Aqui, em pleno
engarrafamento na “7 Portas”, começo a escrever sobre o encontro recente dos
“mininos”. Ivan me ligou: “...Reginaldo quer que almocemos juntos amanhã”.
Passado algum tempo, Da. Zete liga dizendo que estão no trânsito engarrafado e
Ivan pede que eu faça os devidos contatos para a convocação da confraria e
assim foi feito. Intercorrentemente, surgiu-me a idéia de aproveitar aquele
encontro para conhecermos as obras da Arena Fonte Nova. Reunimo-nos na Fonte
Nova e, por sugestão de Renato, após a visitação à arena rumamos para um boteco
no Santo Antônio, o boteco de Ulisses. Eu, Ivan, Orlando, Arlindo, Reginaldo e
Renato bebericamos; saboreamos petiscos do boteco; almoçamos e, como não podia
deixar de acontecer, o gostoso bate-papo variou sobre assuntos diversos,
principalmente as boas lembranças do nosso passado comum, e estendeu-se até as
tantas, como soe acontecer. Acho, e os demais devem concordar, que foi um
momento de deleite.
Bem, cheguei à Arena, os outros não haviam chegado, e
percorri as instalações permitidas. Vê-se logo o Bahia de 59 e 88. O que me fez
voltar aos idos da velha Fonte Nova; da Fonte Nova “invadida” por nós (gosado!
bastava a travessia por uma cerca de aramado farpado, uma carreirinha para
“ganhar” dos vigias e estávamos nas arquibancadas do velho estádio (sem o lance
superior de arquibancadas), prontos para a “correria”, como se diz hoje em dia,
na venda de refrigerantes e cervejas aos espectadores, sem perder o foco do
futebol, quando esse era interessante.
Ah! Ao fim da jornada, era uma festa. Voltávamos para casa com os bolsos cheios
e jantávamos fartamente, refeição essa acompanhada de refrigerantes (o que era
um luxo) e com o fruto financeiro daquele trabalho que era entregue a
Da. Antonia, que teria
muito o que fazer, durante a semana que se iniciava, com a grana. Também, devo
registrar o material existente sobre o Vitória e interessante, ao tempo em que
é lamentável, nada mais sobre outros clubes baianos que fizeram a história do
futebol daquela saudosa praça esportiva. É exibido para os visitantes um vídeo
que mostra toda a preparação para a obra; suas fases já executadas e o que
poderá representar o empreendimento para impulsionar o desenvolvimento de uma
área tão importante para a nossa cidade que é a que envolve Fonte Nova, Campo
da Pólvora, Nazaré e todo o centro histórico. Ainda no vídeo é ressaltado a
preocupação dos empreendedores com os moradores de rua, havendo depoimentos de
alguns dos muitos que foram inseridos no mercado de trabalho, através do
projeto e um detalhe, também, com a reciclagem: muito do que se obteve com a
demolição do velho estádio foi reaproveitado na construção do novo e o
fardamento dos mais de dois mil trabalhadores usados na construção, que é
substituído de três em três meses, é doado a um projeto social que o reutiliza
como matéria prima para atividades artesanais, com obtenção de renda para os
artesãos. Antes desta visita já havia lido, ouvido entrevistas, etc. sobre a
Arena Fonte Nova e fiquei e estou empolgado com a possibilidade de um sucesso
que beneficie a cidade como um todo e especialmente a população carente que
está no seu perímetro. Deixo para outros o pessimismo, a vontade de que tudo dê
errado, que vai haver roubalheira, etc.