Do jornal GGN (Luis
Nassif) extraio o artigo abaixo transcrito O próprio título desta postagem
constitui-se em meu comentário, com um adendo: imagine-se o que “eles”, (essa corja de “entragãos, da pátria") não fariam, se eleitos!
Do Tijolaço
Há Judas que não esperam nem a Aleluia: Serra, fiel à Chevron,
já quer tirar Petrobras do pré-sal
20 de março de 2015 | 20:06 Autor: Fernando Brito
“Deixa esses caras [do PT] fazerem o
que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos
mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”,
disse(José) Serra a Patricia Pradal, diretora de
Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira
norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama (da embaixada americana no Brasil, vazado
no escãndalo do Wikileaks).
Pois,
avisado pelo Brasil 247, de que o
senhor José Serra queria “encolher” a Petrobras, com aquela lenga-lenga de “fios têxteis”fui
conferir lá no Senado e está, fresquinho, o Projeto de Lei n° 131,
apresentado ontem pelo de novo Senador, que não tem nada de “fios têxteis” ou
fertilizantes, como ele alegou ser necessário tirar da Petrobras.
O projeto trata só, “somente só” de entregar o pré-sal, abolindo
não apenas a condição de operadora exclusiva de poços no pré-sal pela Petrobras
como, até mesmo, a sua participação mínima de 30% em consórcios de exploração
ali localizados.
Não é preciso mais que um parágrafo da justificativa apresentada
por Serra para que se veja o que ele quer:
“Torna-se
imprescindível (…) a revogação da participação obrigatória da estatal no
modelo de exploração de partilha de produção, bem como da condicionante de
participação mínima da estatal de, ao menos, 30% da exploração e produção de
petróleo do pré-sal em cada licitação, disposições constantes da Lei n° 12.351,
de 22 de dezembro de 2010. Tal revogação atende aos interesses nacionais e, portanto,
deve ser adotada pelo governo. “
Atende aos interesses nacionais de quem, José Serra?
Dos norte-americanos?
A conversinha sórdida de que “a Petrobras está sobrecarregada é
sua maneira finória de, em um mês e meio de mandato, cumprir as suas juras de
fidelidade aos interesses das petroleiras estrangeiras, que não querem a
Petrobras – e o Brasil – com o controle nem econômico nem operacional dos poços
gigantes do pré-sal.
Nem
os sheikes da
Arábia Saudita entregam diretamente suas reservas de petróleo aos americanos,
Senador.
O roubo que isso fará ao Brasil é, num dia, tudo o que
um Barusco roubou, nos anos e anos em que, desde FHC, se corrompeu na
Petrobras. Em uma semana, mesmo com o petróleo baratinho como está, deixa no
chinelo toda a caterva dele, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef à frente.
Reconheço-lhe a coerência e a honestidade: cumpriu o que
prometeu.
Apresentou-se como Judas ao Império.
Haverá o dia em que, nos bonecos que se malham aos Sábados de
Aleluia, será aposto um cartaz com o seu nome.