Quando ocorreram as manifestações em 2013 e que se prolongaram, por algum
tempo, eu confesso: fiquei aturdido! Levei muito tempo para entender o que, em
verdade, acontecia, tal foi a adesão de setores da população que, acreditava eu,
serem progressistas e democráticos, (gente muito próxima a mim, até). Isto,
logicamente, confunde uma mente não tão afeita a repentinas mudanças de rumo
político, posicionamento ideológico, como acontecera naquele período. O fato é
que a manifestação original e legítima teve origem no MPL (Movimento pelo Passe
Livre), que reivindicava “tarifa zero” para o transporte público. Daí, grupos,
como um tal de black blocks...
“Nas
redes sociais e movimentações de rua surgem, da noite para o dia, movimentos
como o “Movimento Brasil Livre” e “Estudantes Pela Liberdade”. Constatou-se,
com o tempo, que eram financiados pelo Charles Kock Institute, ONG de dois
irmãos, Charles e David, herdeiros donos de uma das maiores fortunas dos
Estados Unidos.
Os Kock ficaram conhecidos por financiar ONGs de
ultradireita visando interferir na política norte-americana
(http://migre.me/tbj3w). E tem obviamente
ambições de ampliar seu império petrolífero explorando outras bacias fora dos
EUA.” (“jornalggn.com.br/luisnassif”),
e pessoas individualmente oportunistas engrossaram o caldo que por pouco não desagua numa refrega de consequências inimagináveis, mas certamente com
derramamento de sangue ou coisa muito pior.
Bem, no presente momento, eu não tenho dúvida de que, do nascimento de um
movimento legítimo e ordeiro, naquele instante estava lançada a semente do
aparelhamento visando a derrocada do governo trabalhista, do estado de direito
e da democracia, em favor da retomada de poder pela secular oligarquia
dominante.
Essa mesma oligarquia, para reforçar sua argumentação diz sempre que o
país não vive numa ilha. Que o país precisa estar antenado com a globalização. com o “neo” liberalismo, ideologia, diga-se de passagem, que levou nos idos de ’90
a nossa nação ao fundo do poço. E pegando o “gancho” desse argumento, há que se
fazer uma reflexão profunda no sentido de que está a se pôr em prática a
“paranoica” “Teoria da Conspiração”. Convenhamos, “primaveras” em países árabes
e do leste europeu; “derrubada” de um governo legitimo no Paraguaio; a efervescência
política infindável na Venezuela e outros eventos mais. Alguém ainda tem dúvida de
que todas essas coisas não acontecem isoladamente? Que essas coisas fazem parte
da “conspiração” pela tomada do poder geo-político mundial pelos “neo”
imperialistas (antes apossavam-se de nações pela força, hoje pretendem-se mais
sutis).
Seguindo, por que esse ataque ensandecido contra a Petrobrás? Inclusive
com troca de reservadas informações entre o MPF, na pessoa do PGR, em
deslocamento pessoal (!!!) aos Estados Unidos, e autoridades norte-americanas,
informações que denigrem a nossa maior empresa, uma empresa das estratégicas reservas
petrolíferas, razão das muitas guerras por ai afora?
Por que o ataque direto, amplo e aberto (não seria caso de Segurança
Nacional?) ao soberano, e de maior interesse estratégico, projeto do submarino
a propulsão nuclear?
“
Para selar de vez a parceria com a cooperação internacional, o próprio PGR
Rodrigo Janot foi aos Estados Unidos comandando uma equipe da Lava Jato para
dois eventos controversos.
O primeiro, levar informações da Petrobras para
possíveis processos conduzidos pelo Departamento de Justiça contra a estatal
brasileira. [ABSURDO!]
O segundo trazer de lá informações que explodiram na Eletronuclear, [empresa que desenvolve o projeto do submarino]
depois de encontro com advogado do Departamento de Justiça ligada a escritório
de advocacia que atende o segmento nuclear por lá.” [verdade? ABSURDO!]. (“jornalggn.com.br/luisnassif”)
Por fim, o que se está a
assistir, com a complacência dos que deveriam fazer cumprir a Constituição
Federal, zelar pelo estado de direito, pela Justiça, é a instituição de uma novo
e auto investido Poder com capital em Curitiba, cujo funcionamento afronta
e tem por finalidade maior destituir o governo legal e legitimamente constituído
e, acima de tudo, retomar a subjugação da nação para as mãos dos oligarcas
raivosos e inconformados com a inequívoca rejeição, por diversas vezes, pelas
urnas.
Mais informação, para
encerrar:
“ A
Lava Jato não pode mais ser vista como uma operação de investigação isolada.
Ela é tudo o que gerou de forma associada, e teve a ajuda central de organismos
internacionais – caso contrário jamais teria chegado às quadrilhas que operavam
na Petrobras. [verdade! Mas preserve-se
o patrimônio do povo brasileiro, que é a Petrobrás]
Ambos –operadores da Lava Jato e do Congresso -
estão umbilicalmente ligados. No plano econômico e social, a contraparte da
Lava Jato é a flexibilização da Lei do Petróleo e dos gastos sociais, acabando
de vez com o legado social dos últimos governos.
de obter concessões nas áreas de petróleo e de
gastos sociais.
Mas há um conjunto de atos e omissões
inexplicáveis:
1. A visita aos EUA levando
informações da Petrobras e trazendo da Eletronorte. [quer dizer, Eletronuclear]
2. A blindagem ao senador Aécio
Neves. Na única vez que conversei com Janot ele assegurou que até abril (do ano
passado) daria parecer no inquérito que investiga contas de Aécio em
Liechtenstein. Não só não desengavetou como desqualificou três delações sobre
ele. A incapacidade de conduzir um inquérito sequer sobre as Organizações
Globo.” [o “abandono” dessa “força-tarefa
ao período que envolve o ex-presidente FHC com a combatida corrupção na
Petrobrás é um claríssimo sinal da tendenciosa seletividade e claríssima
indicação de quem e do que persegue o referido “poder” curitibano].(“jornalggn.com.br/luisnassif”).