Mais uma crônica para espairecer.
Sabe aquele dia em que tudo começa
errado? Posso dizer que hoje é “aquele” dia. Espero que durante o seu
transcorrer consiga mostrar-me que meus presságios são infundados.
Em verdade, uso este termo (errado)
para expressar a matinal situação deste dia porque passei. Olha só, estou na
Av. Paulo VI, Pituba, aguardando um ônibus que me conduza à Av. Paralela, mais
precisamente para o ponto do supermercado Extra. Eis que surge um certo ônibus
com uma placa, em seu parabrisa direito, com a inscrição: “para no ponto do Extra”. Não titubeei, ingressei no coletivo, pela
porta dianteira, (afinal, idoso tem uns privilégios, até mal vistos por
alguns). Cortesmente, dirigi-me ao motorista: “bom dia, amigo” e não recebi uma resposta no mesmo diapasão, mas
até ai tudo bem. A viagem seguiu.
Felizmente não me apareceram, até
então, aqueles personagens, público e notoriamente conhecidos, que sobem e
descem a cada ponto de parada. Enquanto isto, eu dou sequência à leitura do livro
“Nação Crioula”, à medida que, de
quando em vez, tento identificar minha posição geográfica. Após algum tempo,
percebo que o veículo não se dirige à Paralela. Como as vias de trânsito mudam
e estão muito mudadas, entendi que poderia haver alguma ligação desconhecida
que me levaria ao destino. Nada! O ônibus percorria rumo oposto ao desejado por
mim. Aguardei um ponto de ônibus conveniente e saltei. Atravessei e, êpa!, lá
vem um Lauro de Freitas. Ingresso sem pestanejar. Com pouco (estranho esta
expressão, não? Mas vamos lá), vejo decepcionado que o veículo tomava rumo da
orla, mas de uma forma regressiva, pois está retornando por uma via que me leva
ao Costa Azul, quem conhece a cidade, sabe do que estou falando. Que fazer?
Saltar novamente, tentar outro ônibus? Olha acomodei-me e resolvi destinar-me a
São Cristóvão, via Itapuã, onde poderei finalmente tomar um ônibus para minha
residência em Barra do Jacuípe. “Sabe nada inocente”, quem mandou morar fora da
metrópole!