Eu cá com "meus botões", este cara é demais! Discorrendo,
como sempre faço, pelos blogues “sujos”, sujos porque não conseguem se livrar
do lixo imposto pela grande imprensa, quando no exercício da nobre função
que é o de fazer contra ponto à massiva campanha de derrubada do regime legitimamente
vigente.
Bem, então, discorrendo pelos blogues tais,
encontro a transcrição do texto abaixo, de autoria de Fernando Veríssimo. Nosso
querido escritor de uma forma inteligente aborda, ou melhor, escancara o
processo de envenenamento (“essa raça
predatória e assassina já tinha a capacidade técnica de invadir, e fatalmente
envenenar, o Universo”) que se está a impor ao regime
democrático aqui em vigor com a complacência, com a omissão e, até, com a ajuda
de “forças” que se denominam progressistas, demo(ÊPA!)cratas,etc. Portanto,
ATENÇÃO! “O alarme” é um alerta.
Quem viu o filme de Stanley Kubrick
“2001 — Uma odisseia no espaço” se lembra do monólito, aquela pedra lisa
encontrada por um astronauta na órbita de Júpiter, que se revela estar ali há
milhões de anos como uma espécie de alarme.
Sua descoberta por terrenos
significaria que essa raça predatória e assassina já tinha a capacidade técnica
de invadir, e fatalmente envenenar, o Universo. O monólito era um aviso. Esta
interpretação não fica clara no filme, mas o titulo do conto de Arthur C.
Clarke no qual Kubrick e o próprio Clarke basearam seu roteiro é “O
sentinela".
Haveria um momento na vida das
pessoas ou das sociedades em que funcionaria um alarme parecido com o que
alertou o Universo para a chegada dos temíveis humanos, no filme. Pode-se
especular sobre qual seria esse momento para um judeu na Alemanha, nas
primeiras manifestações do nazismo, por exemplo.
Seria a pregação racista do partido
mesmo antes de assumir o poder? Seria o que já se sabia do pensamento de Hitler
e outros teóricos do fascismo? Qual o exato instante em que este hipotético
judeu se convenceu que era preciso fugir do holocausto que se aproximava?
Para muitos o aviso nunca veio, ou
veio tarde. Muitos não acreditaram que o nazismo chegaria ao poder e depois aos
seus excessos. E pagaram por não reconhecer o momento. Demorou algum tempo para
que o resto do mundo se desse conta do que estava acontecendo na Alemanha
nazista.
O fascismo foi visto como um
bem-vindo antídoto para a ameaça comunista. Já havia perseguição a judeus e
outras minorias no país e a companhia Ford continuava fazendo negócios com a
Alemanha — e continuou a fazer negócios depois do começo da guerra. Henry Ford
era um notório antissemita, mas os produtores de Hollywood que desencorajavam
críticas ao regime de Hitler nos seus filmes para não perder o mercado alemão
eram todos judeus. Nenhum reconheceu o momento.
Na falta de um sentinela para nos
alertar que os bárbaros estão tomando conta, resta confiar no nosso instinto.
Quando chegará o momento que nos convencerá que isto aqui não tem jeito mesmo,
e a procurar uma saída? Será que o momento já veio e já foi, e nós não notamos?
E sair pra onde? Pra dentro, para a alienação e a burrice induzida, ou para
fora, com o euro caro desse jeito?
Luis Fernando Veríssimo é escritor.