong><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[Segue comentário do Instituto
sobre o mesmo assunto]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12.5pt;">Não é a
primeira vez que o telejornal da Família Marinho censura, distorce e frauda as
manifestações do Instituto Lula apresentadas, cinicamente, como “outro lado” de
seu noticiário faccioso em relação ao ex-presidente Lula.<br />
<br />
Na edição deste sábado, a Globo dedicou 4 minutos e 15 segundos a um vídeo que
misturava fofocas de policiais anônimos com acusações sem fundamento do
Ministério Público Federal (Força Tarefa) ao ex-presidente.<br />
<br />
Estas acusações, levianas e irresponsáveis, foram lidas pela repórter, sobre
uma reprodução cinematográfica do texto.<br />
Em mais uma exibição de sua falsa imparcialidade, seguiu-se um vídeo de menos
de 30 segundos com cenas do ex-presidente Lula, durante os quais se informou
laconicamente que o ex-presidente “negou todas as acusações”.<br />
Mas negou como? Com que argumentos, se eles foram omitidos na reportagem? Que
espécie de “outro lado” é esse, onde o Ministério Público fala o que quer, pela
voz da repórter, pela reprodução de seus documentos, pelas cenas exibidas ao
longo de 4 minutos e 30 segundos de acordo com o enredo da acusação, e Lula
simplesmente “nega”?<br />
Além disso, se o Jornal Nacional dá tanta importância ao vazamento de
informações na Operação Lava Jato, por que não mencionou em sua reportagem
principal, de 5 minutos e meio, o tweet do editor ególatra da revista Época,
que antecipou a 24a. fase na madrugada de sexta-feira? <br />
Mais do que manipulador, o jornalismo da Globo é desonesto. Ao solicitar
manifestação da assessoria do Instituto Lula, a produção do Jornal Nacional
escondeu o inteiro teor da reportagem, prática antijornalistica que também se
tornou habitual. É o que se pode comprovar no email enviado pela produção à
assessoria do Instituto Lula:<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></i></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<strong><i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 12.5pt;">--------- Mensagem encaminhada ----------</span></i></strong><span style="font-size: 12.5pt;"><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">De:</span></i></strong><span class="apple-converted-space"><b><i> </i></b></span><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Data: 5 de março de 2016 19:10</span></i></strong><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Assunto: NOTA PARA O JORNAL NACIONAL DE HOJE</span></i></strong><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Para: "IMPRENSA@INSTITUTOLULA.ORG"</span></i></strong><span class="apple-converted-space"><b><i> </i></b></span><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Boa noite</span></i></strong><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O Jornal Nacional está fazendo uma reportagem
que vai tratar sobre a busca e apreensão no Instituto Lula.</span></i></strong><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Segundo apuração da nossa reportagem em
Curitiba, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se houve
vazamento de informações sobre a operação. O que o Instituto tem a dizer?
</span></i></strong><br />
<strong><i><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A reportagem vai abordar ainda os valores
recebidos pela (LILS) empresa de palestras do Ex- Presidente Lula e
pelo Instituto. São quase 30 milhões de reais, de seis empreiteiras
entre 2011 e 2014. O que tem a dizer ?</span></i></strong><br />
A mensagem foi encaminhada às 19h10, faltando 1 hora e 20 minutos para o Jornal
Nacional ir ao ar, a resposta precisaria ser dada até as 20h. Isso mostra que
não houve a menor intenção de apurar seriamente os fatos, checar informações
duvidosas, dar a Lula a mesma oportunidade de responder que a Lava Jato teve
para acusar.<br />
Isso não é, nunca foi e nunca será jornalismo. É o exercício cotidiano da
censura, da manipulação e da fraude, numa concessionária de serviço público que
constrange e envergonha os verdadeiros profissionais da imprensa</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-15049282375506352016-03-05T08:35:00.001-08:002016-03-05T08:42:57.967-08:00O GOLPE DESNUDA-SE COMPLETAMENTE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O dia 04 de março de 2016 será
marcado como o dia em que se despiu completamente o golpe, de há muito em
marcha contra o Estado Democrático e de Direito e, sobretudo, contra,
especialmente, a <b>Soberania</b> <b>Nacional</b>. Será marcado com o fato de a
justiça – com “j” minúsculo mesmo – revestir-se escancaradamente de parceiro
dos protagonistas dessa deletéria ação contra a nação brasileira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ex-presidente vem
incansavelmente prestando esclarecimentos, com documentação, sobre os mesmos
fatos que a força tarefa curitibana quis saber no referido dia. Transcrevo, a
seguir, nota do Instituto Lula e a transcrevo integralmente, pois poucas são as
pessoas que têm acesso a essa espécie de informação, pois a grande imprensa
logicamente não publica.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">do Instituto Lula</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<a href="http://www.institutolula.org/resposta-a-coletiva-de-imprensa-da-lava-jato-3"><strong><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; text-decoration: none;">Respostas à coletiva de imprensa da Lava Jato</span></strong></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">Respostas às suposições levantadas na coletiva de imprensa da
Operação Lava Jato, na manhã de hoje (4). <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">1) O financiamento do Instituto Lula é semelhante ao de
instituições ligadas a outros ex-presidentes no Brasil e em outros países,
exceto por jamais recebido doações de empresas públicas, diferentemente do que
ocorre, por exemplo, com a Fundação FHC.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">2) Pessoas físicas e empresas fizeram doações legais e
declaradas às autoridades desde que o Instituto Lula foi criado, em agosto de
2011, e não antes, como ocorreu, por exemplo, com a instituição vinculada ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que recolheu fundos em plena vigência
de seu mandato, conforme reportagem da revista Época: <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<a href="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR53647-6009,00.htm" title="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR53647-6009,00.htm"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR53647-6009,00.htm</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">3) Os fundos do Instituto Lula são aplicados em suas
finalidades – como projetos e ações de incentivo à integração latino-americana,
à cooperação com países africanos e o combate à fome no mundo, além da promoção
de debates, conferências, seminários, pesquisas e documentação sobre a
democracia e as conquistas sociais no Brasil, e da preservação do acervo do
ex-presidente Lula, conforme determina a Lei. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">4)
Lula é o presidente de honra e nada recebe por sua participação nas atividades
do Instituto (mais informações no relatório de atividades:<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.institutolula.org/historia" title="http://www.institutolula.org/historia"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">http://www.institutolula.org/historia</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">5) Pessoas físicas e empresas as mais diversas prestaram
ou prestam serviços ao Instituto Lula, regularmente contratadas. A empresa G4,
citada pelos procuradores da Operação Lava Jato, é responsável pela manutenção
do site do Instituto Lula e trabalhou nos projetos Brasil da Mudança e Memorial
da Democracia, presta serviços ao instituto desde 2011, ou seja ao longo de 5
anos, e o faz rigorosamente dentro de sua capacitação técnica. Não há
transferência indevida de recursos. Há, sim, ilações irresponsavelmente
divulgadas pelo Ministério Público antes de qualquer procedimento
investigatório sério.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">6) A empresa LILS Palestras e Eventos LTDA. foi criada em
2011, tendo como sócios o ex-presidente Lula e Paulo Okamotto, para gerenciar,
dentro da lei, as atividades do ex-presidente Lula como palestrante. Mais uma
vez, trata-se de algo em tudo semelhante ao que fazem outros ex-presidentes no
Brasil e em outros países, bem como personalidades de reconhecimento público:
artistas, cientistas, desportistas, escritores, jornalistas etc.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">7)
Desde que deixou o governo, Lula fez 72 palestras para 40 empresas do
Brasil e do exterior, dos mais diversos setores, como a Microsoft, Bank of
America, Nestlé, Iberdrola, INFOGLOBO (que edita os jornais da Família Marinho)
e grandes empresas brasileiras, algumas delas investigadas no âmbito da
Operação Lava Jato. Leia a lista completa:<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violacao-de-sigilo-bancario-do-ex-presidente-foi-um-ato-criminoso" title="http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violacao-de-sigilo-bancario-do-ex-presidente-foi-um-ato-criminoso"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violacao-de-sigilo-b...</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">8) Algumas das empresas investigadas contratam palestras
de outros ex-presidentes da República no Brasil. Todas elas são grandes
anunciantes dos meios de comunicação e financiam cursos de formação de
jornalistas. Mais uma vez, houve a divulgação irresponsável de ilações em
referência ao ex-presidente Lula, antes de qualquer investigação séria. Da
mesma forma não seria correto supor, apenas a partir disso, que outros
ex-presidentes ou os grandes meios de comunicação brasileiros tenham recebido,
por esta via, dinheiro roubado da Petrobrás.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">9) A informação de que palestras contratadas por estas
empresas e doações feitas ao Instituto Lula têm os valores apresentados pela
Lava Jato, é sensacionalista, porém, velha. Os números exibidos hoje
correspondem rigorosamente aos divulgados no ano passado pela revista Veja, no
que constituiu quebra e vazamento ilegal de sigilo bancário. Exceto pelo
vazamento ilegal, não há crime algum nesses valores. Todos os valores foram
recebidos com o devido registro e impostos pagos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">10)
É de pleno conhecimento, não só dos investigadores da Lava Jato, mas da
imprensa e da sociedade brasileira, que nem o apartamento do Condomínio Solaris
nem o Sítio Santa Bárbara em Atibaia pertencem ou pertenceram, direta ou
veladamente, ao ex-presidente Lula. A persistência nessa tese, desmontada pelos
documentos e pelos fatos, é um atestado da parcialidade que orienta a
investigação, claramente voltada para “encaixar” o nome do ex-presidente nas
teses dos procuradores, mesmo que seja na marra.</span><a href="http://www.institutolula.org/documentos-do-guaruja-desmontando-a-farsa" title="http://www.institutolula.org/documentos-do-guaruja-desmontando-a-farsa"><span style="color: #336688; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">http://www.institutolula.org/documentos-do-guaruja-desmontando-a-farsa</span></a><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">11) É absolutamente falsa a notícia, atribuída pela
GloboNews à Polícia Federal do Paraná, de que a mudança do ex-presidente Lula
de Brasília para São Paulo teria sido paga por uma empresa, e que parte dos
objetos teria sido levada para o apartamento do Guarujá que não pertence e
nunca pertenceu ao ex-presidente Lula. A mudança, como ocorre com todos os
ex-presidentes, foi providenciada pela Presidência da República. A maior parte
foi levada para uma empresa de guarda-móveis, parte para o apartamento de Lula
e São Bernardo e parte para o Sítio Santa Bárbara, com anuência dos
proprietários.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;">A legislação brasileira (Lei 8.394/91 e Decreto 4.344/2002) determina
que os ex-presidentes são responsáveis pela guarda e preservação do acervo que
acumularam no exercício do cargo. O artigo 3o. do Decreto 4.344/02 define: “Os
acervos documentais privados dos presidentes da República são os conjuntos de
documentos, em qualquer suporte, de natureza arquivística, bibliográfica e
museológica, produzidos sob as formas textual (manuscrita, datilografada ou
impressa), eletromagnética, fotográfica, filmográfica, videográfica,
cartográfica, sonora, iconográfica, de livros e periódicos, de obras de arte e
de objetos tridimensionais.” Ao final de seu governo, a Presidência da
República providenciou triagem e entrega do acervo documental privado do
ex-presidente Lula, da mesma forma como procedeu com seus antecessores, nos
termos da lei 8.394/91 e do decreto 4.344/2002. Parte deste acervo está em
processo de catalogação e tratamento para cumprir a legislação, em projetos
coordenados pelo Instituto Lula, a exemplo do que é feito com o acervo privado
de outros ex-presidentes brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
Trago para esta postagem trechos, extraído de outros <i>blogs</i>, das declarações do ex-presidente
Lula após seu depoimento ilegal e truculentamente “sob vara”, (que significa
“levado à força para depoismento”).<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">“Ele manifestou indignação
"pelo fato de 6hs de terem chegado na minha casa"</span>. <span style="font-family: "times new roman" , serif;">[com a cobertura “espetacularizada”
da rede golpe, que já sabia muito antes dos fatos].</span><span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">“Lula disse que os federais
foram "muitos gentis. Não sei se são sempre assim, (chegaram) pedindo
desculpas que estavam cumprindo determinação judicial. Eu poderia ir a
Curitiba... eu gosto de Curitiba. Mas eu me senti prisioneiro hoje de
manhã" – <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">"...se o juiz Moro e o
Ministério Público quisessem me ouvir, era só ter me mandado um ofício e eu ia
como sempre fui porque não devo e não temo" <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">"É lamentável que uma
parcela do poder Judiciário brasileiro esteja trabalhando em associação com a
imprensa.” Ele acrescentou: “Antigamente você tinha a denúncia de um crime, ia
investigar se existia e prender o criminoso. Hoje a primeira coisa que se faz é
determinar quem é o criminoso” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">"As pessoas queriam que
o Lula falasse das coisas que fez no Brasil. Que milagre fez para aprovar o
Prouni, o Fies, para levar energia a 15 milhões de pobres nesse país”, disse.
“Por isso me transformei no conferencista mais caro do mundo junto com o Bill
Clinton (ex-presidente americano). Várias empresas que agenciam professores,
todo mundo queria me empresariar. Aqui no instituto (Lula) quem vai empresariar
somos nós. E quando vai cobrar vai cobrar igual o Clinton. No tenho complexo de
vira-lata", rebateu.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #5c6161; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">"Embora esteja magoado,
eu acho que o que aconteceu hoje, é o que precisava acontecer: o PT levantar a
cabeça. Há muito tempo que o PT está de cabeça baixa. Todo santo dia alguém faz
o PT sangrar – <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“O
sucesso do meu governo foi levar para o Palácio do Planalto o aprendizado das
ruas”, disse o ex-presidente Lula durante plenária da Frente Brasil Popular e
movimentos sociais na quadra do Sindicato dos Bancários. “Aconteceu algo grave,
que jamais poderia ter acontecido: eu virei o melhor presidente que o país já
teve. Mas, mais importante, eu passei a ser o melhor presidente do começo do
século 21 no mundo inteiro (…) Como pode naquele país considerado uma
república de bananas acontecer isso?” </span><br />
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'times new roman', serif;">P.S.
– repugnado, li nota, de claro teor oportunista, do PSOL oferecendo-se como a
“terceira via”; ou, seja para assumir o poder que a oposição quer TOMAR “na
tora”. Ao invés de condenar a arbitrariedade consumada que afronta o Estado de
Direito. Triste oportunismo! Acreditar, por que num partido desse?</span></div>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; text-align: justify;">E uma advertência para aqueles que aplaudem arbitrariedades,
como a de ontem, </span><b style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">o estado de exceção não vê
cara. Muitos daqueles que estão com o golpe, num instante, quando perdem a
serventia, tornam-se importunos, descartados e perseguidos também, hein?</span></b><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333px; line-height: 14.2667px;">]</span>Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-36223222291939997542016-02-27T11:55:00.001-08:002016-02-27T11:55:26.017-08:00Haja Hipocrisia neste Bra zil, zil, zil<div class="external-link" style="background-color: white; font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.36px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px;" title="">
Sem comentário, transcrevo o que segue:</div>
<div class="external-link" style="background-color: white; font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.36px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px;" title="">
A Globo notificou judicialmente os blogs Tijolaço, Cafezinho e DCM.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Porque publicaram reportagens que aproximariam a Operação Lava Jato dos <abbr class="glossarizer_replaced" style="border-bottom-color: rgb(51, 51, 51); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; cursor: help; display: inline; margin: 0px; padding: 0px;" title="eles não tem nome próprio.">filhos do Roberto Marinho</abbr> - eles não têm nome próprio.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><a class="external-link" href="http://tijolaco.com.br/blog/a-notificacao-da-globo/" style="border-bottom-style: none; color: black; font-size: 15.36px; line-height: 1.7em; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">Fernando Brito publicou a notificação da Globo</a><span style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em;"> </span><span style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em;">e o</span><span style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em;"> </span><strong style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em; margin: 0px; padding: 0px;">Conversa Afiada</strong><span style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em;"> </span><span style="font-size: 15.36px; line-height: 1.7em;">publica a notificação do Brito à notificação da Globo, amante da natureza e do MAR:</span></div>
<h2 style="background-color: white; color: #231f20; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, FreeSans, sans-serif; font-size: 1.75em; letter-spacing: -0.05em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;">
<a class="external-link" href="http://tijolaco.com.br/blog/a-resposta-do-tijolaco-a-globo/" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">A resposta do Tijolaço à Globo</a></h2>
<div class="texto-externo" style="background: rgb(255, 255, 255); border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-top-color: rgb(204, 204, 204); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 1.9em; margin: 30px 0px; padding: 30px 20px;">
Enviei o seguinte e-mail à Globo, da mesma forma que recebi sua notificação.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Senhor João Roberto Marinho.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Recebi com atraso, por ter sido feita por e-mail “fale conosco” e se desviado para a caixa de “spam”, a comunicação de Vossa Senhoria. Com o noticiário sobre a notificação a outros blogs, pedi para verificar e a mesma, encontrada, foi imediatamente publicada, a guisa de direito de resposta que este blog não se recusou, não se recusa e não se recusará a conceder, de plano, a qualquer pessoa.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Assim, creio ter sido atendido o “pedido de retificação” feito por V. Sa. e, a seguir, como solicitado, em cada matéria, será colocado um link para a publicação integral da missiva enviada.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Bem assim, fica desde já o blog à disposição para qualquer esclarecimento que deseje o senhor oferecer à opinião pública, embora com microscópico alcance perto do império de comunicação que V.Sa. dirige.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Quanto à relação entre a mansão citada e a Família Marinho, certamente não há de desconhecer V. Sa. que foi noticiada pela prestigiosa Bloomberg, em 7 de março de 2012, sob o título<a class="external-link" href="http://www.bloomberg.com/news/articles/2012-03-08/brazil-s-rich-build-homes-in-nature-preserves" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">“Brazil’s Rich Show No Shame Building Homes in Nature Preserves“</a>e nos seguintes termos:<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">Heirs to Roberto Marinho, who created Organizacoes Globo, South America’s biggest media group, built a 1,300-square-meter (14,000-square-foot) home, helipad and swimming pool in part of the Atlantic coastal forest that by law is supposed to be untouched because of its ecology.</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />E, a seguir, na mesma reportagem:<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">Modernist Home</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">That’s the case with the Marinho media family. The Marinhos broke environmental laws by building a 1,300-square-meter mansion just off Santa Rita beach, near Paraty, says Graziela Moraes Barros, an inspector at ICMBio.</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">Without permits, the family in 2008 built a modernist home between two wide, independent concrete blocks sheathed in glass, Barros says. The Marinho home has won several architectural honors, including the 2010 Wallpaper Design Award.</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">The Marinhos added a swimming pool on the public beach and cleared protected jungle to make room for a helipad, says Barros, who participated in a raid of the property as part of the federal prosecutors office’s lawsuit against construction on the land.</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><em style="margin: 0px; padding: 0px;">“This one house provides examples of some of the most serious environmental crimes we see in the region,” Barros says. “A lot of people say the Marinhos rule Brazil. The beach house shows the family certainly thinks they are above the law.”</em><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Ao que se tenha notícia, o referido texto, em publicação internacional de renome e alcance não mereceu a preocupação que, como é de seu direito, foi manifestada sobre este blog, de representar ” ofensa ao notificante e aos demais integrantes da família Marinho”.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Assim como nas inúmeras republicações que tal texto recebeu, total ou parcialmente, no UOL/Folha (<a class="external-link" href="http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/03/18/revista-acusa-familia-marinho-e-camargo-correa-de-construir-mansoes-em-areas-de-preservacao/" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">Revista acusa família Marinho e Camargo Correa de construir mansões em áreas de preservação</a>, em 18 de março do mesmo ano) ou a CartaCapital, de 15 de março, (<a class="external-link" href="http://www.cartacapital.com.br/sociedade/rj-milionarios-destroem-mata-nativa-com-mansoes" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">RJ: Milionários destroem mata nativa com mansões</a>).<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />As demais conexões partiram, claro, da razoável compreensão, ante a inação descrita (mormente de uma imensa empresa de comunicação, que monitora continuamente sua imagem pública) de que a ligação entre a proprietária formal da casa – a Agropecuária Veine e de sua controladora Vaincre LCC – seria, de fato, uma ligação com quem lhe foi apontado como proprietário real e, mesmo dispondo de todos os meios para fazê-lo, não esclareceu que, como afirma em seu texto, que “a casa em questão e as empresas citadas na matéria não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho”.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Aliás, se me permite tratá-lo como colega jornalista – e foi em O Globo que dei meus primeiros passos na profissão, em 1978 – tomo a liberdade – quem sabe a ousadia – de sugerir que as emissoras de TV, rádio, sites e jornais de suas Organizações, então, produzam, com os meios abundantes e o profissionalismo que reconheço em seus colaboradores, uma apuração sobre quem, afinal, é o proprietário ou usufrutuário daquela joia arquitetônica que, desafortunadamente, invadiu área de preservação ambiental e privatizou uma praia antes pública, em que pese ser remota.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Sei que o tema ambiental é caro às suas Organizações e cito como exemplo a reportagem<a class="external-link" href="http://oglobo.globo.com/rio/construcoes-irregulares-avancam-em-25-ilhas-de-paraty-2801855" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">Construções irregulares avançam em 25 ilhas de Paraty</a>, em O Globo, quando a referida construção já havia sido repetidamente multada e tinha ordem até de demolição mas que, certamente num lapso, não foi uma das irregularidades abordadas.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />É uma imperdível oportunidade de sanear aquela omissão, naturalmente involuntária.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Creio que se estará, assim, prestando um serviço público de alta relevância ao revelar quem, afinal, se oculta sob uma agropecuária para empreender uma edificação de altíssimo luxo. Este blog se comprazerá de aplaudir a ação cidadã das Organizações Globo em mostrar ao povo brasileiro quem, de fato, se aproveita daquele templo no paraíso.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Sempre à disposição para qualquer pedido de esclarecimento, fica um e-mail onde se poderá fazer de imediato qualquer contato que, com prazer e interesse público, será aqui imediatamente atendido. <br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Permita-me, à guisa de conclusão, citar um ditado gaúcho – convivi muito com um deles e absorvi seus traços de honra e dignidade: “a luta não nos quita a fidalguia”.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Atenciosamente,<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Fernando Brito, editor do Tijolaço</div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-24171341741292833602016-01-13T05:29:00.003-08:002016-01-13T05:29:47.621-08:00Roubalheira do PSDB não pode ser abafada<em style="font-family: 'PT Serif', serif; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: large;">Sem Comentário, transcrevo aqui artigo de Jeferson Mota, extraído do Blog Conversa Afiada.</span></em><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Nestor Cerveró, um dos ex-diretores corruptos da Petrobrás, em depoimento prestado ao MP em outubro de 2015, revelou que o governo FHC recebeu 100 milhões de dólares de propina por negócios feitos na Argentina em 2002. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">É perturbador lembrar que este mesmo depoimento do Cerveró, quando vazou naquela época, selecionou a parte que incriminava o governo Dilma, mas ocultou a revelação do esquema de corrupção implantado na Petrobrás pelo governo do PSDB. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Isto deixa clara a partidarização e a seletividade do vazamento. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Esta nova denúncia de propina no período dos governos tucanos foi desvendada de maneira acidental. A descoberta só foi possível porque cópia do depoimento de Cerveró ao MP, que teoricamente seria protegido por segredo de justiça, foi encontrada junto com os documentos apreendidos no escritório do senador Delcídio Amaral. É difícil saber se, não fosse esta circunstância acidental, algum dia o assunto viria à tona. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Como Delcídio conseguiu obter o depoimento de Cerveró é uma incógnita, e merece rigorosa apuração. E por que o senador, que foi diretor da Petrobrás nomeado por FHC no governo tucano, não denunciou as propinas pagas ao governo tucano, está longe de ser um mistério. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Ocultar um crime pode ser considerada uma ação tão grave quanto o crime cometido. É difícil acreditar que autoridades que dizem conduzir as investigações da Lava Jato com diligência e preciosismo processual, tenham prevaricado. O MP, a PF e os juízes coordenados por Sérgio Moro certamente dissiparão qualquer dúvida de que não agem com parcialidade e seletividade para incriminar os governos do PT. </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">É uma exigência democrática – e não só jurídica – que este crime não seja abafado pelo condomínio policial-jurídico-midiático de oposição, como foram abafadas todas as denúncias anteriores que revelaram a origem da corrupção na Petrobrás nos governos do FHC e do PSDB.</span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Faria bem à democracia brasileira se nossa sociedade recebesse sinais claros das “autoridades justiceiras” que coordenam a Lava Jato – os procuradores do MP, os policiais da PF e os juízes do Judiciário – de que serão instalados inquéritos para apurar toda a corrupção do país, e não só a parte que convém politicamente apurar – justamente aquela que ataca adversários ideológicos.</span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">Quando a Ordem Jurídica de um país é quebrada pelo casuísmo processual unicamente para perseguir inimigos, a República é derrotada, e então cede lugar a um “Regime”. Na Alemanha dos anos 1920 e 1930, o nacional-socialismo magnetizou a sociedade alemã com o Regime defensor dos ideais da raça pura, intolerante, odiosa, de olhos azuis, domiciliada em Higienópolis e adestrada na USP.</span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;"> </span><br style="font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.64px; line-height: 31.616px;">O Brasil, afinal, chegou ao século 21. Seria penoso regressarmos àqueles tempos arcaicos em que existia um Engavetador-Geral da República obediente ao Príncipe e sua corja; em que a Polícia Federal era desmantelada e adestrada para não investigar. Naqueles tempos, enfim, em que a Suprema Corte tinha a representação de um líder do governo do Príncipe.</span>Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-7774178504847591422015-12-14T12:57:00.001-08:002015-12-14T12:57:35.562-08:00Notícias boas, não. “O quanto pior, melhor”, sim!<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Conforme
se extrai do blog de PHA, o homem do “4º Poder”, livro que não se deve deixar
de ler para compreender todo esse FB “que assola o país", Conversa Afiada, de
hoje, um dia pós-“mini-festações”: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">o PIG,
traduzindo, (para aqueles menos informados), a grande imprensa “</span><span style="background: white; line-height: 115%;">Deu
em todas as manchetes que o IDH do Brasil caiu!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em
verdade, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país caiu (uma posição) de
74º para 75º no ranking dos países da ONU. Mas vejamos o que diz a EBC: “</span><b><span style="background: white; line-height: 115%;">O
Brasil registrou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2014. Os
dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
mostram que o IDH passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. Apesar do
aumento, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano
</span><span style="background: white; font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;">[porque outro país
cresceu mais, logicamente]</span><span style="background: white; line-height: 115%;"> e passa a ocupar o 75º lugar
entre 188 países.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">”
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">E mais, “</span><span style="background: white; line-height: 115%;"><b>O
relatório mostra que, no Brasil, indicadores que representam melhorias sociais
tiveram avanço, como a esperança de vida ao nascer, que aumentou de 74.2 em
2013 para 74.5 em 2014, e a média de anos de estudo que passou de 7,4 para 7,7
nesse período.</b></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas,
mesmo assim, "</span><span style="background: white; line-height: 115%;"><b>Hoje, o IDH da Dilma e
do Lula é de 0,755 – maior do que o da China, da Índia, da África do Sul,
associados nos BRICs</b>."</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">,
ainda ressalta a EBC: “</span><span style="background: white;"><b>O
relatório mostra que, no Brasil, indicadores que representam melhorias sociais
tiveram avanço, como a esperança de vida ao nascer, que aumentou de 74.2 em
2013 para 74.5 em 2014, e a média de anos de estudo que passou de 7,4 para 7,7
nesse período</b>.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estes
importantes detalhes não são “NOTÍCIAS” para a grande imprensa, afinal para o
real partido da oposição, como já se definiu uma “autoridade” de associação de
imprensa, (salvo engano, a ANJ) não interessa divulgar boas notícias, pois para
ela “o quanto pior melhor” é que vale. <o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-16766126224431290372015-12-12T06:44:00.001-08:002015-12-12T06:44:56.318-08:00Até Agora, Afinal Uma Atitude do Governo<h2>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11.25pt; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Afinal, o governo toma
uma atitude objetiva e efetiva no sentido de conter a sanha
revanchista-golpista de um BANDIDO que ocupa a chefia de um dos poderes desta
sofrida república. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 11.25pt; mso-line-height-alt: 13.45pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Somente o Supremo, se
cumprindo suas reais funções, poderá fazer com que a Constituição Brasileira
não seja vilipendiada em favor de mesquinhos interesses. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Jornal GGN – </span></b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ontem, sexta-feira (11), a presidente Dilma
Rousseff enviou ao STF um pedido de que seja anulada a decisão do presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de acolher o processo de impeachment com
base nas pedaladas fiscais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A justificativa é que Cunha não garantiu direito de
defesa da presidente antes de receber o pedido. "É ato tão grave e de
consequências tão significativas, que o princípio da ampla defesa e do
contraditório não se coaduna com a impossibilidade do presidente da República
se contrapor à denúncia antes da decisão do presidente da Câmara", diz o
texto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Da Folha de S. Paulo</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1718040-dilma-pede-que-stf-anule-acolhimento-de-impeachment-por-cunha.shtml"><b><span style="color: #336688; text-decoration: none; text-underline: none;">Dilma pede que
STF anule acolhimento de impeachment por Cunha</span></b></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Márcio Falcão</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A presidente Dilma Rousseff pediu, em manifestação
enviada nesta sexta (11) ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o tribunal
anule a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), que acolheu
seu pedido de afastamento elaborado por juristas e que tem como base as
chamadas pedaladas fiscais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A justificativa é que Cunha não garantiu direito de
defesa da petista antes de receber o pedido. O documento, assinado pela
AdvocaciaGeral da União, defende ainda o poder de decisão do Senado na
instauração de um eventual processo de impeachment e que todas as votações no
Congresso sobre o caso sejam abertas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"É ato tão grave e de consequências tão
significativas, que o princípio da ampla defesa e do contraditório não se
coaduna com a impossibilidade do presidente da República se contrapor à
denúncia antes da decisão do presidente da Câmara", diz o texto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.45pt; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Somente uma pessoa que vivesse em estado de
alienação acerca do que o país está a testemunhar nos últimos dias poderia
dizer que não traz nenhum prejuízo para o denunciado e para o próprio País a
decisão de recebimento da denúncia e a sua consequente leitura no plenário da
Câmara."<o:p></o:p></span></div>
</h2>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-65867009079273694582015-11-30T15:15:00.001-08:002015-12-01T03:37:55.041-08:00O BRASIL DE 2015 ASSEMELHA-SE À INGLATERRA DE 1965?<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-size: 14.0pt; letter-spacing: -.6pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Conheci o inglês Tim participando de um programa sobre futebol na TV
fechada. Interessava-me ouvi-lo porque afinal teria, como tive, oportunidade de ouvir
opiniões sobre nosso futebol e, de um modo geral, do futebol sulamericano – e aqui
prá nós, nota-se claramente sua predileção pelo futebol argentino, mas deixemos
isso de lado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #231f20; font-size: 14.0pt; letter-spacing: -.6pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pois bem, e agora surpreende-me o britânico com sua opinião sobre
política, que segue abaixo e que vale a pena a transcrição. A resposta ao
título inquiridor desta postagem é a síntese do pensamento de Tim Vickery.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 2;">
<b><span style="color: #231f20; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; letter-spacing: -.6pt; mso-bidi-font-size: 21.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151110_tim_vickery_geladeira_brasil_rb" target="_self" title=""><span style="color: black;"><br />
Tim Vickery: Minha primeira geladeira e por que o Brasil de hoje lembra a
Inglaterra dos anos 60</span></a><o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 22.8pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.5pt;">Acho que nasci com
alguma parte virada para a lua. Chegar ao mundo na Inglaterra em 1965 foi um
golpe e tanto de sorte. Que momento! The Rolling Stones cantavam I Can’t Get no
Satisfaction, mas a minha trilha sonora estava mais para uma música do The Who,
Anyway, Anyhow, Anywhere.<br />
<br />
Na minha infância, nossa família nunca teve carro ou telefone, e lembro a vida
sem geladeira, televisão ou máquina de lavar. Mas eram apenas limitações, e não
o medo e a pobreza que marcaram o início da vida dos meus pais.<br />
<br />
Tive saúde e escolas dignas e de graça, um bairro novo e verde nos arredores de
Londres, um apartamento com aluguel a preço popular – tudo fornecido pelo
Estado. E tive oportunidades inéditas. Fui o primeiro da minha família a fazer
faculdade, uma possibilidade além dos horizontes de gerações anteriores. E não
era de graça. Melhor ainda, o Estado me bancava.<br />
<br />
Olhando para trás, fica fácil identificar esse período como uma época de ouro.
O curioso é que, quando lemos os jornais dessa época, a impressão é outra. Crise
aqui, crise lá, turbulência econômica, política e de relações exteriores.
Talvez isso revele um pouco a natureza do jornalismo, sempre procurando
mazelas. É preciso dar um passo para trás das manchetes para ganhar
perspectiva.<br />
<br />
Será que, em parte, isso também se aplica ao Brasil de 2015?<br />
<br />
Não tenho dúvidas de que o país é hoje melhor do que quando cheguei aqui, 21
anos atrás. A estabilidade relativa da moeda, o acesso ao crédito, a ampliação
das oportunidades e as manchetes de crise – tudo me faz lembrar um pouco da
Inglaterra da minha infância.<br />
<br />
Por lá, a arquitetura das novas oportunidades foi construída pelo governo do
Partido Trabalhista nos anos depois da Segunda Guerra (1945-55). E o Partido
Conservador governou nos primeiros anos da expansão do consumo popular
(1955-64). Eles contavam com um primeiro-ministro hábil e carismático, Harold
Macmillan, que, em 1957, inventou a frase emblemática da época: "nunca foi
tão bom para você" ("you’ve never had it so good", em inglês).<br />
<br />
É a versão britânica do "nunca antes na história desse país".
Impressionante, por sinal, como o discurso de Macmillan trazia quase as mesmas
palavras, comemorando um "estado de prosperidade como nunca tivemos na
história deste país" ("a state of prosperity such as we have never had
in the history of this country", em inglês).<br />
<br />
Macmillan, "Supermac" na mídia, era inteligente o suficiente para
saber que uma ação gera uma reação. Sentia na pele que setores da classe média,
base de apoio principal de seu partido, ficaram incomodados com a ascensão
popular.<br />
<br />
Em 1958, em meio a greves e negociações com os sindicatos, notou "a raiva
da classe média" e temeu uma "luta de classes". Quatro anos mais
tarde, com o seu partido indo mal nas pesquisas, ele interpretou o desempenho
como resultado da "revolta da classe média e da classe média baixa",
que se ressentiam da intensa melhora das condições de vida dos mais pobres ou
da chamada "classe trabalhadora" ("working class", em
inglês) na Inglaterra.<br />
<br />
Em outras palavras, parte da crise política que ele enfrentava foi vista como
um protesto contra o próprio progresso que o país tinha alcançado entre os mais
pobres.<br />
<br />
Mais uma vez, eu faço a pergunta – será que isso também se aplica ao Brasil de
2015?<br />
<br />
Alguns anos atrás, encontrei um conterrâneo em uma pousada no litoral carioca.
Ele, já senhor de idade, trabalhava como corretor da bolsa de valores. Me
contou que saiu da Inglaterra no início da década de 70, revoltado porque a
classe operária estava ganhando demais.<br />
<br />
No Brasil semifeudal, achou o seu paraíso. Cortei a conversa, com vontade de
vomitar. Como ele podia achar que suas atividades valessem mais do que as de
trabalhadores em setores menos "nobres"? Me despedi do elemento com a
mesquinha esperança de que um assalto pudesse mudar sua maneira de pensar a
distribuição de renda.<br />
<br />
Mais tarde, de cabeça fria, tentei entender. Ele crescera em uma ordem social
que estava sendo ameaçada, e fugiu para um lugar onde as suas ultrapassadas
certezas continuavam intactas.<br />
<br />
Agora, não preciso nem fazer a pergunta. Posso fazer uma afirmação. Essa
história se aplica perfeitamente ao Brasil de 2015. Tem muita gente por aqui
com sentimentos parecidos. No fim das contas, estamos falando de uma sociedade
com uma noção muito enraizada de hierarquia, onde, de uma maneira ainda leve e
superficial, a ordem social está passando por transformações. Óbvio que isso
vai gerar uma reação.<br />
<br />
No cenário atual, sobram motivos para protestar. Um Estado ineficiente, um
modelo econômico míope sofrendo desgaste, burocracia insana, corrupção
generalizada, incentivada por um sistema político onde governabilidade se
negocia.<br />
<br />
A revolta contra tudo isso se sente na onda de protestos. Mas tem um outro
fator muito mais nocivo que inegavelmente também faz parte dos protestos: uma
reação contra o progresso popular. Há vozes estridentes incomodadas com o fato
de que, agora, tem que dividir certos espaços (aeroportos, faculdades) com
pessoas de origem mais humilde. Firme e forte é a mentalidade do: "de que
adianta ir a Paris para cruzar com o meu porteiro?".<br />
<br />
Harold Macmillan, décadas atrás, teve que administrar o mesmo sentimento
elitista de seus seguidores. Mas, apesar das manchetes alarmistas da época, foi
mais fácil para ele. Há mais riscos e volatilidade neste lado do Atlântico. Uma
crise prolongada ameaça, inclusive, anular algumas das conquistas dos últimos
anos. Consumo não é tudo, mas tem seu valor. Sei por experiência própria que a
primeira geladeira a gente nunca esquece.<br />
<br />
*Tim Vickery é colunista da BBC Brasil e formado em História e Política pela
Universidade de Warwick<o:p></o:p></span></div>
Blog do Mário Césarhttp://www.blogger.com/profile/00344174473460426506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6887726846400525039.post-40840522934497645032015-11-11T13:17:00.001-08:002015-11-11T13:17:26.021-08:00A idade, a violência, o fim da Boemia<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Vai uma crônica reeditada, para espairecer.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Estávamos, num certo dia, como
costumamos de vez em quando fazer, <i>e <b>de dia</b></i>, (que no popular quer
dizer, durante o dia), a papear sobre diversos assuntos, quando se levantou a
tese do fim da boemia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A tese deixou-me embaraçado e
pensativo, por que seu fim? O questionamento do meu interlocutor pareceu-me
mais uma preocupação de ordem particular, uma coisa bem pessoal; afinal ele,
como nós outros daquela confraria, já atravessamos o cabo da boa esperança, o
estreito de Ormuz (nada a ver com trânsito de grandes navios petroleiros que
abastecem, principalmente, os mercados norte-americano e europeu), e outros
obstáculos mais. Até que eu concordaria se, como já disse, levarmos
simplesmente para o plano pessoal, o particular. Mas Boemia (é com maiúscula
mesmo!), é, tal qual é a prostituição, no que respeita à profissão, a mais
antiga e eterna parceira da manifestação humana da arte, do lazer, do
entretenimento. Sem a boemia, não teriam existido os(as) literatos(as), os(as)
grandes artistas gráficos(as), os músicos, os compositores - vou deixar de usar
os (as), pois já deixei claro minha intenção de não discriminar as mulheres,
afinal, para nós homens, que me desculpem os <i>gays</i>, é a chama do fogo
ardente de uma paixão: mulher, paixão... e, com isto, está criada a boemia.
Agora, querendo finalizar, ou sair deste devaneio, deste gostoso retrocesso
cronológico, volto a dizer, Boemia é a mais antiga forma de manifestação
cultural e de entretenimento do homem (e da mulher também, alguma questão?);
afinal, desde que há inscrições ruprestres, alguma forma de fermentado <i>e
outras cositas más,</i> deve existir a Boemia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Bem, voltemos ao nosso tempo e nossa
realidade. Como havia entendido logo, logo, o nosso amigo quis referir-se a
nós, à nossa contemporaneidade. Desta maneira, não há que se contestar coisa
alguma, o fim da Boemia, para nós, é fato. Pô, também, <i>meu Rei</i>, a
eternindade existe para o homem, enquanto instituição humana. Para nós, simples
mortais, assim como quase tudo, (digo isto para não melindrar os que acreditam
na vida depois da morte), tem fim; afinal, originamos de uma centelha, chegamos
ao auge de uma grande e duradoura, embora finita, chama que, em determinado
instante, entra num processo de dissipação, somente esta verdade já seria
bastante para explicar a constatação do nosso amigo. Mas há fatores outros, bem
contemporâneos para nos desestimular, nos desencorajar, para nos atemorizar,
para nos afugentar, para afugentar o nosso espírito notívago (e aí mora a
essência do questionamento do meu interlocutor: vida noturna, <b><i>a noite é criança</i>.</b>). O ar
provinciano, doméstico que respirávamos na Salvador dos 60-70¹s e, quem sabe,
até os 80¹s, não mais existe. Transitávamos por aquelas vielas, becos,
ladeiras, de todo o centro histórico, pela Cidade Baixa: Comércio, Bonfim,
Ribeira, com a mais da desavergonhada tranquilidade; entrávamos e saíamos de
bar em bar, como se extensão fosse de propriedade nossa: o feijão de Alaíde, o
feijão de Vital, os <i>inferninhos</i>, o <i>charriot</i> (hoje, o plano
inclinado), a Rua Chile, Avenida Sete (elas com configurações bem diferentes
das de agora)...as barracas de praias - faziam-se devaneios até as altas horas-
e elas foram derrubadas! (a troco de que?); a Barraca de Da. Sildefina, (atrás
do C. Português); a Barraca de Nogueira, em Itapuã. Que é do Clube Português e
seu baile a <i>Yemanjá</i>?; do velho Caneco? (Nos seus áureos tempos, somente
servia <b>chopp, </b>[nada de cerveja em garrafa ou, pior, em lata] e bem
gelado; <i>bigode</i> ao gosto do frequês); o feijão do Quatro Rodas (prá
aqueles que não sabem, quatro rodas vem de um restaurante instalado numa velha <i>kombi</i>
ou num caminhão); os bailes de carnavais nos clubes sociais (ao que parece
somente subsistiram a Associação Atlética (parcialmente) e o Iate Clube (mas
quem podia ou pode acessar aquela intransponível fortaleza da elite baiana -
fiquemos somente neste termo. (As barracas de praia teriam invadido terreno da
União, da Marinha, mas o Iate Clube, <b>não!</b>, assim como um portentoso
hotel no Rio Vermelho, construído sobre as pedras do lindo mar da Bahia) e, o
pior de tudo, a grande vilã,<i> </i>a violência urbana. Sim, dirão, mas sempre
houve violência, sempre se roubou, sempre se matou, contudo a intensidade e
frequência com que se assalta, se mata, se infringe; com que se banaliza o
homicídio, a extinção de uma vida humana é incomparável com qualquer época
anterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Amigo, a materialização da Boemia
acabou para nós e, assim como, dizem, o Espírito é eterno, o nosso espírito
boêmio ainda vive, <i>vivinho da silva</i>, dentro de nós. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #993222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Vivamos com ele na maneira e no tempo em que nos permitirem, sem que seja
preciso pedir, com <i>súplica,</i> "<i>regresso</i>", sem precisar
pedir <i>"inscrição</i>", como fez um boêmio em sua volta à boemia.<o:p></o:p></span></div>
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