quarta-feira, 26 de junho de 2013

O GRANDE “LANCE” DA CHEFIA DO EXECUTIVO E O APOIO DO CHEFE DO JUDICIÁRIO

Eu sempre acreditei que a raiz dos nossos atávicos problemas está nos grandes conglomerados empresariais, no empresariado em geral, nos “financiadores” (e aqui vai uma observação, financiar= Dar como financiamento: O banco financiou 20 milhões a cada uma das empresas. O banco financia de “graça”?) das campanhas políticas e o fortíssimo poder subjugador do Capital. Pouco se fala, ou talvez, a omissão é total quanto a este importante fator.

De há muito, tenta-se reformar a legislação eleitoral, ou seja, tenta-se a tal chamada Reforma Política, propostas e mais propostas foram criadas e simplesmente arquivadas ou engavetadas no próprio Congresso.

Mas eis que a Presidenta Dilma fez o seu lance mais ousado em todo esse jogo, que é o jogo político. O grande lance é simples: ouvir, através, de plebiscito, ou consulta popular, seja qual for a forma, o Povo. Assim, terá participação popular efetivamente. Sai-se do tão famigerado 3/5 do Congresso, onde os conchavos acontecem, onde sempre prevalecem os interesses que são diametralmente contrários aos interesses da população em geral, são interesses de uns poucos, quem sabe, de uns 5% da população.

Ah! O lance está feito. E agora, a direita, as forças retrógradas que sempre dominaram e ainda querem dominar os destinos da nação no sentido de sua perpetuação, gritam: é golpe! É implantação do chavismo!... Querem essas forças o continuísmo com a fração dos 3/5, pois sabem que o governo, não obstante as coligações, as malfadadas coligações, não consegue os 3 dos 5.

Transcrevo a seguir opinião de Luís Nassif:

Confesso ter começado a assistir a fala do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa com profunda má vontade. Julguei que fosse mais um dos shows de egomania.

Surpreendentemente (para mim) emergiu dali um autêntico presidente de STF, compartilhando com a chefe do Executivo a responsabilidade maior por melhorar o modelo político-institucional.

Seu endosso à tese da reforma política, as observações sobre o papel dos partidos, mesmo as propostas de minorar a influência dos partidos na vida pública – sem comprometer sua organização e relevância – soaram como música aos ouvidos da cidadania.

Dois dos poderes da República se juntaram para a tarefa maior de criar um novo quadro político-institucional. Espera-se, agora, a adesão do terceiro poder, o Congresso.

Não é preciso ouvir as vozes das ruas? Por que, então, não ouvir a voz de toda a população efetivamente?